Aromaterapia para a terceira idade

Aromaterapia para a terceira idade
A aromaterapia é uma técnica natural e o termo foi introduzido por um químico francês, René Maurice de Gatefossé e começou a ser difundido em 1964. Ela é a arte e a ciência que utiliza o aroma e as partículas que são liberadas pelos óleos essenciais a fim de ajudar o organismo a recuperar e manter o seu equilíbrio. Neste sentido, a aromaterapia pode ajudar a promover a saúde física, mental e o bem-estar. O intuito do uso da Aromaterapia é complementar os tratamentos da medicina tradicional e não os substituir, embora a aromaterapia já seja reconhecida como medicina alternativa, complementar, preventiva e até mesmo curativa.
Diante disso, pode-se fazer uso de terapias alternativas, como a aromaterapia, para ajudar na prevenção e ou tratamento de diversos distúrbios emocionais e físicos, que muitas vezes, conforme vai chegando à terceira idade, se tornam corriqueiros os seus aparecimentos, tais como ansiedade, depressão, mal-estar entre outros.
Envelhecimento de forma saudável
Melhor que ter que se buscar ajuda médica ou mesmo terapias alternativas para a cura de transtornos emocionais ou doenças físicas, o mais importante é preveni-los. Mas como nem sempre, isso é possível, se faz necessário, não só procurar a medicina tradicional, como também o uso de alternativas preventivas ou curativas como a aromaterapia. Neste sentido, pode-se pensar nesta técnica como auxiliar para se obter uma vida mais saudável, principalmente quando se chegar à terceira idade. Pode-se pensar, por exemplo, fazer uso dos óleos essenciais como alternativa, mesmo antes de se chegar a uma idade avançada, pois a utilização da aromaterapia, faz a ligação entre o olfato e os sentimentos, pois atua no sistema límbico, conhecido como cérebro emocional, sendo um conjunto de estruturas localizadas no cérebro de mamíferos, logo abaixo do córtex e responsável por todas as respostas emocionais, trazendo diversos benefícios para o organismo. Diversos estudos comprovam que os cheiros agradáveis acalmam e colocam o indivíduo em um estado de espírito mais positivo. Dentre as diversas vantagens que essa terapia traz, não só para os idosos, estão o alívio de indícios de ansiedade, falta de sono, desânimo, depressão, asma, resfriado, enxaqueca, além de promover o bem-estar físico e fortalecer o sistema imunológico.
A aromaterapia como prática integrativa e complementar
A Aromaterapia já é reconhecida como parte das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) e pode ser aplicada inclusive no Sistema Único de Saúde (SUS) e também em consultórios e clínicas particulares. A utilização das Práticas Integrativas e Complementares (PICs) tem se desenvolvido em proporções mundiais, desde a década de 19901. O seu desenvolvimento e percepção ocorreram, principalmente, com apoio da Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2002, por meio da elaboração de um documento normativo para seus países membros. Este documento visa a ampliação e a regulamentação de tais práticas nos serviços de saúde, bem como a ampliação do acesso, do uso racional e da avaliação do efeito e da segurança de tais métodos a partir de estudos científicos.
Utilização da aromaterapia no processo de envelhecimento
Sabe-se que à medida que as pessoas vão envelhecendo, na maioria dos casos, costuma-se agravar os problemas de saúde e com isso, aumenta-se o uso de medicamentos e com eles os efeitos colaterais. Diversos estudos, realizados ao longo do tempo, sugerem, por seus resultados, utilizados na aromaterapia ajuda a melhorar a qualidade do sono, a depressão, a ansiedade, o estresse, o desejo sexual e diversos sintomas físicos em pessoas na menopausa e em idosos.
As práticas integrativas e Complementares em Saúde (PICS) têm sido estimuladas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) com o apoio do Programa de Medicina Tradicional, por seus países membros, há vários anos. No Brasil, a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), foi introduzida nos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS), com o objetivo de recomendar o cuidado contínuo, humanizado e incondicional em saúde, contribuindo com a efetividade, a garantia, a qualidade, a eficácia, o crescimento sustentável, o controle e participação social e a ampliação da resolubilidade do sistema.
Dentre as PICS, podemos citar a Aromaterapia. Ela faz uso dos óleos essenciais para ajudar a amenizar os sintomas de diversas doenças, ajudando a recobrar a harmonia e o equilíbrio do organismo, buscando promover a saúde física e mental em diversas ações de prevenção e tratamento com escalda-pés, inalações, absorções por meio de massagens, aromatização ambiental, entre outros.
Óleos essenciais (OE)
Uma gama de compostos aromáticos voláteis foi identificada até agora. Mais de três mil variedades. Os óleos essenciais variam de planta para planta, nas famílias botânicas, e de espécie para espécie. Os OE são únicos, devido aos constituintes aromáticos encontrados em cada um deles, benefícios específicos obtidos dos óleos essenciais permitindo oferecer benefícios específicos. A sua composição varia de acordo com a localização geográfica, a hora em que é coletado, a estação, o clima, a duração da destilação, o método, o clima e cada passo do processamento de produção é um determinante para a qualidade geral do produto. Os OE, para favorecer o bem-estar físico e emocional, podem ser usados para uma faixa ampla de aplicações. É necessário experiência, por parte do usuário, para se tirar o máximo de benefício desses aromas. Podem ser usados sozinhos ou em misturas complexas.
