11/12/2018

ANÁLISE DA TÉCNICA INDIVIDUAL E DO RENDIMENTO NO JOGO DOS ATLETAS DE FUTSAL DA CATEGORIA SUB 15

ANÁLISE DA TÉCNICA INDIVIDUAL E DO RENDIMENTO NO JOGO DOS ATLETAS DE FUTSAL DA CATEGORIA SUB 15

 

Analysis of Individual Technique and Performance in the Futsal Athletes Game of Sub 15 Category

 

Lucas Schneider Campos1; Maria Denise Justo Panda2; Rojani Maria Mertz dos Santos3

 

RESUMO

O futsal é um esporte dinâmico e essa característica se evidencia muito na categoria sub 15, pois requer iniciativa, aprimorada habilidade técnica e tática dos atletas. Esta pesquisa quantitativa com caráter diagnóstico teve como objetivo analisar o nível da técnica individual e o rendimento no jogo dos atletas de futsal da categoria sub 15 da Associação Escolinha Desportiva Quinze de Novembro. Foram avaliados 12 atletas quanto às habilidades técnicas (em um dia de treinamento) e o rendimento no jogo, através da ficha Scout, durante a realização de uma partida de futsal do campeonato regional. Os dados foram tratados através da análise descritiva, soma, média e desvio padrão e a análise individual por atleta em relação a média do grupo, verificando os que se destacam e os que necessitam melhorar de acordo com as variáveis dos teste de Habilidade Técnica e do Scout. Com relação a habilidade técnica dos atletas da categoria sub15 é necessário motivar alguns que apresentaram nível abaixo da média do grupo (atletas A, G, H. I. J, K, L) para maior dedicação e empenho, são sete atletas, portanto mais de 50% do grupo. Ficou clara a necessidade de ênfase no treinamento da técnica individual. O rendimento no jogo se percebe que a equipe teve como pontos positivos os fundamentos táticos de desarmes, interceptações e poucas faltas cometidas, necessitando melhorar os passes (foram muitos passes errados), o domínio e condução (devido ao número de desarmados) e finalizações (chutes para fora e os defendidos).

Palavras Chave: Futsal. Técnica. Rendimento.

 

ABSTRACT

Futsal is a dynamic sport and this feature is very evident in the sub 15 category, as it requires initiative, improved technical and tactical skill of the athletes. This quantitative research with a diagnostic character had as objective to analyze the level of the individual technique and the performance in the game of the futsal athletes of the sub 15 category of the Associação Escolinha Desportiva Quinze de Novembro. Twelve athletes were evaluated for the technical skills (on a training day) and the performance in the game, through the Scout card, during a FUTSAL match of the Regional Championship. The data were treated through the descriptive analysis, sum, mean and standard deviation and the individual analysis by the athlete in relation to the group mean, verifying those that stand out and those that need to improve according to the variables of the Technical Skill test and the Scout. With regard to the technical ability of the athletes of the sub15 category it is necessary to motivate some who presented below the group average (athletes A, G, HI J, K, L) for greater dedication and commitment, are seven athletes, therefore more than 50% of the group. The need for emphasis on individual technique training was clear. The performance in the game, if you perceive that the team had as positive points the tactical foundations of disarmings, interceptions and few mistakes committed, needing to improve the passes (were many wrong passes), the domain and driving (due to the number of disarmed) and finalizations (kicks out and defended).

Keywords: Futsal. Technique. Yield

 

INTRODUÇÃO

 

Considerando que o futsal é um esporte dinâmico, essa característica se evidencia muito na categoria sub 15, pois requer iniciativa, aprimorada habilidade técnica e tática dos atletas. Isso, porque a rapidez, a força, habilidade, o talento, a agilidade, a preparação física são aspectos diferenciais para o sucesso da equipe.

"O futsal é um esporte que está em pleno crescimento, modernizando-se e procurando suprir as necessidades dos praticantes, e, como todo o esporte de massa, desempenha um papel importante nos aspectos psicológico, físico e social" (MELO, 2001, p.165).

