09/08/2016

Circo de Pulgas

            A educação pública brasileira pode ser comparada com um verdadeira circo de pulgas, isso porque de acordo com algumas pesquisas, um circo de pulgas não passa de ilusionismo, fazendo-se valer do poder de sugestão público em acreditar ter visto tais bichinhos totalmente adestrados.

            A nossa educação encontra-se no mesmo ritmo, pois sequer estamos "adestrando" nossos educandos como se fazia de acordo com as técnicas Pavlovianas.

            Temos hoje, alunos no terceiro ou quarto ano que mal sabem ler e escrever. As operações de soma e subtração, ensinada nos primeiros e segundos anos, passam longe serem assimiladas.

            São vários os profissionais envolvidos no processo educativo, são eles professores, diretores escolares e outros diretores que mandam nos diretores escolares, secretários, enfim, um cabide de empregos para que seja alcançado um resultado medíocre na educação, porém acreditem, o medíocre está longe de acontecer. Encontramo-nos no sofrível e isso nos tornou uma referência de má qualidade na educação pública, justificando a nota 2,5 em uma escala de 1 a 9. Para Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, a OCDE estamos entre os dez piores.

            Na verdade temos pseudo-educadores garantindo o seus altos salários e fabricando números para que a comunidade acredite que seus filhos que encontram-se nas escolas, encontram-se bem amparado e com o seu lado cognitivo bem desenvolvido, ou seja, nossos alunos são nossas pulgas no circo.

            Obviamente não daremos saltos neste ranking, mas poderemos galgar degrau por degrau para quiçá, chegarmos a ser medíocres e em um futuro bem remoto, sermos referência como Suíça, Noruega e Finlândia. Todavia, para que isso ocorra, nós cidadãos necessitaremos enxergar educação como investimento e nunca como gasto. Não se gasta com a educação, apenas se faz um investimento a longo prazo, o que para muitos políticos, não renderá votos.

            É justamente com idéias assim que a educação vai descendo cada vez mais, porque temos pessoas fabricando números, corrompendo avaliações municipais e estaduais, tudo para mostrar números como o Programa de Avaliação da Rede Pública de Educação Básica (Proeb) e o Sistema Mineiro de Avaliação da Educação Pública (Simave)., por isso, necessitamos de profissionais engajados com a educação de qualidade, e não pessoas para ocuparem cargos políticos e pagando favores com manipulações de números como um engodo para idiotas.

            Precisamos de profissionais que trabalhem como inspetores escolares fazendo a vigilância e fiscalização para que a educação mantenha-se em contínuo crescimento. Suas funções são delineadas na verificação das obrigações legais prescritas, das instituições educacionais e pessoas que fazem parte de seu corpo, bem como as restrições e proibições de ações que visem o bom funcionamento das instituições, mantendo assim a eficácia e o bom desempenho de cunho quantitativo sem abrir mão do qualitativo, mas para que isso ocorra, faz-se necessário uma regulação, que é o ato de trabalhar com regras e regulamentos sob o prisma da lei. Esta regulação a ser realizada pelo inspetor, deverá ser cíclica com ajustamentos constantes sem perder o fulcro que é a educação de qualidade.

            O dia que tivermos educadores não preocupados em agradar pessoas ocupando cargos políticos teremos ações que auxiliarão os educandos no processo de transformação de um alienado para um protagonista cognoscente.

            Vale ressaltar que não se poderá criar parâmetros de produtividade ou de resultados, visto que nós educadores, lidamos com seres humanos e cada um tem sua especificidade. 

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