02/06/2018

A Estimulação Sensorial Audição e Tato Como Variáveis de Treinamento Trabalhadas em Atletas de Goalbal: Uma Revisão Da Literatura

A ESTIMULAÇÃO SENSORIAL AUDIÇÃO E TATO COMO VARIÁVEIS DE TREINAMENTO TRABALHADAS EM ATLETAS DE GOALBAL: UMA REVISÃO DA LITERATURA Andréia Cristina Cruz Silva, Thais Cristina Altino Caiares e Gislayne Gonçalves dos Reis RESUMO A deficiência visual pode ser caracterizada como cego total ou baixa visão. O que dificulta em suas atividades diárias aguçando então os sentidos da audição e tato. O Goalball é um esporte que foi criado em 1946 para os deficientes visuais que haviam voltado da 2ª Guerra Mundial. O objetivo do trabalho foi descrever de que maneira a estimulação sensorial pelas variáveis da audição e do tato são trabalhas como método de treinamento, podem influenciar no desempenho sensorial de atletas de Goalball. A metodologia adotada foi à revisão de literatura. A busca das fontes de informação acadêmica foi realizada principalmente na plataforma do ‘Google Acadêmico’. As palavras chaves para a busca dos materiais do estudo foram: Goalball, treinos, sistema sensorial, estimulação sensorial. Os critérios adotados foram analisar e filtrar os artigos, que correspondiam às perguntas de nossa analise, contendo exercícios, testes sensoriais, discussões sobre o goalball, os que melhor descreviam sobre o esporte e suas particularidades. Em treinamentos de Goalball são estimulados suas respostas motoras através dos sentidos da audição e tato. Nos treinos de Goalball são utilizadas algumas estratégias para atingir o resultado final. Estas estratégias geralmente são trabalhadas com palmas, guizos, comandos verbais, como forma de estimulação dos sentidos trazendo assim respostas motoras como lateralidade, noção-espacial. Estes exercícios estão sempre voltados á estimulação sensorial do tato e audição. No jogo propriamente dito a estimulação sensorial predominante passa ser a audição. PALAVRAS CHAVE: GOALBALL; TREINOS; SISTEMA SENSORIAL; ESTIMULAÇÃO SENSORIAL. ABSTRACT Visual impairment may be characterized as total blind or poor vision. What hinders in your daily activities sharpens then the senses of hearing and touch. Goalball is a sport that was created in 1946 for the visually impaired who had returned from World War II. The goal of this study was to describe how sensory stimulation by hearing and touch variables are work as a training method and can influence the sensory performance of Goalball athletes. The methodology adopted was to the literature review. The search for academic information sources was carried out mainly on the 'Google Scholar' platform. Key words for the search of the study materials were: Goalball, training, sensory system, sensory stimulation. The criteria adopted were to analyze and filter the articles, which corresponded to the questions of our analysis, containing exercises, sensory tests, discussions about goalball, which best described about the sport and its particularities. In Goalball training your motor responses are stimulated through the senses of hearing and touch. In Goalball practice some strategies are used to achieve the final result. These strategies are usually worked with palms, rattles, verbal commands, as a way of stimulating the senses, thus bringing motor responses such as laterality, spatial notion. These exercises are always focused on sensory stimulation of touch and hearing. In the game itself the predominant sensorial stimulation happens to be the hearing. KEYWORDS: GOALBALL; TRAINS; SENSORY SYSTEM; SENSORY STIMULATION. 1. INTRODUÇÃO O Goalball é uma modalidade esportiva que foi criado em 1946 pelo austríaco Hanz Lorenzi e o alemão Setti Rendler, para reabilitar soldados que sofreram algum trauma na visão durante à 2ª Guerra Mundial. É um esporte coletivo especifico para deficientes visuais, seja os praticantes cegos ou que possui baixa visual (AMORIM, 2010). Este esporte tem como característica a não invasão de espaço do adversário, não tendo contato físico entre os adversários, para a equipe conseguir atacar precisa defender algum lançamento, sofrer gol ou a equipe adversária cometer algum tipo de infração. Durante a partida é necessário silêncio absoluto, devido à percepção auditiva e tátil para detectar o trajeto da bola (MEDEIROS, 2016). O sistema