No Brasil, o futsal é considerado um esporte muito popular, quase que uma paixão nacional, atrás apenas do futebol. No entanto, o futsal perde para o futebol apenas em relação à paixão e repercussão, uma vez que, vários estudos já demonstraram que existem mais praticantes de futsal do que de futebol em nosso país. Aqui no Brasil é um dos esportes mais difundidos, jogado por mais de 12 milhões de brasileiros segundo a Confederação Brasileira de Futebol de Salão (CBFS, 2008).

O futsal é uma modalidade que se caracteriza pela realização de esforços de alta intensidade e curta duração, intercalados com períodos de menor intensidade e duração variada, exige dos jogadores força, flexibilidade, resistência muscular e geral (aeróbia), acompanhada de uma composição corporal adequada, leva o atleta a um alto e melhor rendimento esportivo, além de prevenir lesões que comprometam a continuidade da sua prática. (KURATA; JUNIOR; NOWOTNY, 2007).

Definimos como fundamentos técnicos do futsal os gestos esportivos que são realizados com o menor gasto de energia e com a máxima precisão possível. Destacamos que estes gestos podem ser treinados e aprimorados e são básicos para o bom desenvolvimento da partida de futsal. O futsal é um esporte dinâmico, na categoria sub 15 requer iniciativa e aprimorada habilidade técnica e tática dos atletas; pois a rapidez, a força, habilidade, o talento, a agilidade, a preparação física fazem toda a diferença para o sucesso da equipe. 

Neste paradigma, o técnico/treinador/professor deve possuir potencial didático pedagógico, físico e intelectual para preparar e conduzir da melhor forma possível os seus atletas, considerando a faixa etária em que se encontram, pois se trata de uma fase de transição, em que as frustrações e fracassos muitas vezes não são tolerados. Desta forma, busca-se unir habilidades e competências como estruturas fundamentais para a formação de um adolescente praticante de Futsal e atividades físicas. Desenvolver a cidadania e a democracia da comunidade das crianças/adolescentes deve estar sempre em primeiro lugar, considerando muito importante o reconhecimento da diversidade de todos os atores envolvidos, pois a diversidade é algo produtivo e deve estar integrado no contexto das atividades desenvolvidas na Escolinha (ANDRADE Jr, 2009).

A inserção de crianças em escolinhas desportivas para a prática de futsal é muito comum na Região do Alto Jacuí, como no Rio Grande do Sul e no Brasil, desde as suas categorias de base, ou seja, fraldinha, onde as crianças principalmente as do sexo masculino esperam ansiosamente atingir a idade de seis anos para ingressarem na escolinha. As atividades envolvem a família toda, desde as aulas e as competições, os castigos das crianças por mau comportamento estão atrelados ao corte das aulas de escolinha, essa prática passa de geração em geração, de pais pra filhos, de irmãos, inclusive de alunos para professores.

Frente ao exposto consideramos muito importante a construção participativa e coletiva, onde todos são peças fundamentais, estas experiências positivas devem servir de exemplo para todos, pois o que realmente importa é transformar o esporte em algo fascinante e prazeroso capaz de desenvolver habilidades e competências em todos. Tudo não é uma utopia, o que realmente necessitamos é de atores comprometidos e dispostos a fazerem a diferença, a fim de facilitar a integração, para alcançar os objetivos. O importante é ter a clareza do que se pretende, do que se quer alcançar.

A preparação para o aprendizado da técnica do futsal pode ser dividida em duas, sendo a preparação técnica especial onde o aluno ou atleta aprende as leis biomecânicas do movimento e as ações relativas ao desporto em si; já na preparação técnica geral ele amplia sua aptidão física e seus conhecimentos acerca dos fundamentos, sendo assim possibilita a realizar movimentos motores muito mais complexos (ANDRADE Junior, 2009).

O padrão técnico de cada jogador é influenciado pelos componentes de equilíbrio, ritmo, coordenação geral e coordenação espaço-temporal, bem como as vivências motoras ao longo da vida (LUCENA, 2001).

Na estruturação do treinamento técnico, algumas variáveis devem ser consideradas: a estrutura temporal, ou seja, quando se realiza o ensino da técnica; a frequência com que se apresentam os exercícios e a precisão (GRECO, 1998).

