22/10/2014

Brasil conquista cinco medalhas na Olimpíada Latino-Americana de Astronomia

Obalatinoamerica

Com o resultado, País alcança a marca de 16 medalhas de ouro, 12 de prata e duas de bronze na história da competição

 

A delegação brasileira conquistou cinco medalhas e outras premiações na Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica (Olaa), que aconteceu na última semana no Uruguai. São os melhores resultados do País desde a criação da competição em 2009.

Com o resultado, o Brasil alcança a marca de 16 medalhas de ouro, 12 de prata e duas de bronze na história da Olaa. A equipe brasileira foi selecionada com base na pontuação obtida na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), de 2013.

“Desde que recebi o convite para a seleção, me empenhei muito, era um sonho. Quando fui selecionado, fiquei muito orgulhoso em representar o meu país, e nos preparamos muito bem para isso”, disse o medalhista de ouro Romero da Silva, de 17 anos, de Itabira (MG). Ele está no 3º ano do ensino médio e já se decidiu por estudar engenharia aeroespacial na faculdade.

Vitórias

Nesta edição da Olaa, o Brasil conquistou três medalhas de ouro e duas de prata. Todos da equipe ganharam ainda o prêmio especial de melhor prova individual, por terem gabaritado os exames.

Além de Romero, o ouro também ficou com os estudantes Rafael Charles Heringer Gomes, de Mogi das Cruzes (SP), e Wagner Fonseca Rodrigues, de Belo Horizonte (MG). Carolina Lima Guimarães, de Vitória (ES) e Lucas Hagemaister, de Porto Alegre (RS) ficaram com a prata. O grupo foi liderado pelos professores e astrônomos, João Canalle, coordenador da OBA, e Júlio Klafke.

“Foi uma semana maravilhosa. O nível de pressão e as provas estavam mais fáceis do que esperávamos. Tínhamos bastante tempo livre, era divertido, a organização se preocupou muito com a integração entre os estudantes”, conta a medalhista Carolina.

Preparação

Além dos conhecimentos adquiridos com a OBA, antes da viagem, os alunos tiveram uma preparação intensa. Em Passa Quatro, Minas Gerais, a delegação brasileira se preparou com grupos de estudos, oficinas de atividades e observação do céu noturno, com e sem instrumentos, resolução de exercícios e realização de provas simuladas. Eles aprenderam também a montar e a manusear dois tipos de telescópios.

As provas da olimpíada foram divididas em partes teórica, prática e de reconhecimento do céu, com etapas individuais e em grupo. Os estudantes participaram ainda de uma competição de lançamento de foguetes em grupos multinacionais.

O grupo também contou com um planetário digital móvel, cedido pelo Museu de Astronomia e Ciências Afins (Mast), para estudar o céu por meio de projeções.

Os alunos também aprenderam a montar e a manusear dois diferentes tipos de telescópios. Antes do embarque, fizeram mais uma "revisão" do céu, junto com o professor Júlio Klafke, usando o planetário do Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade de São Paulo (Cientec).

Saiba mais

A OBA é destinada a alunos dos ensinos fundamental e médio. Este ano, participaram 772.257 estudantes dos ensinos fundamental e médio de quase 9 mil escolas públicas e particulares de todos os estados do país.

A olimpíada também contou com o auxílio de mais de 62 mil professores. Foram distribuídas ainda quase 43 mil medalhas, um aumento de 26% em relação à edição anterior: 10.412 de ouro, 14.451 de prata e 17.693 de bronze.

Fundada na cidade de Montevidéu (Uruguai), a Olaa acontece desde 2009 e é coordenada por astrônomos de vários países. Já a OBA é coordenada por uma comissão formada por membros da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) e da Agência Espacial Brasileira (AEB).

Fontes: Agência Brasil - Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação 

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