14/01/2021

ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA NO TRATAMENTO DA DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR

THAÍS ORTIZ CRISTALDO

WENDSON CARDOSO CRUZ

ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA NO TRATAMENTO DA DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR

Artigo final de Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Fisioterapia da UNIGRAN, como requisito para obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia.

Orientador: Prof. Esp. Rodrigo Deller.

ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA NO TRATAMENTO DA DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR

APPROACH IN THE TREATMENT OF TEMPOROMANDIBULAR DYSFUNCTION

CRISTALDO, Thaís Ortiz¹; CRUZ, Wendson Cardoso¹, Centro Universitário da Grande Dourados – Unigran²

 

Centro Universitário da Grande Dourados, Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde, Dourados MS

Endereço: R. Balbina de Matos, 2121 - Jardim Universitario, Dourados - MS, 79824-900

 

WENDSON CARDOSO CRUZ

http://lattes.cnpq.br/4652750246508543

E-mail: wendsoncruz652@gmail.com

Telefone: 67-998712411

ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA NO TRATAMENTO DA DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR

 

APPROACH IN THE TREATMENT OF TEMPOROMANDIBULAR DYSFUNCTION

 

CRISTALDO, Thaís Ortiz[1]; CRUZ, Wendson Cardoso¹; DELLER, Rodrigo[2].

RESUMO

A Disfunção Temporomandibular (DTM) ou Disfunção Craniomandibular (DCM), é uma patologia multifatorial que afeta a ATM, os músculos da mastigação, a região cervical e os componentes adjacentes. O objetivo deste trabalho é apresentar quais são as abordagens fisioterapêuticas utilizadas no tratamento da disfunção temporomandibular através de revisão de literatura. O estudo foi realizado utilizando o método de revisão bibliográfica. Os critérios de inclusão foram artigos com publicação a partir do ano de 2016 com escore acima de 5 na escala de PEDro. Foram encontrados 437 artigos, 426 foram excluídos pois a publicação era anterior ao ano de 2016, 7 artigos foram excluídos por apresentarem escore inferior a 5 na escala de PEDro, foram selecionados 6 artigos. Os resultados mostraram que as técnicas mais usadas foram massoterapia, eletromiografia (EMG), estimulação eletroneural transcutânea (TENS), alongamento, terapia de liberação posicional, manipulação thrust de alta velocidade e baixa amplitude (HVLA), laserterapia de baixa potência, liberação miofascial,  osteopatia, terapia crânio-sacral, massagem nos músculos masseter e temporal anterior e bilateralmente, acumpuntura, ultrassom terapêutico, termoterapia, alongamento e exercícios neuromusculares, alongamento passivo dos músculos ECOM (Esternocleidoocciptomastoideo ou Esternocleidomastoideo) e trapézio, mobilização mandibular inespecífica (MMI), Reeducação Postural Global, (RPG), estimulação  elétrica  de  alta voltagem catódica (EVA). Conclui-se que todos os autores apontaram que as abordagens fisioterapêuticas utilizadas no tratamento da disfunção temporomandibular, melhoram as condições de amplitude mandibular, reduzindo significativamente a dor orofacial.

Palavras-chaves: DTM. Fisioterapia. Técnicas. Tratamento,

ABSTRACT

Temporomandibular Dysfunction (TMD) or Craniomandibular Dysfunction (DCM) is a multifactorial pathology that affects TMJ, chewing muscles, cervical region, and adjacent components. The objective of this work is to present the physiotherapeutic approaches used in the treatment of temporomandibular dysfunction through literature review. The study was carried out using the bibliographic review method. The inclusion criteria were articles with publication from the year 2016 with a score above 5 on the PEDro scale. A total of 437 articles were found, 426 were excluded because the publication was prior to the year 2016, 7 articles were excluded because they presented a score of less than 5 on the PEDro scale, 6 articles were selected. The results showed that the most used techniques were massotherapy, electromyography (EMG), transcutaneous electroneural stimulation (TENS), stretching, positional release therapy, high velocity and low amplitude thrust manipulation (HVLA), low power laser therapy, myofascial release, acupuncture, therapeutic ultrasound, thermotherapy, stretching and neuromuscular exercises, passive stretching of the muscles ECOM (Sternocleidoocciptomastoideo or Sternocleidomastoideo) and trapezius, non-specific mandibular mobilization (MMI), reeducation, osteopathy, craniosacral therapy, masseter and temporomandibular muscles massage, Postural Global, (RPG), high-voltage cathodic electrical stimulation (EVA). It is concluded that all the authors pointed out that the physiotherapeutic approaches used in the treatment of temporomandibular dysfunction, improve the conditions of mandibular amplitude, significantly reducing orofacial pain.