sensorial é composto por receptores que contribuem para a sobrevivência e integração com o ambiente. Esses receptores são formados por células nervosas que traduzem esses estímulos em impulsos elétricos ou nervosos que são encaminhados para cada parte específica do Sistema Nervoso Central (SNC), que irá como resposta voluntária ou involuntária (VILELA, 2018). Sistema sensorial possui 5 componentes: tato, olfato, audição, visão e paladar. Sendo assim, tato é componente responsável pelas sensações e percepções do toque sobre a pele, audição captação dos estímulos sonoros e visão identificação do corpo no espaço, além de objetos (VILELA, 2018). Indivíduos com deficiência visual, assim como atletas de Goalball devido a perda do sentido da visão, acontecem o aprimoramento das respostas mediante aos estímulos táteis e sonoros. Uma vez que esses dois sentidos passam a compensar a ausência de visão (AMORIM, 2010). O objetivo do trabalho foi descrever de que maneira a estimulação sensorial pelas variáveis da audição e do tato são trabalhas como método de treinamento, podem influenciar no desempenho sensorial de atletas de Goalball. A metodologia utilizada para desenvolver essa pesquisa foi à revisão de literatura partindo como base os estudos de Costa et al (2013); Medeiros (2016), a fim de discutir como essas informações sensoriais são trabalhadas no processo de treinamento de atletas de Goalball. Utilizamos como ferramenta de busca acadêmica ‘Google Acadêmico’, encontramos seis artigos que realmente continham conteúdos para utilizarmos na revisão. Utilizamos algumas palavras chaves: Goalball, treinos, sistema sensorial, estimulação sensorial; Os critérios adotados foram analisar e filtrar os artigos, que correspondiam às perguntas de nossa analise, contendo exercícios, testes sensoriais, discussões sobre o goalball, os que melhor descreviam sobre o esporte e suas particularidades. 2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1 Goalball O Goalball é uma modalidade desportiva especifica para atletas deficientes visuais, criada em 1946 pelo austríaco Hanz Lorenzen e o alemão Sett Reindle, para reabilitar soldados veteranos que haviam regressado da II Guerra Mundial, com algum tipo de deficiência visual (IBSA, 2012; TOSIM et al., 2008). O objetivo do jogo é marcar gol na baliza adversaria fazendo rolar a bola pelo solo. A bola pode ser bloqueada com qualquer parte do corpo e geralmente acontece com deslocamentos laterais na posição deitada. Cada equipe é composta por 6 jogadores (3 em campo e 3 Reservas) e equipe técnica. O jogo tem duração total de 24 minutos, divididos em duas partes de 12 minutos cada. Sempre que a bola não está em jogo, no cronometro é parado (com exceção do pênalti) (IBSA, 2014). É um esporte que acontece dentro de um ginásio fechado, possuindo 18m x 9m de dimensão, dividido em 6 áreas distintas, cada uma com 3 metros de largura e 9 metros de comprimento. A trave ocupa toda linha final de campo e tem 1,3m de altura (IBSA, 2014). Para que seja possível a pratica do Goalball, todas as marcações da quadra, incluindo a área de banco de equipe apresenta relevo através da colocação de cordas de sisal e fita adesiva. Com estas marcações os jogadores conseguem identificar as linhas através do tato (IBSA, 2014). A atenção não pode estar apenas no jogo, mas também nos outros recursos materiais e humanos. A bola, oficial é azul, de borracha e apresentam no interior dois guizos. A circunferência varia entre 75,5cm e 78,5cm com diâmetro de aproximadamente 25 cm. Pesa 1,250kg e apresenta 4 buracos em cada hemisfério de modo a possibilitar a saída de som (IBSA, 2014). Para que se haja total igualdade todos os jogadores são obrigados a utilizar venda e pensos oftalmológicos, vetando qualquer passagem de luz. O jogador utiliza outras proteções como: cotoveleiras, proteção da anca, joelheiras, conquilha, peitoral. E camiseta com número visível nas costas e peito (IBSA, 2014; MATOS, 2008). A equipe de Arbitragem é composta no mínimo de dez elementos fundamentais, sendo: um arbitro principal; um arbitro secundário; dois cronometristas de dez segundos (mesa); um cronometrista de tempo total (mesa); um anotador de folha de registro (mesa); quatro juízes de trave. (IBSA, 2014). O árbitro principal se movimenta nas linhas laterais, os juízes de trave ficam juntos á linha de gol, o restante dos árbitros se ficam na mesa de arbitragem entre os bancos de equipe. (IBSA, 2014). As equipes não podem obter a posse de bola através do contato físico com a equipe adversária e nem invadir o território adversário. (MORATO; GOMES; ALMEIDA, 2012). 