05/07/2016

Acessibilidade na Prática

Por Pedro Muriel Bertolini - Bacharel em Relações Internacionais, colunista de várias revistas na área de acessibilidade e inclusão e dono da página "Cadeira Atômica do Pedrão" 

O que podemos fazer para que a educação seja, de fato, um direito das pessoas com deficiência? Penso que é uma questão complexa, mas podemos começar pontuando algumas atitudes simples que poderiam amenizar um pouco da exclusão que o aluno com deficiência sente ao longo da sua trajetória estudantil. O primeiro passo, no meu entendimento, seria trabalhar para quebrar as barreiras atitudinais criadas pelas instituições de ensino, fazendo com que os gestores dessas instituições entendam que o aluno com deficiência não é um prejuízo financeiro ou um peso morto, mas alguém que pode ser uma ferramenta de transformação da mentalidade do ambiente educacional como um todo. Abram a cabeça, os olhos e os ouvidos! As pessoas com deficiência, mesmo que não sigam uma receita padrão e tenham demandas muito heterogêneas, também querem aprender, querem estar inseridas em um contexto onde convívio social e educação caminhem juntos. Depois que a importância da mudança atitudinal for entendida e implementada, seguiríamos para a eliminação das barreiras arquitetônicas, fase em que os alunos com deficiência seriam o agente central do processo de elaboração das políticas de acessibilidade do ambiente educacional. Gestores, arquitetos e engenheiros trabalhariam em conjunto com esses alunos, entendendo e ouvindo suas ideias e demandas. Técnica e prática na mesma sintonia, criando ambientes que sejam plenamente acessíveis, que fujam das armadilhas dos lugares que o senso comum + a técnica sem prática criam e dizem que estão prontos para receber as pessoas com deficiência. O caminho para uma educação inclusiva é longo, cheio de buracos e com poucas rampas. Que tal mudarmos isso?

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