 

Keywords: DTM. Physiotherapy. Techniques. Treatment,

 

INTRODUÇÃO

A Articulação Temporomandibular (ATM) compõe o sistema estomatognático, juntamente com os dentes, coluna cervical, crânio e cintura escapular, sendo responsáveis pela fonação, deglutição, mastigação, respiração e expressão facial (MALUF et al. 2008). Segundo Bassi et al. (2011), por ser do tipo sinovial e biaxial, a articulação temporomandibular, é capaz de realizar movimentos como elevação, depressão, protrusão e retração mandibular, além de realizar movimentos de lateralidade.

A Disfunção Temporomandibular (DTM) ou Disfunção Craniomandibular (DCM), é uma patologia multifatorial que afeta a ATM, os músculos da mastigação, a região cervical e os componentes adjacentes (BASSI et al., 2011; SILVA et al., 2011). Os sinais e sintomas clássicos dessas disfunções englobam dores de ouvido e facial, além de cefaleia, neuralgias, travamentos, dores musculares e articulares; incluindo também limitações e desvios da trajetória mandibular como ruídos articulares durante a abertura e o fechamento bucal, dores de cabeça, nuca e pescoço (PEREIRA, 2005, apud. TORRES et al., 2012).

De acordo Biasotto-Gonzalez (2005, apud MALUF, 2008), a disfunção temporomandibular possui maior incidência em mulheres do que em homens, na faixa etária de 20 a 45 anos, sendo a maioria de origem muscular e articular.

Uma abordagem interdisciplinar incluindo cirurgiões dentistas, fonoaudiólogos, psicólogos, otorrinolaringologistas, neurologistas, clínicos da dor e fisioterapeutas é de suma importância para uma correta indicação terapêutica e intervenção adequada (DONNARUMMA et al.,2009).

A fisioterapia tem um papel importante tanto no tratamento pré-operatório quanto no pós-operatório nas disfunções temporomandibulares.  O tratamento fisioterapêutico baseia-se, de uma forma geral, em exercícios, massagens, alongamentos, terapia de liberação posicional, estimulação elétrica nervosa transcutânea (Tens), ultrassom e laser. Nos casos em que a DTM está relacionada com alterações posturais, a fisioterapia mostra-se efetiva nos objetivos de evitar a cirurgia, reposicionar a mandíbula, minimizar a dor muscular, melhorar a amplitude de movimento, melhorar a postura, reduzir a inflamação, reduzir a carga na ATM e fortalecer o sistema musculoesquelético (OLIVEIRA et al., 2010; TORRES et al., 2012).

Sabendo da importância da fisioterapia neste tipo de distúrbio e sua eficácia durante o tratamento, este estudo tem como objetivo apresentar quais são as abordagens fisioterapêuticas utilizadas no tratamento da disfunção temporomandibular através de revisão de literatura.

METODOLOGIA    

O estudo foi realizado utilizando o método de revisão bibliográfica, descritiva e retrospectiva, com levantamento de literaturas voltado para a ATM, com ênfase na Disfunção Temporomandibular, a fim de aprofundar o conhecimento sobre a mesma e seus melhores resultados de tratamento. Foram pesquisados livros, revistas e artigos científicos pelos sites: Scielo, Bireme e Google acadêmico, nos quais os assuntos abordados eram em relação a disfunção temporomandibular e os tipos de tratamentos, utilizando principalmente a terapia manual e técnicas não farmacológicas nos tratamentos das mesmas. Foram utilizadas palavras chaves como: physioterapy, treatment, ear-jaw articulation (fisioterapia, tratamento e articulação temporomandibular).

Os critérios de inclusão foram artigos com publicação a partir do ano de 2016, que abordavam assuntos relacionados à disfunção temporomandibular e seus tratamentos através de técnicas de terapias não farmacológicas. Os critérios de exclusão foram artigos com o ano de publicação inferior ao ano de 2016 e que tivesse um score inferior a 5 na escala de PEDro.

Foram encontrados 437 artigos com o cruzamento dos descritores, 426 foram excluídos pois a publicação era anterior ao ano de 2016, 7 artigos foram excluídos por apresentarem escore inferior a 5 na escala de PEDro. Foram selecionados 6 artigos para o estudo. A seleção e estratégia de buscas estão expostas na Figura 1.

 

 

Figura 1. Estratégia de busca

RESULTADOS

 

Autor/ano

PEDro

Metodologia

Resultados

Santos e Pereira (2016)

5/10

Revisão sistemática onze artigos, referentes à intervenção da terapia manual na DTM, dos quais nove são nacionais e dois internacionais.

Os estudos apontaram eficácia da terapia manual no alívio da sintomatologia dolorosa, melhora do padrão de contração da musculatura mastigatória e restauração da mobilidade articular através dos métodos utilizados no tratamento.

Guimarães (2017)

5/10

Foi realizado tratamento fisioterapêutico aplicando a técnica da Osteopatia.