Neste trabalho iremos relatar os resultados obtidos através de uma pesquisa quantitativa, onde foram utilizados alguns procedimentos metodológicos para a coleta dos dados. Tem como objetivo analisar o nível da técnica individual e o rendimento no jogo dos atletas de futsal da categoria sub 15 a partir do diagnóstico do nível da técnica individual e do rendimento no jogo dos atletas.

A primordial importância deste estudo é mostrar se o nível técnico é determinante para o rendimento do jogador durante uma partida de futsal, realizando uma avaliação coletiva dos atletas individualmente e atuando no coletivo.

 

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

 

Este estudo é caracterizado como uma pesquisa quali-quanti com caráter diagnóstico, avaliativo. Segundo Chizzotti (1991), as pesquisas qualitativas não descartam a coleta de dados quantitativos, principalmente nas etapas em que estes dados podem mostrar uma relação mais extensa entre os fenômenos particulares.  Para o autor, avaliar é o ato de diagnosticar uma experiência, tendo em vista reorientá-la para produzir bons resultados, não sendo, portanto classificatória ou seletiva, mas sim diagnóstica e inclusiva. O ato de avaliar deve ter seu foco na construção de melhores resultados, ou seja, deve promover a inclusão,

Os sujeitos do presente estudo foram todos os atletas da categoria sub 15 da Associação Recreativa de Futsal do Município de Quinze de Novembro/RS, alunos que integram a associação para as competições que disputam, totalizando 12 atletas.

A fim de proceder a pesquisa, o acadêmico pesquisador solicitou a autorização do presidente da Associação Recreativa Quinze de Novembro para realizar o estudo, bem como a autorização do técnico para aplicação dos testes.  Como se trata de um estudo envolvendo seres humanos solicitou-se aos participantes que assinassem o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido - TCLE.

Para coleta dos dados relacionados à questão técnica foi utilizado o instrumento Bateria de Testes para Avaliar Habilidades do Futebol e Futsal (FERNANDES; FRANÇA, 2008), a mesma avalia as seguintes habilidades motoras: embaixada, passe, chute, drible e condução e emprega a escala do tipo Lickert como parâmetro de classificação (1=ruim, 2=  fraco, 3= regular,  4=  bom  e  5=  Ótimo) e utiliza os seguintes escores:

TESTES

1

2

3

4

5

1. Embaixada

0 a 20

21 a 40

41 a 60

61 a 80

+ de 80

2. Chutar

5mts

6mts

7mts

10mts

15mts

3. Driblar

Cort / frente

D. vaca

Pernas

Chapéu

Outro

4. Passar-30 seg (5 mts)

4 erros

3 erros

2 erros

1 erro

0 erro

5. Conduzir

4 erros

3 erros

2 erros

1 erro

0 erro

TOTAL DE PONTOS

 

       

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Quadro 1: Escala de Desenvolvimento de Habilidades Básicas do Futebol

Com relação ao rendimento Esportivo durante um jogo de futsal, os aspectos táticos foram avaliados através de uma Planilha Scout Técnico-tático S.A-3 de um software dos autores Arruda; Sandri (2018).

Os dados foram tratados através da análise descritiva, soma, média e desvio padrão e a análise individual por atleta em relação a média do grupo, verificando os que se destacam e os que necessitam melhorar de acordo com as variáveis dos teste de Habilidade Técnica e do Scout.

 

RESULTADOS E DISCUSSÕES

 

Todos os sujeitos do presente estudo são integrantes da equipe da Associação Recreativa de Futsal, participantes da Competição Regional de Base da Liga do Alto Jacuí/RS. São 12 atletas do sexo masculino, na categoria sub15 (de 13 a 15 anos), praticantes há oito anos e com experiência de uma competição sub15.

