A essência da experiência
Por Pedro Vieira Souza Santos
Frente às complexidades dos ambientes e situações que convivemos, cada qual reage de um modo. Particularmente, temos congregado dentro de nós opiniões e visões de mundo, por vezes, parciais; vagas. Entretanto, a dinâmica da conjuntura em que vivemos é capaz de moldar nosso pensar. E como consequência, deriva a experiência. Do latim experientĭa, o termo pode ser entendido como o aprendizado obtido através da prática ou da vivência.
Por um lado, uma das contribuintes para nossa instrução é a adversidade. Trata-se de um fator crucial de desenvolvimento, pois é a partir dela que gera-se em nós a capacidade de esperar com constância, ou seja, a paciência. O simples fato de que nem todos os problemas podem ser resolvidos apenas com nossas habilidades, induz em nós a ação de ser paciente. E justo por isso, o poeta Victor Hugo ora afirmara que “o paciente é o mais forte.”
O Apóstolo Paulo nos diz que essa paciência é transformada em experiência e, logo, a experiência é convertida em esperança. Nesse campo conceitual, o filósofo Tales de Mileto citara que a esperança é o único bem comum a todos os homens; aqueles que nada mais têm - ainda a possuem. O ser esperançoso, antes de tudo, tem em seu coração a convicção da crença e a segurança da fé.
Por isso, a experiência concebe, reflexamente, a esperança. Tal natureza processual evidencia que devemos ser transformados pela renovação da nossa mente. Ademais, essa mudança é fundamental para que não estejamos confusos, como adverte Paulo. Logo, a essência da experiência compreende as adversidades que estamos expostos, a paciência que nos é induzida e a esperança que origina em nosso pensar.
“E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a paciência, E a paciência a experiência, e a experiência a esperança. E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.”
Romanos 5:3-5