A Fisioterapia é fundamental no tratamento da DTM junto a Odontologia, sempre associada a uma equipe interdisciplinar.

Pelicioli et al. (2017)

6/10

Revisão sistemática, sobre as técnicas fisioterapêuticas usadas em pacientes com diagnóstico de disfunção temporomandibular.

As técnicas destacas nos trabalhos mostraram que beneficiam no tratamento da DTM, reduzindo a dor e aumentando a mobilidade, bem como reequilibrando a ATM.

Silva e Soares (2018)

5/10

Revisão integrativa de 7 ensaios clínicos, com amostras entre 10 e 60 pacientes, que utilizaram recursos e técnicas fisioterapêuticas para o tratamento da DTM.

A fisioterapia através da eletroterapia, termoterapia e cinesioterapia são eficazes na redução da dor, na mobilidade articular e na melhora da sensibilidade, dessa maneira, contribuindo significativamente para o tratamento da DTM.

Lopes et al. (2018)

6/10

O relato foi feito com análise transversal na área de DTM e dor orofacial, de paciente não identificado, sexo masculino, durante 11 atendimentos realizados pelo serviço de fisioterapia de um a Clínica Escola na cidade de Anápolis no período de agosto a outubro de 2018.

Constatou-se ganho da amplitude entre as seções nos movimentos de abertura, incursões laterais, protusão e retração a partir do relaxamento muscular, além de diminuição do quadro álgico variando de EVAi 5 a EVAf 2.

Niszezak et al.(2019)

5/10

Trabalho de parceria entre a clínica de fisioterapia e odontológica

 da UFSC.

Durante os tratamentos, pode-se evidenciar melhora em relação à amplitude de movimento, do quadro de dor, além da recuperação da função e fortalecimento do sistema musculoesquelético. Esses achados demonstram que a fisioterapia tem papel fundamental na melhora e controle das DTMs e dores orofaciais, melhorando a qualidade de vida dos pacientes.

 

 

DISCUSSÃO

 

Santos e Pereira (2016) apresentaram uma revisão sistemática sobre a efetividade da terapia manual no tratamento de disfunções temporomandibulares (DTM), analisaram 11 artigos publicados entre 2006 e 2013, as seguintes abordagens terapêuticas: massagem na face e no pescoço; sessões Eletromiografia (EMG), estimulação eletroneural transcutânea (TENS), alongamento, terapia de liberação posicional, manipulação thrust de alta velocidade e baixa amplitude (HVLA), laserterapia de baixa potência, liberação miofascial, energia muscular, técnicas de osteopatia, terapia crânio-sacral, técnica de inibição muscular ativa, massagem nos músculos masseter e temporal anterior e bilateralmente. Os resultados indicaram que a associação da massoterapia com as demais técnicas terapêuticas são eficazes no alívio da dor, aumentando de forma significativa a abertura da boca, amplitude de movimentos de protrusão, flexão, extensão e rotação cervical.

Guimarães (2017) realizou um estudo de caso em que foi avaliado a influência da postura na articulação temporomandibular e o papel da fisioterapia associada à odontologia em pacientes portadores de DTM, os resultados apontaram que a fisioterapia foi de fundamental importância no tratamento multidisciplinar odontológico, que por meio da técnica osteopatia (que compreende manobras manuais) promoveu o relaxamento muscular e o alívio da dor do paciente.

Pelicioli et al. (2017) apresentaram um estudo de revisão sistemática, em que avaliaram as técnicas de fisioterapia destacadas em doze artigos que apresentavam tratamento da DTM. As técnicas destacadas nos artigos estudados pelos autores no tratamento da DTM foram ultrassom terapêutico, termoterapia, terapia manual, alongamento e exercícios neuromusculares, alongamento passivo dos músculos ECOM (Esternocleidoocciptomastoideo ou Esternocleidomastoideo) e trapézio, laser de baixa intensidade, alongamento ativo dos músculos cervicais, extensores e flexores da cabeça e pescoço, mobilização mandibular inespecífica (MMI), acupuntura, Reeducação Postural Global, (RPG), exercício de estabilização de flexão craniocervical, alongamento. Os autores concluíram que todas as técnicas fisioterápicas foram eficientes na melhora da função física de indivíduos com DTM, perceberam que diferentes são empregadas e cada uma trazem benefícios notáveis.

A revisão integrativa realizada por Silva e Soares (2018), sobre as abordagens fisioterapêuticas no tratamento da disfunção temporomandibular, onde analisaram sete trabalhos de ensaio clínico, identificaram que as técnicas fisioterapêuticas mais utilizadas foram Tens, ultrassom, estimulação  elétrica  de  alta voltagem catódica (EVA), massoterapia, alongamento, acupuntura e termoterapia. Sendo que todos os protocolos aplicados tiveram conclusão de alívio dos sintomas dolorosos e melhora na amplitude de movimentos.