No que se refere à avaliação da habilidade técnica dos atletas, está representada na tabela a seguir:

Tabela 2: Habilidade Técnica dos Atletas Categoria Sub15 da Associação Recreativa de Futsal

ATLETAS

EMBAIXADA

CHUTE

DRIBLE

PASSE

CONDUÇÃO

TOTAL

A

5

3

2

3

4

17

B

5

5

4

5

4

23

C

5

5

4

5

5

24

D

5

4

4

5

4

22

E

5

5

4

5

5

24

F

5

5

4

5

5

24

G

3

4

3

4

4

18

H

2

3

3

3

4

15

I

3

4

4

4

3

18

K

1

2

2

3

3

11

L

5

3

3

3

3

17

M

2

2

3

3

3

13

TOTAL

46

45

40

48

47

 

 

A execução de embaixadas visa proporcionar o aperfeiçoamento do domínio e do controle de bola (CUNHA, GIUSTI, 2002). Conforme pode se verificar, há certo equilíbrio quanto aos dados levantados, já que, dos 12 atletas avaliados, 7 apresentam a mesma média de embaixada (58,33%); 2 atletas com 3 pontos (25%) ; 2 atletas com 2 pontos (16,66%) e apenas um deles registrou somente 1 ponto (8,33%) embaixada.

O chute é tratado como a habilidade mais decisiva no futebol (FREIRE, 2003), sabe-se que entre os jogadores de futebol, essa é a técnica mais elementar e quando realizado com precisão, o chute com boa execução e trajetória, tem velocidade e colocação, ideais para “tirar” de qualquer adversário as possibilidades de interceptá-lo (SANTOS, 1979), é uma das habilidades alvo dos estudos, qualquer que seja o contexto analisado do futebol. Em relação aos chutes os escores foram mais dispersos: 4 atletas com 5 pontos (33,33%); 3 com 4 pontos (33,33%); 3 fizeram 3 pontos (25%); e 2 com 2 pontos (16,66%).

A habilidade de driblar é um predicado natural, uma habilidade inata que certos jogadores levam à perfeição (SANTOS, 1979). Sendo uma aptidão natural, o drible é a técnica de iludir ou ludibriar o adversário e ultrapassá-lo sem perder a posse da bola (MELO, 2006). No que se refere aos dribles, 6 atletas chegaram a 4 pontos (50%); 4 com 3 pontos (33,33%) e dois atletas fizeram 2 pontos (16,66%).

O passe é um dos mais importantes fundamentos no futebol moderno, é o meio de transferir a bola entre os elementos da mesma equipe (MELO, 2006). Quanto à realização de passes, os escores foram os seguintes: 5 atletas realizaram 5 pontos (41,66%); 2 fizeram 4 pontos (16,66%); e 5 fizeram 3 pontos (41,66%).

Condução de bola é “o ato de deslocar-se pelos espaços possíveis do jogo, tendo consigo a passe de bola”, (MARTINS, 2012). Pode ser feita em linha reta, curvilínea ou em zigue-zague. A respeito das conduções, 3 atletas realizaram 5 pontos (25%); 5 realizaram 4 pontos (41,66%); e 4 realizaram 3 pontos (33,33%).

Analisando a pontuação geral dos atletas por habilidade técnica fica claro que o drible é o fundamento do jogo que precisa ser mais treinado, pois foi o que obteve a menor pontuação (40). Atenção especial merecem os atletas H, K e M que obtiveram o total de pontos insatisfatório (15, 11 e 13pontos).

A seguir o gráfico mostra a dispersão dos resultados por atleta com relação a média do grupo no que se refere à técnica individual:

Figura 1: Dispersão dos atletas no grupo por Habilidade Técnica

         

Ao analisar os atletas que estão abaixo da media, a maioria dos atletas não comparecem aos treinos semanais, prejudicando assim a parte técnica, física e tática, fazendo com que o grupo seja prejudicado, em relação aos que comparecem com frequência nos treinos. É necessário incentivar, convencer de que o treinamento é essencial para melhorar os aspectos técnicos. Também será preciso realizar mais atividades com ênfase na técnica individual, para que essas técnicas sejam aprimoradas com o decorrer do tempo para que sejam efetivas tanto nos treinamentos como nos jogos.

Em relação aos atletas que estão acima da media, são atletas que frequentam regularmente aos treinamentos, conseguindo assim, melhorar as habilidades a cada sessão de treinamento. Também é necessário montar alguns trabalhos individuais, até mesmo mais específicos, para que a execução de todas as técnicas seja cada vez melhor com o intuito de diminuir gradativamente os erros, tanto nos treinamentos como nos jogos.

