09/06/2025

A Educação x Quarto Poder

Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante e Docente – www.wolmer.pro.br

Currículo Lattes http://lattes.cnpq.br/9745921265767806

 

O texto de hoje me permitirá escreve-lo na primeira pessoa, já que se trata de uma experiência vivenciada por mim em uma biblioteca de uma escola pública municipal ao qual a auxiliar de biblioteca desenvolveu um projeto denominado Cartão literário.

Este projeto é um fomento a leitura e contou com minha presença e experiência como escritor para explicar a importância em se ler, e durante a conversa, ressaltei que a leitura desenvolve a autonomia intelectual do educando bem como o seu protagonismo cognoscente.

Em certo momento, um aluno me perguntou sobre como saber se a informação era correta ou não, então minha resposta foi incisiva dizendo para pesquisar outras fontes mais fidedignas e nunca divulgar algo que se baseie no achismo ou em fakenews, coisa que tem se tornado um verdadeiro ópio para os que se encontram na inércia do pensar, tornando-se em concomitância um agente subalterno, alienável e propagador de imbecilidades, corrompendo uma multidão de incautos.

A história tem nos mostrado o quão foi danoso para nossa sociedade a ditadura militar, na qual ceifou vidas, destruiu famílias e usurpou patrimônios púbicos e a própria dignidade do povo brasileiro.

Esta mesma história explicita que as grandes mídias flertaram com a ditadura, e a influência da impressa e dos meios de comunicação são conhecidos como “quarto poder”.

Quarto poder porque cabe a essas mídias divulgarem notícias e até mesmo moldar o comportamento da sociedade ou de sua maioria inculta e/ou sem qualquer discernimento sobre a realidade.

Este quarto poder trabalha justamente com a opinião pública, aliás, ela é a maior fábrica de opiniões, claro que mediante as suas intenções, principalmente quando se quer derrubar governos ou até mesmo causar o caos para sua perpetuação neste mundo capitalista no qual o lucro sobrepõe a democracia e até mesmo a dignidade de seu povo.

Não cabe aqui citar nomes de jornais que ainda flertam com o golpe e que inclusive amenizaram ou até mesmo ignoraram as notícias da última tentativa de golpe ocorrido no dia 08 de janeiro de 2023.

Algumas dessas mídias tratam os golpistas terroristas, vândalos como patriotas, mas para não perdemos o foco, falemos sobre este poder manipulador e fomentador de discórdia.

Hoje me deparei com uma informação de um jornal que muito contribuiu com a ditadura militar e foi um grande parceiro de um governo que tentou um golpe e em sua manchete estava “PIB mostra um País cada vez mais dependente do agro e menos industrial. O que isso significa?”.

Mediante esta manchete, simpatizantes de um golpe que falhou, soltaram uma enxurrada de imbecilidades, jogando a culpa no governo e ignorando claro que o agronegócio é um dos mais rentáveis, mas não porque são produtivos, mas porque o setor tem algumas isenções e benefícios fiscais, como isenção tributária para produtores com faturamento anual de até R$ 3,6 milhões.

Outra observação a se fazer, é que o agro recebe 400 bilhões de subsídios, assim sendo, o seu lucro é quase sempre certo.

Com isso, muitos idolatram o agronegócio mas se esquecem que quem põe os alimentos em nossas mesmas é a  agricultura familiar que é “caracterizada por pequenas e médias propriedades, geralmente operadas por famílias, com foco na produção diversificada de alimentos para consumo local e regional, e com um grande investimento na preservação da cultura local” e o agronegócio trabalha com a monocultura visando exportação e lucro.

Enfim, quando se vê uma reportagem dessa, o intuito é de apenas querer apagar um fogo com gasolina, isto é, inflar os ânimos dos manipuláveis, ou seja, deste exército de imbecis e fragilizar o governo e suas tomadas de decisões.

Dito isso, que possamos por meio de uma educação de qualidade, desenvolver em nossos alunos o discernimento e criticidade para que não seja mais um a ser manipulado por este quarto poder que sonha com a ditadura.

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