O estudo de Lopes et al. (2018) observou que após o protocolo de fisioterapia aplicado com técnicas de massoterapia o paciente apresentou melhora na Escala Visual Analógica (EVA), melhorando a amplitude nos  movimentos  de  abertura,  incursões  laterais, protusão e retração a partir do relaxamento muscular, ainda teve redução dos sintomas dolorosos apresentando um estado geral entre EVAi 5 a  EVAf  2.

Niszezak et al. (2019) apresentaram um relato de experiência de abordagem fisioterapêutica no centro multidisciplinar de dor orofacial da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), atuação foi durante o ano de 2018. O trabalho de parceira foi realizado entre a clínica de Odontologia e Fisioterapia da UFSC, foram atendidos pacientes previamente cadastrados de forma online. As avaliações e tratamentos foram disponibilizadas gratuitamente todas as segundas-feiras no período vespertino.  As técnicas fisioterápicas utilizadas para o  tratamento  das DTMs foram terapia manual com pompagens na musculatura da ATM e região cervical;  liberação de pontos gatilho intra e extraoral e na região suboccipital;  liberação miofascial; técnicas de mobilização articular passiva (distração articular); exercícios ativos/passivos/resistidos;  termoterapia; alongamentos;  técnicas de osteopatia cervical, craniana e da ATM;  exercícios de correção postural; reeducação respiratória; orientação sobre a correção de hábitos parafuncionais.  Ainda foram realizados   mensuração da amplitude de movimento articular da ATM por meio de palpação. Ao final do tratamento os pacientes foram indagados sobre os efeitos das técnicas após cada sessão de fisioterapia e nas semanas subsequentes. Os autores concluíram que o trabalho emparceira no tratamento das DTMs entre fisioterapeutas e odontólogos foi eficiente, pois os pacientes apresentaram melhoras significativas na amplitude de movimento, com redução dos sintomas álgicos, garantindo fortalecimento da musculatura orofacial, demonstrando que o trabalho interdisciplinar é fundamental na melhora e controle das DTMs e dores orofaciais, promovendo qualidade de vida aos pacientes. 

CONCLUSÃO

Diante do estudo realizado constatou-se que existem inúmeras abordagens fisioterapêuticas utilizadas no tratamento da disfunção temporomandibular, as quais são utilizadas de forma isoladas ou em conjunto, com intuito de melhor as condições físico-funcional dos indivíduos.

Dos artigos analisados observou-se que todos apontaram que as abordagens fisioterapêuticas utilizadas no tratamento da disfunção temporomandibular, melhoram as condições de amplitude mandibular, reduzindo significativamente a dor orofacial.

REFERÊNCIAS

BASSI, A. F. B.; MORIMOTO, R. S.; COSTA, A. C. de S. Disfunção temporomandibular: uma abordagem fisioterapêutica. In: III Encontro Científico E Simpósio De Educação Unisalesiano, Lins, 17 a 21 de outubro de 2011.

 

DONNARUMMA, M. D. C.; MUZILLI, C. A.; FERREIRA, C.; NEMR, K. Disfunções temporomandibulares: sinais, sintomas e abordagem multidisciplinar. Rev. CEFAC, v.12, n. 5, p. 788-794, 2009.

 

GUIMARÃES, E. A. Avaliação da influência da postura na articulação temporomandibular e o papel da fisioterapia associada à odontologia em pacientes portadores de disfunção temporomandibular. Tese Doutorado. Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2017.

LOPES, A.A.; OLIVEIRA, A.G.; SOUZA, E. S.; CASTILHO, G. G.; REIS, K. N.; BRUNO, L.K.C.; SANTANA, T.F.; OLIVEIRA, S.S.; TACON, K.C.B. Tratamento fisioterapêutico e odontológico em disfunção temporomandibular: um relato de caso. CPEEX – 3º Congresso Internacional de Pesquisa e Extensão. XV Mostra Acadêmica do Curso Fisioterapia, v. 2, p. 1749-1752, 2018.

MALUF, S. A.; MORENO, B. G. D.; ALFREDO, P. P.; MARQUES, A. P.; RODRIGUES, G. Exercícios terapêuticos nas desordens temporomandibulares: uma revisão de literatura. Rev. Fisioterapia e Pesquisa, v.15, n.4, p.408-415, 2008.

NISZEZAK, C.M.; FREITAS, M. S.; NASCIMENTO, L.P.; KUNTZE, M.M.; BERRETTA, F.; SOUZA, B. D. M.; PORPORATTI, A. L. Abordagem fisioterapêutica no centro multidisciplinar de dor orofacial da UFSC: um relato de experiência. Rev. Eletr. de Extensão, Florianópolis, v. 16, n. 32, p. 116-124, 2019. ISSN 1807-0221.