O estudo prossegue com a avaliação do rendimento em uma partida oficial da Liga Desportiva do Alto Jacuí/RS, na qual todos os jogadores participaram.

A seguir a apresentação gráfica:

 

Gráfico 1: Rendimento no Jogo dos Atletas Sub15 da Associação Recreativa de Futsal

            Conforme pode se observar, durante a partida foram registrados 41 passes errados, compensados pelos desarmes, que chegaram a 37, o que, na visão de Cunha (2003), não representa um fator significativo no resultado final do jogo.

            Os atletas foram desarmados 18 vezes, porém houve 33 interceptações e 5 assistências. Quanto às infrações, foram 5 cometidas contra 1 sofrida e nenhum cartão amarelo. No que se refere às finalizações, foi registrado 1 cabeceio; 9 defesas; 10 bolas foram para fora e 6 gols realizados.

            Segue a análise individual do rendimento esportivo dos atletas na partida de futsal avaliada com observações relacionadas aos resultados obtidos nos testes que avaliou a habilidade motora.

 

PASSE
ERRADO

DESARME

DESARMA
DO

INTERCEP
TAÇÃO

FALTA
COMETIDA

FALTA
SOFRIDA

ASSIS-
TÊNCIA

FINALIZAÇÕES

CABECEIO

DEFENDIDO

TRAVE

FORA

GOL

A

2

1

0

 

 

 

1

 

3

 

1

1

B

9

5

6

4

 

 

1

1

 

 

4

2

C

5

6

2

6

 

1

3

 

2

 

 

2

D

5

7

1

3

1

 

 

 

 

 

 

1

E

6

8

3

9

 

 

 

 

1

 

 

 

F

2

4

1

3

1

 

 

 

 

 

1

 

G

3

2

 

3

2

 

 

 

3

 

1

 

H

2

1

 

1

1

 

 

 

 

 

 

 

I

 

1

1

2

 

 

 

 

 

 

1

 

J

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

1

 

K

5

 

1

2

 

 

 

 

 

 

 

 

L

2

2

3

 

 

 

 

 

 

 

1

 

 

41

37

18

33

5

1

5

1

9

0

10

6

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Quadro 2: Rendimento no Jogo por Atleta

O atleta A atua como goleiro e teve uma participação muito efetiva no jogo, finalizando em gol e achando passes. No futsal moderno, sabemos que o goleiro precisa ter qualidade nas técnicas individuais, por isso a efetividade durante a partida.

O atleta B cometeu muitos passes errados, porém teve efetividade nos desarmes e nas finalizações, chegando a fazer dois gols.

O atleta C também cometeu muitos passes e foi várias vezes desarmado, mas foi efetivo nas finalizações, também fazendo dois gols.

O atleta D também teve muitos erros nos passes, mas foi efetivo nos desarmes e nas finalizações, colaborando na defesa e no ataque chegando a marcar um gol.

O atleta E teve uma excelente atuação na parte da marcação chegando a ter muitos desarmes e muitas interceptações.

O atleta F colaborou muito na parte defensiva tendo interceptações e desarmes efetivos.

O atleta G na parte defensiva cometeu faltas, mas nas parte de ataque finalizou várias vezes durante a partida colaborando muito nos ataques.

O atleta H teve uma participação na partida mais discreta, mas ajudando na parte coletiva sem comprometer a equipe.

O atleta I também teve uma participação mais discreta, mas ajudando na parte defensiva sem comprometer o rendimento defensivo.

O atleta J atua como goleiro e teve uma participação no ataque finalizando, porem fora da meta.

O atleta K Cometeu muitos erros de passe, e ajudando pouco nos momentos defensivos e ofensivos, porém na parte coletiva foi muito importante dando continuidade e sequência para o coletivo da equipe.

O atleta L colaborou na parte defensiva desarmando, porém na parte ofensiva cometeu erros de passe e sendo desarmado, porém chegando uma finalização.

