Aplicação de Indicadores de Desempenho na Infraestrutura Laboratorial da UNIFEI
Diante da pressão econômica e do aumento da demanda da sociedade, atualmente é exigido da administração pública não somente o alinhamento com os ideais de boa governança e a adoção de modelos de excelência da gestão, como também a elevação dos níveis de desempenho, transparência e accountability. Portanto, a administração pública necessita, no tempo contemporâneo, estar bem estruturada para agir com efetividade e atender às demandas da sociedade (MATIAS-PEREIRA, 2009). Neste sentido, para responder de forma proativa aos desafios, os tomadores de decisão demandam informações precisas, atualizadas e acessíveis sobre o desempenho das organizações a fim de realizar uma gestão ágil e dinâmica (NUDURUPATI et al., 2011).
Apesar de a infraestrutura laboratorial ser um dos requisitos fundamentais para a produção de conhecimento em um país e um dos pilares do Sistema Nacional de Inovação no Brasil (SBICCA; PELAEZ, 2006), a infraestrutura laboratorial existente nas universidades, entendida neste estudo como o conjunto de instalações físicas incluídas as condições materiais de apoio, como equipamentos e recursos de tecnologia da informação destinados às atividades de ensino, pesquisa e extensão, não tem sido objeto frequente de investigação. A carência de análises sobre o tema pode ser atribuída, pelo menos em parte, à falta de informações sistematizadas e disponíveis. De fato, o mapeamento da infraestrutura laboratorial realizado em 2013 como projeto conjunto do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), levantou informações de 1.785 laboratórios em mais de 130 universidades e instituições de pesquisa no Brasil e corroborou essa hipótese. Na publicação que compila os resultados do mapeamento, as coordenadoras do projeto afirmam que “são raríssimos os casos no país de instituições de pesquisa ou universidades que dispõem de um levantamento exaustivo e atualizado sobre o número e as características de seus laboratórios” (DE NEGRI e SQUEFF, 2016). Por consequência, seu gerenciamento é obscuro e pouco discutido.