OLIVEIRA, K. B.; PINHEIRO, Í. C. O.; FREITAS, D. G. de.; GUALBERTO, H. D.; CARVALHO, N. A. A. de. A abordagem fisioterapêutica na disfunção da articulação temporomandibular. Revisão da literatura. Rev. Med Reabil, v. 29, n. 3, p. 61-64, 2010.

PELICIOLI, M.; MYRA, R. S.; FLORIANOVICZ, V. C.;  BATISTA, J. S. Tratamento fisioterapêutico em disfunções temporomandibulares. Rev. dor,  São Paulo,  v. 18, n. 4, p. 355-361,  dez.  2017.

SANTOS, L. F. S.; PEREIRA, M. C. A. A efetividade da terapia manual no tratamento de disfunções temporomandibulares (DTM): uma revisão da literatura. Rev. Aten. Saúde, São Caetano do Sul, v. 14, n. 49, p. 72-77, jul./set., 2016.

SILVA, G. R. da.; MARTINS, P. R.; GOMES, K. A.; DI MAMBRO, T. R.; ABREU, N. de S. Rev. Bras Cien Med Saúde, v.1, n. 1, p. 17-22, 2011.

SILVA, H. B. E; SOARES, J. L. Análise da abordagem fisioterapêutica no tratamento da disfunção temporomandibular: revisão integrativa. Revista Eletrônica Acervo Saúde, n. 19, p. e210, 30 dez. 2018.

TORRES, F.; CAMPOS, L. G.; FILLIPINI, H. F.; WEIGERT, K. L.; VECCHIA, G. F. D. Efeitos dos tratamentos fisioterapêutico e odontológico em Pacientes com disfunção temporomandibular. Rev. Fisioter. Mov, v. 25, n. 1, p. 117-125, 2012.

 

[1] Discente do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário da Grande Dourados – Unigran.

[2] Orientador deste trabalho e docente do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário da Grande Dourados – Unigran.

 

THAÍS ORTIZ CRISTALDO

WENDSON CARDOSO CRUZ

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA NO TRATAMENTO DA DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR

 

 

 

 

 

Artigo final de Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Fisioterapia da UNIGRAN, como requisito para obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia.

Orientador: Prof. Esp. Rodrigo Deller.

 

 

 

 

 

ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA NO TRATAMENTO DA DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR

 

APPROACH IN THE TREATMENT OF TEMPOROMANDIBULAR DYSFUNCTION

 

 

 

CRISTALDO, Thaís Ortiz¹; CRUZ, Wendson Cardoso¹, Centro Universitário da Grande Dourados – Unigran²

 

Centro Universitário da Grande Dourados, Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde, Dourados MS

Endereço: R. Balbina de Matos, 2121 - Jardim Universitario, Dourados - MS, 79824-900

 

WENDSON CARDOSO CRUZ

http://lattes.cnpq.br/4652750246508543

E-mail: wendsoncruz652@gmail.com

Telefone: 67-998712411

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA NO TRATAMENTO DA DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR

 

APPROACH IN THE TREATMENT OF TEMPOROMANDIBULAR DYSFUNCTION

 

CRISTALDO, Thaís Ortiz[1]; CRUZ, Wendson Cardoso¹; DELLER, Rodrigo[2].

 

RESUMO

 

A Disfunção Temporomandibular (DTM) ou Disfunção Craniomandibular (DCM), é uma patologia multifatorial que afeta a ATM, os músculos da mastigação, a região cervical e os componentes adjacentes. O objetivo deste trabalho é apresentar quais são as abordagens fisioterapêuticas utilizadas no tratamento da disfunção temporomandibular através de revisão de literatura. O estudo foi realizado utilizando o método de revisão bibliográfica. Os critérios de inclusão foram artigos com publicação a partir do ano de 2016 com escore acima de 5 na escala de PEDro. Foram encontrados 437 artigos, 426 foram excluídos pois a publicação era anterior ao ano de 2016, 7 artigos foram excluídos por apresentarem escore inferior a 5 na escala de PEDro, foram selecionados 6 artigos. Os resultados mostraram que as técnicas mais usadas foram massoterapia, eletromiografia (EMG), estimulação eletroneural transcutânea (TENS), alongamento, terapia de liberação posicional, manipulação thrust de alta velocidade e baixa amplitude (HVLA), laserterapia de baixa potência, liberação miofascial,  osteopatia, terapia crânio-sacral, massagem nos músculos masseter e temporal anterior e bilateralmente, acumpuntura, ultrassom terapêutico, termoterapia, alongamento e exercícios neuromusculares, alongamento passivo dos músculos ECOM (Esternocleidoocciptomastoideo ou Esternocleidomastoideo) e trapézio, mobilização mandibular inespecífica (MMI), Reeducação Postural Global, (RPG), estimulação  elétrica  de  alta voltagem catódica (EVA). Conclui-se que todos os autores apontaram que as abordagens fisioterapêuticas utilizadas no tratamento da disfunção temporomandibular, melhoram as condições de amplitude mandibular, reduzindo significativamente a dor orofacial.