Analisando a equipe apresentaram como pontos positivos um total de 37 desarmes, 33 interceptações e apenas 5 faltas. Como pontos negativos 41 passes errados e 18 vezes desarmados. Embora tivesse ocorrido 6 gols apresentaram 9 chutes defendidos e 10 chutes para fora do gol.

O rendimento e o resultado das avaliações realizadas podem ser considerados satisfatórios, principalmente pelo resultado final do placar do jogo, pois os índices obtidos foram benéficos para a equipe que teve um resultado positivo durante a partida.

 

CONCLUSÃO

 

Tendo em vista o construto realizado, foi possível observar que as avaliações e acompanhamento técnico são essenciais para a melhoria das habilidades dos atletas, pois através dela é possível visualizar as necessidades e traçar treinamentos mais adequados e objetivos.

Com relação a habilidade motora dos atletas da categoria sub15 é necessário motivar alguns que apresentaram nível técnico abaixo da média do grupo (atletas A, G, H. I. J, K, L) para maior dedicação e empenho, são sete atletas, portanto mais de 50% do grupo. Ficou clara a necessidade de ênfase no treinamento da técnica individual.

Considerando as especificidades do futsal na categoria sub 15, que exige maior rapidez e melhor preparo físico e técnico, entendemos relevante que as quadras sejam espaços de constantes avaliações, pois através do acompanhamento individual e coletivo o técnico (ou o preparador, ou o professor) pode desenvolver as potencialidades dos atletas, com vistas à obtenção de melhores resultados.

Com relação ao rendimento no jogo, se percebe que a equipe teve como pontos positivos os fundamentos táticos de desarmes, interceptações e poucas faltas cometidas, necessitando melhorar os passes (foram muitos passes errados), o domínio e condução (devido ao número de desarmados) e finalizações (chutes para fora e os defendidos).

Como limitante para o presente estudo verificou-se que o espaço de tempo para a coleta de dados poderia ser ampliado.

Portanto, como sugestão para pesquisas futuras indica-se um estudo envolvendo critérios físicos dos atletas, pois também são fatores importantes quanto ao desempenho técnico.

 

 

REFERÊNCIAS

 

ANDRADE JUNIOR, J.R. de. Futsal: aquisição, iniciação e especialização. Curitiba: Ed. Juruá. 2009.

CBFS. Confederação Brasileira de Futebol de Salão. Disponível em: <htpp://www.cbfs.com.br>

CHIZZOTTI, A. Pesquisa em ciências humanas e sociais. São Paulo: Cortez, 1991. 164p.

Cunha, F. A. Correlação entre vitórias e passes errados no futebol profissional. Efdeportes revista digital, ano 9, n. 62, jul/2003. Buenos Aires.

Cunha, R. V., Giusti, J. G. O futsal e a escola: Uma perspectiva pedagógica. Porto Alegre: Artmed, 2002.

FERNANDES, F. e FRANÇA, N. Desenvolvimento de habilidades específicas do futebol em Jogadores iniciantes.  Brasília: PUC, 2008.

FREIRE, J. B. Pedagogia do futebol. Campinas – SP: Autores associados, 2003.

GRECO, P. J. Iniciação esportiva universal: metodologia da iniciação esportiva na escola e no clube. Belo Horizonte: UFMG, 1998.

KURATA, D. M; J. M; NOWORNY, J. P. Incidência De Lesões em Atletas Praticantes de Futsal. Iniciação Científica CESUMAR, v. 09, n.1, p. 45-51 – Jan./Jun. 2007.

LUCENA, R. Futsal e a Iniciação. Rio de Janeiro: 5ª edição, Ed SPRINT, 2001.

MARTINS, M.F. Proposição e validação de uma bateria de testes para avaliar as habilidades técnicas em jovens jogadores de futebol. Leituras: educação física x deportes  n. 01, Porto Alegre. p. 15-29; 34-37, 2012.

MELO, R.S. Futsal: 1000 Exercícios. Rio de Janeiro: Sprint, 2001.

MELO, R; MELO, L. Ensinando Futsal. Rio de Janeiro, RJ. Sprint, 2006.

SANTOS, E. Caderno técnico-didático futebol. Brasília: SEED/DDD, 1979.

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