21/03/2018

A Inclusão e a Exclusão de Alunos Surdos no Âmbito Educacional e Social Precisa ser Repensado

Por Claudinei José Martini

Apesar de existir uma legislação específica para tratar da acessibilidade de pessoas com deficiência, grande parte dos estabelecimentos de ensino oficiais ainda não está adequada para oferecerem condições de inclusão aos alunos surdos, bem como muitos profissionais envolvidos no processo de desenvolvimento dessas pessoas, sejam professores, coordenadores, diretores e também pessoas da comunidade e suas famílias.

Um crescimento expressivo de discussões sobre a inclusão de surdos na educação formal por meio da Língua Brasileira de Sinais tem se mostrado propício, com reconhecimento e ressalvas da comunidade surda dentro da sociedade atual. A importância da inclusão e exclusão de alunos no âmbito educacional e social necessita ser repensado por todos profissionais da educação, sejam eles diretos e indiretos.

Para que de fato isto ocorra devemos pensar na acessibilidade e na inclusão destas pessoas durante e depois do período escolar. É importante que a criança surda tenha a possibilidade do contato com outros tipos de linguagem, mas, para que realmente isto ocorra, a escola tem que estar com os ambientes adequados ao bom desenvolvimento da língua de sinais e com professores preparados para realizar esta comunicação para que os surdos se sintam concretamente incluídos no ambiente escolar.

A língua de sinais, no seu uso gramatical e suas estruturas presentes, não se constitui apenas em uma adaptação da linguagem escrita formal, mas em níveis linguísticos com morfologia, fonologia, semântica e sintaxe. Nas línguas orais-auditivas e na língua de sinais a conservação das estruturas de significação a diferença de dá na modalidade de articulação, visual-espacial, porém é importante conhecer sua gramática própria de acordo com as expressões do contexto, as quais podem sofrer variações regionais, constituindo como uma comunicação visual-espacial.

Quanto ao seu uso na escolarização, o ideal é que inicie logo na Educação Infantil e no Ensino Fundamental, sempre com preferência a Libras para o surdo e a Língua Portuguesa para os ouvintes.

O professor intérprete tem uma ação fundamental na educação inclusiva para surdos, antes, porém, deve-se pensar no desenvolvimento de uma formação docente capaz de realmente proporcionar um aprendizado eficaz ao aluno surdo e, em minha opinião particular, a inserção do aprendizado de Libras dentro dos currículos oficiais da educação para que, a inclusão e integração dessas pessoas na escola ocorram de modo mais eficiente.

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