 

Palavras-chaves: DTM. Fisioterapia. Técnicas. Tratamento,

 

 

ABSTRACT

Temporomandibular Dysfunction (TMD) or Craniomandibular Dysfunction (DCM) is a multifactorial pathology that affects TMJ, chewing muscles, cervical region, and adjacent components. The objective of this work is to present the physiotherapeutic approaches used in the treatment of temporomandibular dysfunction through literature review. The study was carried out using the bibliographic review method. The inclusion criteria were articles with publication from the year 2016 with a score above 5 on the PEDro scale. A total of 437 articles were found, 426 were excluded because the publication was prior to the year 2016, 7 articles were excluded because they presented a score of less than 5 on the PEDro scale, 6 articles were selected. The results showed that the most used techniques were massotherapy, electromyography (EMG), transcutaneous electroneural stimulation (TENS), stretching, positional release therapy, high velocity and low amplitude thrust manipulation (HVLA), low power laser therapy, myofascial release, acupuncture, therapeutic ultrasound, thermotherapy, stretching and neuromuscular exercises, passive stretching of the muscles ECOM (Sternocleidoocciptomastoideo or Sternocleidomastoideo) and trapezius, non-specific mandibular mobilization (MMI), reeducation, osteopathy, craniosacral therapy, masseter and temporomandibular muscles massage, Postural Global, (RPG), high-voltage cathodic electrical stimulation (EVA). It is concluded that all the authors pointed out that the physiotherapeutic approaches used in the treatment of temporomandibular dysfunction, improve the conditions of mandibular amplitude, significantly reducing orofacial pain.

 

Keywords: DTM. Physiotherapy. Techniques. Treatment,

 

INTRODUÇÃO

 

A Articulação Temporomandibular (ATM) compõe o sistema estomatognático, juntamente com os dentes, coluna cervical, crânio e cintura escapular, sendo responsáveis pela fonação, deglutição, mastigação, respiração e expressão facial (MALUF et al. 2008). Segundo Bassi et al. (2011), por ser do tipo sinovial e biaxial, a articulação temporomandibular, é capaz de realizar movimentos como elevação, depressão, protrusão e retração mandibular, além de realizar movimentos de lateralidade.

A Disfunção Temporomandibular (DTM) ou Disfunção Craniomandibular (DCM), é uma patologia multifatorial que afeta a ATM, os músculos da mastigação, a região cervical e os componentes adjacentes (BASSI et al., 2011; SILVA et al., 2011). Os sinais e sintomas clássicos dessas disfunções englobam dores de ouvido e facial, além de cefaleia, neuralgias, travamentos, dores musculares e articulares; incluindo também limitações e desvios da trajetória mandibular como ruídos articulares durante a abertura e o fechamento bucal, dores de cabeça, nuca e pescoço (PEREIRA, 2005, apud. TORRES et al., 2012).

De acordo Biasotto-Gonzalez (2005, apud MALUF, 2008), a disfunção temporomandibular possui maior incidência em mulheres do que em homens, na faixa etária de 20 a 45 anos, sendo a maioria de origem muscular e articular.

Uma abordagem interdisciplinar incluindo cirurgiões dentistas, fonoaudiólogos, psicólogos, otorrinolaringologistas, neurologistas, clínicos da dor e fisioterapeutas é de suma importância para uma correta indicação terapêutica e intervenção adequada (DONNARUMMA et al.,2009).

A fisioterapia tem um papel importante tanto no tratamento pré-operatório quanto no pós-operatório nas disfunções temporomandibulares.  O tratamento fisioterapêutico baseia-se, de uma forma geral, em exercícios, massagens, alongamentos, terapia de liberação posicional, estimulação elétrica nervosa transcutânea (Tens), ultrassom e laser. Nos casos em que a DTM está relacionada com alterações posturais, a fisioterapia mostra-se efetiva nos objetivos de evitar a cirurgia, reposicionar a mandíbula, minimizar a dor muscular, melhorar a amplitude de movimento, melhorar a postura, reduzir a inflamação, reduzir a carga na ATM e fortalecer o sistema musculoesquelético (OLIVEIRA et al., 2010; TORRES et al., 2012).

Sabendo da importância da fisioterapia neste tipo de distúrbio e sua eficácia durante o tratamento, este estudo tem como objetivo apresentar quais são as abordagens fisioterapêuticas utilizadas no tratamento da disfunção temporomandibular através de revisão de literatura.