Óleos essenciais e aromaterapia
Os óleos essenciais e a aromaterapia estão muito presentes em nossas vidas, mais do que imaginamos. Quando sentimos o cheiro de uma rosa, de uma folha de uma erva medicinal, estamos em contato com as características aromáticas dessas substâncias.
São compostos aromáticos voláteis de ocorrência natural, produzidos, sintetizados e liberados pelas plantas. São encontrados nas raízes, nos caules, nas cascas, nas sementes, nas flores e outras partes das plantas e podem ter, ao mesmo tempo, fragrâncias agradáveis e potentes. As plantas possuem aromas distintos oriundos dos óleos essenciais, oferecendo-lhes proteção e desempenham um papel importante em sua polinização. Além dos benefícios próprios às plantas e sua doce fragrância, os óleos essenciais têm sido usados, há muito tempo em tratamentos de beleza, no preparo de alimentos e nas práticas e cuidados de bem-estar. A aromaterapia, técnica alternativa natural, se utiliza desses óleos essenciais para ajudar a minimizar ou mesmo melhorar sintomas relacionados a diversas doenças, inclusive nos idosos, para aliviar tensões, ansiedades, sentimentos de tristeza, dores e promover bem-estar a autoconhecimento.
Usos dos óleos essenciais
O uso medicinal dos óleos essenciais remonta centenas de anos e são utilizados de diversas formas. Desde os tempos antigos são empregados em alimentos, em cosméticos, em massagens, e para dar suporte ao bem-estar físico e emocional. A difusão é a forma mais comum de usufruir as vantagens dos óleos essenciais. Pode-se usar os OE aromaticamente em difusores ambientais ou pessoais. No difusor ambiental ocorre a dispersão de OE, silenciosamente, através de uma névoa a frio, possibilitando ao corpo humano absorver facilmente as minúsculas moléculas de óleos. Outra maneira de se utilizar os OE é topicamente, diluídos em óleos vegetais carreadores, como óleo de coco, um dos mais utilizados, de sementes de uva, de jojoba, de amêndoas doces, de sementes de damasco, óleo de argan, de rosa mosqueta, de abacate, de girassol, o próprio azeite, entre outros. Além dos óleos carreadores, pode-se utilizar também, cremes de bases neutras, que trazem benefícios excelentes, para o organismo. Diante da versatilidade de uso dos OE, podem ser engolidos em cápsulas, com água, chás, sucos e em variados pratos da culinária. Para os idosos, as massagens são as que mais favorecem o seu bem-estar, isso porque, por se sentirem muito sozinhos, na maioria das vezes, desenvolvem sentimentos de baixa autoestima, tristeza, o que pode levar à depressão. Já é comprovado que o toque, durante as massagens, ajuda a amenizar esses sentimentos.
Óleos essenciais indicados para os idosos
Os óleos essenciais têm a capacidade de circularem rapidamente pelo ar e interagirem diretamente com os sensores olfativos do nariz, devido as características químicas e físicas dos compostos aromáticos voláteis que os constituem. São essas características que tornam os OE ideais para a sua utilização em aromaterapia. A variedade de compostos aromáticos voláteis existentes em um óleo essencial determina a fragrância do óleo e os benefícios que ele oferece. Diversos óleos essenciais são utilizados no cuidado aos idosos como alecrim, bergamota, lavanda, gerânio, turmeric (açafrão), dentre muitos outros. A utilização dos óleos essenciais pode trazer diversos benefícios no combate à insônia, depressão, asma, resfriados, ansiedade, inflamações, hipertensão, dores crônicas, entre outros transtornos, tanto físicos quanto emocionais. Esses sintomas, muitas vezes, acometem os idosos, por eles viverem, na maior parte do tempo, sozinhos, outras vezes, abandonados pela família, independente da classe social.
Considerações finais
A chegada da terceira idade, muitas vezes, faz com que o corpo comece a debilitar em suas funções. A causa para que isso ocorra são as mudanças fisiológicas nas células do corpo com o avanço da idade. Sem os devidos cuidados no decorrer da vida aqui na Terra, o andamento do envelhecimento afeta as funções do organismo humano, fazendo surgir enfermidades crônicas. No Brasil e no mundo, as doenças crônicas têm aumentado muito, no que lhes concerne precisam de um conhecimento e aceitação de convivência, aprimorando a qualidade de vida dos idosos decorrente do tratamento dessas patologias e amenizando os sintomas com o uso dos óleos essenciais, levando em conta que a aromaterapia tem como um dos principais objetivos trazer alívio para alguns problemas, principalmente, aqueles desenvolvidos na terceira idade. Isso acontece devido a aromaterapia se mostrar como uma aliada importante para a preservação e continuidade da saúde, não apenas diminuindo a dor, como também auxiliar na minimização dos sintomas da ansiedade, enxaqueca, queimaduras, estresse, autoestima, dentre muitas outras doenças.
Algumas referências
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