2.2 Deficiência Visual Podemos definir a Deficiência Visual como a perda total ou parcial da visão, uma vez que grande parte das pessoas com deficiência visual ainda possuem alguma visão remanescente, podendo ser considerado como: cegueira ou baixa visão. (CRAFT; LIEBERMAN, 2004). A cegueira pode ser temporária ou permanente, ligada a lesões no aparelho ocular, incluindo o nervo ótico ou zonas cerebrais responsáveis pela visão (córtex visual). Uma pessoa é considerada cega quando apresenta valores inferiores a 3\60 de acuidade visual (IBSA, 2012; WHO, 2015). A baixa visão está entre a cegueira e a visão normal. Uma pessoa com baixa visão é aquela que apresenta deficiência visual. Nestas circunstâncias, a visão é inferior a 6\18 e superior a 3\60 (WHO, 2015). Para compreender as causas mais comuns dessa deficiência é preciso entender o momento que ocorre a lesão. O nascimento é considerado como um momento decisivo, classificado como congênita ocorre antes ou durante o nascimento, ou adquirida após os primeiros anos. (MUNSTER et al 2005). As complicações que provocam um incorreto funcionamento de uma ou mais estruturas do sistema ocular, afetando diretamente a visão e podendo, consequentemente, originar deficiente visual, podem ser explicadas atráves de diversas razões etiológicas (Rodrigues, 2004; Silverstone et al 2000): condições herdadas geneticamente (e.g. Retinose Pigmentar); condições devidas a doenças infeciosas contraídas durante e após a gravidez (e.g. Rubéola e Tracoma); prematuridade (e.g. Retinopatia da prematuridade); condições originadas pela falta de componentes vitamínicos (e.g. Xeroftalmina); problemas metabólicos que originam doenças no sistema ocular (e.g. Retinopatia Diabética); causas acidentais (e.g lesões na cabeça); envelhecimento (e.g. Degenerescência Macular); comorbilidade com outros tipos de deficiência (e.g. Multideficiência sensorial, Sindrome de Usher); e outras causas (e.g. Glaucoma). De acordo com a IBSA (2012), esta classificação é determinada através da elegibilidade para competir o que permite a organização de atletas em grupos competitivos. A classificação desportiva é dividida em 3 classes: B1, B2 e B3, a letra B representa a expressão Blind (cego), B1 acuidade inferior 2/60, B2 acuidade entre 1/50 e 2/60(inclusive) e B3 acuidade entre 1/40 e 1 (inclusive). Determina-se a classificação através dos valores de acuidade visual no melhor olho após correção, integrando os campos de visão centrais e periféricos (IBSA, 2012). 2.3 Estimulação Sensorial Segundo Gazzaniga & Heatherton (2005), é importante perceber que tipos de estímulos existem. Gleitman (1999) refere-se ao estímulo distal, um objeto ou acontecimento no mundo exterior, que se encontra distante do sujeito, enquanto que o estímulo proximal é o padrão de energias com origem no estímulo distal e que acaba por atingir uma superfície sensorial do organismo. Como exemplo só pode ouvir a bola de guizos (estimulo distal), porque há ondas sonoras que se propagam no ar e que quando chegam aos nossos ouvidos, provocam alterações ativando os receptores auditivos (estímulo proximal). Existem receptores capazes de captar estímulos diversos. Esses receptores são chamados de receptores sensoriais que são formados por células nervosas capazes de converter esses estímulos em impulsos elétricos, que serão processados e analisados em centros específicos do Sistema Nervoso Central, onde será produzida uma resposta voluntária ou involuntária. Exteroceptores – Respondem a estímulos externos; Proprioceptores – são receptores proprioceptivos que ficam no esqueleto e nas inserções tendinosas, nos músculos ou no aparelho vestibular da orelha interna, eles que detectam posição do individuo no espaço, assim como o movimento, a tensão e o estiramento muscular; Interoceptores – são os interoceptivos que respondem a estímulos viscerais ou outras sensações como sede e fome (VILELA 2018). De forma geral os receptores sensitivos podem ser simples, complexos ou órgãos complexos como: Tato, por onde sentimos