METODOLOGIA

    

O estudo foi realizado utilizando o método de revisão bibliográfica, descritiva e retrospectiva, com levantamento de literaturas voltado para a ATM, com ênfase na Disfunção Temporomandibular, a fim de aprofundar o conhecimento sobre a mesma e seus melhores resultados de tratamento. Foram pesquisados livros, revistas e artigos científicos pelos sites: Scielo, Bireme e Google acadêmico, nos quais os assuntos abordados eram em relação a disfunção temporomandibular e os tipos de tratamentos, utilizando principalmente a terapia manual e técnicas não farmacológicas nos tratamentos das mesmas. Foram utilizadas palavras chaves como: physioterapy, treatment, ear-jaw articulation (fisioterapia, tratamento e articulação temporomandibular).

Os critérios de inclusão foram artigos com publicação a partir do ano de 2016, que abordavam assuntos relacionados à disfunção temporomandibular e seus tratamentos através de técnicas de terapias não farmacológicas. Os critérios de exclusão foram artigos com o ano de publicação inferior ao ano de 2016 e que tivesse um score inferior a 5 na escala de PEDro.

Foram encontrados 437 artigos com o cruzamento dos descritores, 426 foram excluídos pois a publicação era anterior ao ano de 2016, 7 artigos foram excluídos por apresentarem escore inferior a 5 na escala de PEDro. Foram selecionados 6 artigos para o estudo. A seleção e estratégia de buscas estão expostas na Figura 1.

 

 

Figura 1. Estratégia de busca

RESULTADOS

 

Autor/ano

PEDro

Metodologia

Resultados

Santos e Pereira (2016)

5/10

Revisão sistemática onze artigos, referentes à intervenção da terapia manual na DTM, dos quais nove são nacionais e dois internacionais.

Os estudos apontaram eficácia da terapia manual no alívio da sintomatologia dolorosa, melhora do padrão de contração da musculatura mastigatória e restauração da mobilidade articular através dos métodos utilizados no tratamento.

Guimarães (2017)

5/10

Foi realizado tratamento fisioterapêutico aplicando a técnica da Osteopatia.

A Fisioterapia é fundamental no tratamento da DTM junto a Odontologia, sempre associada a uma equipe interdisciplinar.

Pelicioli et al. (2017)

6/10

Revisão sistemática, sobre as técnicas fisioterapêuticas usadas em pacientes com diagnóstico de disfunção temporomandibular.

As técnicas destacas nos trabalhos mostraram que beneficiam no tratamento da DTM, reduzindo a dor e aumentando a mobilidade, bem como reequilibrando a ATM.

Silva e Soares (2018)

5/10

Revisão integrativa de 7 ensaios clínicos, com amostras entre 10 e 60 pacientes, que utilizaram recursos e técnicas fisioterapêuticas para o tratamento da DTM.

A fisioterapia através da eletroterapia, termoterapia e cinesioterapia são eficazes na redução da dor, na mobilidade articular e na melhora da sensibilidade, dessa maneira, contribuindo significativamente para o tratamento da DTM.

Lopes et al. (2018)

6/10

O relato foi feito com análise transversal na área de DTM e dor orofacial, de paciente não identificado, sexo masculino, durante 11 atendimentos realizados pelo serviço de fisioterapia de um a Clínica Escola na cidade de Anápolis no período de agosto a outubro de 2018.

Constatou-se ganho da amplitude entre as seções nos movimentos de abertura, incursões laterais, protusão e retração a partir do relaxamento muscular, além de diminuição do quadro álgico variando de EVAi 5 a EVAf 2.

Niszezak et al.(2019)

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Trabalho de parceria entre a clínica de fisioterapia e odontológica

 da UFSC.

Durante os tratamentos, pode-se evidenciar melhora em relação à amplitude de movimento, do quadro de dor, além da recuperação da função e fortalecimento do sistema musculoesquelético. Esses achados demonstram que a fisioterapia tem papel fundamental na melhora e controle das DTMs e dores orofaciais, melhorando a qualidade de vida dos pacientes.

 

 

DISCUSSÃO

 

Santos e Pereira (2016) apresentaram uma revisão sistemática sobre a efetividade da terapia manual no tratamento de disfunções temporomandibulares (DTM), analisaram 11 artigos publicados entre 2006 e 2013, as seguintes abordagens terapêuticas: massagem na face e no pescoço; sessões Eletromiografia (EMG), estimulação eletroneural transcutânea (TENS), alongamento, terapia de liberação posicional, manipulação thrust de alta velocidade e baixa amplitude (HVLA), laserterapia de baixa potência, liberação miofascial, energia muscular, técnicas de osteopatia, terapia crânio-sacral, técnica de inibição muscular ativa, massagem nos músculos masseter e temporal anterior e bilateralmente. Os resultados indicaram que a associação da massoterapia com as demais técnicas terapêuticas são eficazes no alívio da dor, aumentando de forma significativa a abertura da boca, amplitude de movimentos de protrusão, flexão, extensão e rotação cervical.

