08/03/2017

Como os Porcos Selvagens

Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante, Articulista, Colunista, Docente, Consultor de Projetos Educacionais e Gestão do Conhecimento na Educação – www.wolmer.pro.br

 

            Temos na educação transformadora uma forma de resolver muitos problemas sociais e políticos em nosso país. Entretanto, o conhecimento do poder da educação, faz com que os políticos a temam, fazendo com que os mesmos encontrem subterfúgios para enfraquecê-la tornando-a frágil e sofrível.

            Às vezes, essa educação que nossos jovens recebem é justamente uma forma de docilizá-los tornando-os apáticos a qualquer mudança ou vontade da mesma.

            Em relação a atual educação, pode-se ser feita uma analogia com a captura de porcos selvagens. Essa captura se dá sem stress dos mesmos e sem desgaste do algoz.

            Primeiro, precisa-se apenas observar em que ponto eles costumam frequentar, e a partir daí, começar a colocar alimento para os mesmos, e eles se habituarão ir sempre neste local para se alimentar. Com o tempo, vá se fechando o cerco sem que eles percebam, em pouco tempo estarão todos aprisionados, sem rebeldia e sem percepção da seriedade da situação. Com isso, acostumam-se com esta domesticação subalterna e passam a aceitar a imposição dos políticos, abaixando a cabeça para tudo e todos e desconhecendo seus direitos.

            É sabido através de Giles em seu livro Filosofia da Educação, publicado pela editora EPU em 1983 que todo processo educativo deve levar à conscientização quanto ao significado real dessas situações vividas pelo educando, e cabe aqui uma simples pergunta: Quantos alunos em escola pública (ensino básico e fundamental) são críticos? Nossa educação pública faz do aluno um cidadão crítico?

            Temos que perceber que somos seres metamorfoseando e que se não nos transformarmos, não voaremos. Continuaremos sempre como lagartas limitadas a seus espaços.

            Nunca alçaremos vôos a romper os limites para busca do conhecimento que nos guiará a uma seara repleta de perspectivas e realizações.

            Não deixemos nos tratar como porcos selvagens. Que sejamos como águias a alçar altos vôos e a contemplar a nossa perfeição nas imperfeições e que a nossa consciência e a nossa razão sejam a nossa bússola para a felicidade e auto-realização.

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