frio ou calor; Paladar, onde identificamos os sabores; No Olfato, sentimos odores e cheiros; Audição, capitamos os sons e pela visão, onde observação cores, formas e contornos (VILELA 2018). Em nosso corpo os órgãos dos sentidos estão encarregados de receber estímulos externos, são eles: A pele (para o tato), a língua (para o paladar), fossas nasais (para o olfato) e os olhos (para a visão) (VILELA, 2018). Os mecanismos de informações das pessoas com deficiência visual em situação de cegueira são elementos táteis e auditivos. Para Almeida e Oliveira (2001), as informações auditivas podem ser subdivididas em verbais e sinaléticas, sendo que as auditivas referem-se às características por via das palavras e explicações verbais e as sinaléticas são sonoramente emitidas, tais como sinais sonoros ou vocais identificados no meio. Para Munster (2004), as informações caracterizadas como sinaléticas são captadas e utilizadas como referência espaço- temporal. 2.4 Audição Para Munster (2004), as informações auditivas subdividem-se em verbal e sinalética, sendo que a primeira (informativa) buscar o entendimento do movimento através de palavras e explicação oral e a segunda (de apoio), através de sinais sonoros ou vocais emitidos pelo instrutor ou colhidos do próprio meio, utilizado como referência espaço-temporal. O estímulo sonoro enquanto informação que atinge um sujeito pelos dois ouvidos irá produzir, no cruzamento da recepção dos sons captados, diferença na captação sonora de acordo com a direção da onda emitida, e isso implicam ainda no posicionamento no qual o sujeito se encontra, verticalizado, horizontalizado ou ainda variando em diferentes planos. A localização espacial vertical, horizontal ou em transição se diferem por atingirem tempos diferentes para alcançarem os ouvidos (BEAR 2002). Levando a considerar que as respostas podem ser eficazes, tardia ou ainda efetiva de acordo com a posição na qual o sujeito recebe o som emitido, pois irá acionar, em tempos diferentes, operações neurológicas e potenciais de ação em momentos distintos, que somados produzirão a ação (BEAR 2002). Compreender a percepção auditiva é determinante na localização espacial, a informação sonora oferece padrões de distanciamento e proximidade, distinção de sons e possibilidade de interpretação de figura-fundo, mesmo sem referencial visual (HAYWOOD e GETCHELL, 2004). Amorim (2010) cita que a percepção auditiva conduz o atleta a localizar o trajeto da bola, reajustando o mesmo para intercepta-la. Refinando a noção espacial. Rodrigues (2000) Cita que no Goalball, a Tomada de decisão é de suma importância para que o jogador consiga identificar a presença da bola. 2.5 Tato O tato compreende quatro habilidades sensoriais: sentir o toque, sentir a temperatura, a dor e a propriocepção (a posição e o movimento do corpo). As sensações de toque, temperatura e dor começam da pele onde se localizam os receptores de cada modalidade. A propriocepção (sensação de si próprio) utiliza informações da pele e sinais dos músculos das articulações para informar a posição dos membros e da Noção corporal, lateralidade e estruturação espaço temporal na deficiência visual cabeça ao cérebro (TUBINO, 2016). Os estudos investigados, conforme os critérios metodológicos adotados no presente estudo, estão expostos conforme a sinopse do quadro 1 de revisão de literatura. Quadro 1 da sinopse de revisão de literatura Fonte CARACTERISTICAS DOS PARTICIPANTES SENSORES ESTIMULA- DOS EXERCÍCIOS DE ESTIMULAÇÃO OBJETIVO DA ESTIMULAÇÃO / RESULTADOS O Goalball e a Percepção Auditiva: um Relato de Experiência. Costa; Souza; Anjos (2013). ATLETAS GOALBALL AUDIÇÃO Exercício 1. Dentre duas bolas (com guizo e envolvida com saco plástico) arremessadas simultaneamente pelos colegas, recepcionar a que está envolvida com saco plástico. Exercício 2. Deslocamento do ponto A ao B em linha reta, através do direcionamento com palmas. Exercício 3. Direcionamento dos arremessos para o local indicado através da verbalização das palavras: pivô, ala direito e ala esquerdo. Discriminação dos sons; Orientação Espacial; Noção corporal, lateralidade e estruturação espaço temporal na deficiência visual. Medeiros, 2016. ATLETAS GOALBALL TATO Exercício 1. Toque de pes e dedos mesmo lado. O atleta estará sentado e após a solicitação executara a tarefa. Guiado pela fala do examinador. Exercício 2. Salto no local- mesmo lado. Pernas na posição antero posterior mão oposta da perna da frente o atleta ao comando do examinador realizará um salto alternando perna e braço. Exercício 3. Salto com palma. Pernas afastadas na largura do quadril, braços alinhados aos ombros, ao comando do examinador o atleta ira realizar o salto levando as mãos acima da cabeça batendo uma palma. Voltando a posição inicial. Exercício 4. Salto direito esquerdo. Ao comando do examinador o mesmo saltara de um lado para outro, com as duas pernas unidas. 