Guimarães (2017) realizou um estudo de caso em que foi avaliado a influência da postura na articulação temporomandibular e o papel da fisioterapia associada à odontologia em pacientes portadores de DTM, os resultados apontaram que a fisioterapia foi de fundamental importância no tratamento multidisciplinar odontológico, que por meio da técnica osteopatia (que compreende manobras manuais) promoveu o relaxamento muscular e o alívio da dor do paciente.

Pelicioli et al. (2017) apresentaram um estudo de revisão sistemática, em que avaliaram as técnicas de fisioterapia destacadas em doze artigos que apresentavam tratamento da DTM. As técnicas destacadas nos artigos estudados pelos autores no tratamento da DTM foram ultrassom terapêutico, termoterapia, terapia manual, alongamento e exercícios neuromusculares, alongamento passivo dos músculos ECOM (Esternocleidoocciptomastoideo ou Esternocleidomastoideo) e trapézio, laser de baixa intensidade, alongamento ativo dos músculos cervicais, extensores e flexores da cabeça e pescoço, mobilização mandibular inespecífica (MMI), acupuntura, Reeducação Postural Global, (RPG), exercício de estabilização de flexão craniocervical, alongamento. Os autores concluíram que todas as técnicas fisioterápicas foram eficientes na melhora da função física de indivíduos com DTM, perceberam que diferentes são empregadas e cada uma trazem benefícios notáveis.

A revisão integrativa realizada por Silva e Soares (2018), sobre as abordagens fisioterapêuticas no tratamento da disfunção temporomandibular, onde analisaram sete trabalhos de ensaio clínico, identificaram que as técnicas fisioterapêuticas mais utilizadas foram Tens, ultrassom, estimulação  elétrica  de  alta voltagem catódica (EVA), massoterapia, alongamento, acupuntura e termoterapia. Sendo que todos os protocolos aplicados tiveram conclusão de alívio dos sintomas dolorosos e melhora na amplitude de movimentos.

O estudo de Lopes et al. (2018) observou que após o protocolo de fisioterapia aplicado com técnicas de massoterapia o paciente apresentou melhora na Escala Visual Analógica (EVA), melhorando a amplitude nos  movimentos  de  abertura,  incursões  laterais, protusão e retração a partir do relaxamento muscular, ainda teve redução dos sintomas dolorosos apresentando um estado geral entre EVAi 5 a  EVAf  2.

Niszezak et al. (2019) apresentaram um relato de experiência de abordagem fisioterapêutica no centro multidisciplinar de dor orofacial da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), atuação foi durante o ano de 2018. O trabalho de parceira foi realizado entre a clínica de Odontologia e Fisioterapia da UFSC, foram atendidos pacientes previamente cadastrados de forma online. As avaliações e tratamentos foram disponibilizadas gratuitamente todas as segundas-feiras no período vespertino.  As técnicas fisioterápicas utilizadas para o  tratamento  das DTMs foram terapia manual com pompagens na musculatura da ATM e região cervical;  liberação de pontos gatilho intra e extraoral e na região suboccipital;  liberação miofascial; técnicas de mobilização articular passiva (distração articular); exercícios ativos/passivos/resistidos;  termoterapia; alongamentos;  técnicas de osteopatia cervical, craniana e da ATM;  exercícios de correção postural; reeducação respiratória; orientação sobre a correção de hábitos parafuncionais.  Ainda foram realizados   mensuração da amplitude de movimento articular da ATM por meio de palpação. Ao final do tratamento os pacientes foram indagados sobre os efeitos das técnicas após cada sessão de fisioterapia e nas semanas subsequentes. Os autores concluíram que o trabalho emparceira no tratamento das DTMs entre fisioterapeutas e odontólogos foi eficiente, pois os pacientes apresentaram melhoras significativas na amplitude de movimento, com redução dos sintomas álgicos, garantindo fortalecimento da musculatura orofacial, demonstrando que o trabalho interdisciplinar é fundamental na melhora e controle das DTMs e dores orofaciais, promovendo qualidade de vida aos pacientes. 

 

CONCLUSÃO

 

Diante do estudo realizado constatou-se que existem inúmeras abordagens fisioterapêuticas utilizadas no tratamento da disfunção temporomandibular, as quais são utilizadas de forma isoladas ou em conjunto, com intuito de melhor as condições físico-funcional dos indivíduos.

Dos artigos analisados observou-se que todos apontaram que as abordagens fisioterapêuticas utilizadas no tratamento da disfunção temporomandibular, melhoram as condições de amplitude mandibular, reduzindo significativamente a dor orofacial.

 

REFERÊNCIAS

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[1] Discente do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário da Grande Dourados – Unigran.

[2] Orientador deste trabalho e docente do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário da Grande Dourados – Unigran.

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