26/08/2015

Bolsista ganha prêmio com projeto sobre cólera no Haiti

A estudante brasileira Elisa Miotto participou, em uma universidade chinesa, de projeto de criação de instalações móveis para solucionar problemas relativos ao combate à infecção de cólera no Haiti. O trabalho obteve o segundo lugar em concurso internacional. Elisa é bolsista de graduação-sanduíche do Programa Ciência sem Fronteiras (CsF) na China.

Voltado para estudantes de arquitetura, o concurso Design de Isolamento Móvel, Diagnóstico e/ou Unidade de Tratamento para uso em Ebola ou Outra Doença Infecciosa é organizado pela International Union of Architects–Public Health Group (UIA–PGH). Seu propósito é desenvolver unidades móveis de saúde para o diagnóstico, isolamento e tratamento de pessoas com doenças infectocontagiosas.

Elisa fez parte do projeto Treat People Treat Water, a Long Term Solution for Cholera in Haiti [tratar as pessoas, tratar a água, uma solução em longo prazo para a cólera no Haiti]. “O projeto visa a cuidar das pessoas infectadas e também tratar a água, uma vez que esta é a principal causa do problema, pois apenas 30% da população tem acesso à água potável e 27% a serviços de saneamento no país”, afirmou. Além de Elisa, estudante da Universidade do Estado de Santa Catarina (Uesc), o projeto, desenvolvido na universidade Tsinghua, em Pequim, contou com o também bolsista do CsF Leonardo Barros Venâncio e com a estudante norte-americana Joanna Yuet-ting Grocott.

Segundo Elisa, o projeto busca associar o design a essas duas necessidades e a criar uma solução de longo prazo para o problema, com a criação de um sistema de tratamento químico e solar, de baixo custo, capaz de gerar cerca de 135 litros de água potável por dia em cada unidade. O projeto prevê ainda o tratamento do esgoto sanitário.

Intercâmbio — A experiência de viver quase dois anos na China contribuiu para a transformação da vida profissional e acadêmica da estudante. “Pude expandir minha visão e conhecimento em diferentes áreas”, disse. “Além do contato com uma cultura oriental, muito diferente da nossa, o intercâmbio ofereceu a oportunidade de aprender o idioma, vivenciar a rotina acadêmica e profissional dos chineses e aprender diferentes métodos de estudo e desenvolvimento de projetos.”

Tais experiências, de acordo com Elisa, estarão presentes em seus futuros trabalhos e em sua carreira profissional. “O Programa Ciência sem Fronteiras está abrindo inúmeras portas para estudantes brasileiros”, destaca.

Lançado em 2011, o Ciência sem Fronteiras promove a consolidação, expansão e internacionalização da ciência e tecnologia, da inovação e da competitividade brasileira por meio do intercâmbio e da mobilidade internacional. O programa busca também atrair pesquisadores do exterior que queiram se fixar no Brasil ou estabelecer parcerias com pesquisadores brasileiros nas áreas prioritárias definidas no programa, bem como criar oportunidade para que pesquisadores de empresas recebam treinamento especializado no exterior.

Mais informações no Painel de Controle do Ciência sem Fronteiras.

Assessoria de Comunicação Social, com informações da Capes - MEC (25.08.2015)

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