3 DISCUSSÃO Conforme os estudos analisados Costa; Souza; Anjos (2013); Medeiros (2016) como base da metodologia do presente estudo o Goalball se apresenta como fundamental ferramenta para pessoas com deficiência visual no que se refere a estimulação da discriminação de sons, orientação espacial, aprimoramento da coordenação motora, ritmo e lateralidade. Assim como para Carvalho (2006) o desporto adaptado utiliza o corpo do deficiente como instrumento, tendo o domínio e conhecimento deste corpo, o desporto usa o movimento controlado como meio, individualidade como estratégia básica, buscando propiciar condições favoráveis à sua trajetória futura. Para Fonseca (2010) os órgãos sensoriais – Visão, audição e tato- são primordiais para interação ao mundo exterior, processam informação de forma diferenciada nas pessoas com deficiência visual. Para o autor é importante compreender as relações entre as funções cerebrais e respectiva organização funcional, assim como o comportamento humano e desenvolvimento psicomotor. Para Boroojerdi et al. (2000); Pitskel et al. (2007) quando é trabalhado reconhecimento através de contato com objetos o deficiente é capaz de visualizar o objeto mesmo na ausência da visão, devido a associação entre diferentes áreas corticais do cérebro. Ressaltando que a familiaridade com o objeto auxilia na percepção, diminuindo o tempo gasto para reconhecimento. Alguns estudos Keepers et al, (2007) apontam que os deficientes visuais possuem melhor desempenho nas tarefas táteis, enquanto outros como Alary et al, (2008) mostram que o deficiente visual possui melhor desempenho com texturas. Costa (2013) diz que a percepção auditiva se torna um dos principais sentidos do deficiente visual em suas atividades tanto diárias quanto esportivas. Em testes realizados pelo mesmo autor em deficientes visuais da modalidade de goalball é possível perceber que para efetuar as técnicas ofensivas e defensivas em situação de jogo os atletas necessitaram o aprimoramento da percepção auditiva. 4 CONCLUSÃO São trabalhados a estimulação sensorial de atletas de goalboll, por meio de testes, e avaliações, elaborando exercícios simples de solicitações sonoras e táteis, propiciando para os atletas maior aptidão física, obtendo melhoras significativas nas respostas dos estímulos sensoriais, sendo mais estimulados o tato e Audição. A audição direciona o atleta a trajetória da bola colocando o mesmo em posição ofensiva e defensiva. Determinando as movimentações e deslocamentos ao longo do jogo. O tato noção corporal, distingue lados direito e esquerdo, temperatura, e reconhecimento tátil de objetos, essas funções são essenciais para especificidade da modalidade desportiva. Hoje possui poucos estudos direcionados ao goalboll, buscando maior conhecimento na construção de exercícios e métodos de treinamentos, a falta de conhecimento e divulgação deste esporte, influencia diretamente para a baixa procura e estudos. Realizar uma revisão literária enriquece não só o nosso currículo acadêmico, mas também consolida grande empenho na busca pelo diferencial de nossa profissão, a matéria de esportes adaptados REFERÊNCIAS AMORIM, Minerva. Plasticidade Comportamental no Deficiente Visual: Estudo com Deficientes Visuais em Tarefas Específicas do Goalball, 2010. BEAR, Mark F.; CONNORS, Barry W.; PARADISO, Michael A. Neurociência: desvendando o sistema nervoso Neurociência: desvendando o sistema nervoso Neurociência: desvendando o sistema nervoso. Trad. Jorge Alberto Quillferdt. 2. ed. Proto Alegre: ArtMed, 2002. COSTA, Camila de Moura; DE SOUZA, Joslei Viana; DOS ANJOS, Josenilton. O Goalball e a Percepção Auditiva: Um Relato de Experiência, 2013. 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