30/06/2015

Alunos do ensino médio participam de concurso internacional de inovação

Já estão abertas as inscrições para o concurso internacional Respostas para o Amanhã, que chega este ano à segunda edição na América Latina, ampliando de sete para oito o número de países participantes (Brasil, Argentina, Chile, México, Panamá, Paraguai, Peru e República Dominicana). O prêmio é voltado a alunos do ensino médio, de escolas públicas. A competição pretende desafiar os jovens a apresentar projetos inovadores baseados na aplicação de conhecimentos de matemática e ciências, entre outras disciplinas, que possam resolver problemas das comunidades onde vivem.

A iniciativa é coordenada pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec) e conta com apoio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e da Rede Latino-Americana de Organizações Sociais para a Educação (Reduca), entre outras instituições.

A coordenadora do projeto no Cenpec, Ana Cecília Chaves Arruda, disse hoje (30) que o grande diferencial do prêmio está na proposta pedagógica, ao promover um trabalho colaborativo entre todos os alunos da classe, que se unem para desenvolver um único projeto.

“A gente não coloca os alunos disputando entre si em uma sala de aula. Eles têm um desafio comum que é sair da escola, olhar para a comunidade para reconhecer lugares e identificar uma situação problema”, explicou. Segundo ela, o professor acaba subsidiando os alunos na elaboração do projeto, que deve apresentar uma solução para o problema identificado, com base nos conteúdos escolares. “Então, a gente está, na verdade, mostrando a importância desses conteúdos curriculares para a vida deles e a relação desses conteúdos com a vida cotidiana”, acrescentou.

A Escola Estadual Tristão de Barros, de Currais Novos (RN), foi a vencedora nacional da premiação no ano passado, com o projeto Equilíbrio, de reaproveitamento de lixo eletrônico para a construção de produtos destinados a pessoas com deficiências. A diretora da escola, Elba Alves, disse que o prêmio representou o reconhecimento de uma prática pedagógica que pode ser aplicada em qualquer escola pública.

Para os alunos, a disputa mostrou que eles são sujeitos ativos do conhecimento. “São protagonistas, porque os conceitos que estão paralisados no livro de forma teórica, eles vivenciam a partir dessas experiências de montar e desmontar o lixo eletrônico e descobrir novas possibilidades e respostas”. A escola vai participar novamente este ano do prêmio, e os projetos já estão sendo pensados, disse Elba.

Ana Cecília Arruda destacou que o prêmio é também uma oportunidade de a escola se abrir para a comunidade local, que passar a perceber a escola como um local de produção de conhecimento. A iniciativa é ainda um incentivo para o professor, porque muda sua relação com os alunos. A premiação aproxima a relação professor-aluno e sociedade-escola. O Cenpec fornece aos professores ações formativas para que eles e seus alunos possam qualificar os projetos.

As inscrições se estenderão até 20 de setembro. Numa primeira etapa, serão selecionados os 20 melhores projetos, quatro por região do país. Eles terão que produzir um vídeo sobre o projeto, de até três minutos. A segunda fase envolve a definição dos cinco projetos vencedores por região, e por último a escolha do mais votado pelo júri popular na internet e do grande vencedor, que será o que mais se destacar pelo caráter de inovação e relevância no contexto”, informou Ana Cecília. O resultado será anunciado no dia 11 de dezembro.

Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil Edição: Stênio Ribeiro

 

 

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