30/04/2024

COMPORTAMENTO DO ALUNO NO CONTEXTO ESCOLAR

Transtorno-de-comportamento-1

Eliete Catarina Vieira

Pedagoga. Especialista em Ed. Infantil, Alfabetização e Letramento. EMEF Novo Horizonte - Primavera do Leste, MT.

Maristela Ferreira de Freitas Viana

Pedagoga. Especialista em Psicopedagogia Educacional e Clínica, Português e Literatura. EMEI Mundo Encantado - Primavera do Leste, MT.

Ângela Cristina Busanello Caetano

Licenciatura Plena em Pedagogia. Especialista em Psicopedagogia Clínica e Educacional. EMEI Mundo Encantado - Primavera do Leste, MT.

Marli Schilling Bernardes

Licenciatura em Normal Superior. Especialista em Psicopedagogia Institucional na área da educação. Pós graduação em ABA - Análise do  Comportamento Aplicada. EMEI Rosidelma Allmeida Ferraz - Primavera do Leste, MT.

Graciene Paula de Arruda Souza

Especialista em Neuropsicopedagogia e Coordenação Pedagógica. EMEI Mundo Encantado - Primavera do Leste, MT.


      Atualmente, mas não restrito somente neste momento, problemas relacionados à disciplina e convivência em locais educativos, especialmente nas séries superiores do ensino fundamental, têm-se tornado cada vez mais frequentes. Sem perder de vista que esta problemática faz parte de um momento de crise que invade a sociedade, afetando instituições educativas como também a família.

       A indisciplina e a agressividade constituem-se em um desafio para os docentes, representando um dos principais obstáculos ao trabalho pedagógico, demonstrando a ausência de regras e limites por parte do indivíduo.

         Estudos de Libâneo (1994) apontam que a disciplina da sala de aula se apoia em alguns aspectos; não simples, nem poucos; mas complexos e profundos, os quais necessitam de fundamentadas discussões. Autoridade profissional, autoridade moral e autoridade técnica, são pressupostos que Libâneo (1994) suscita reflexões, que no Brasil ainda precisam de amadurecimento intelectual, pedagógico e conceitual, para que possam ser compreendidos em sua gênese.

          Aquino (2014), em sua obra “Da autoridade pedagógica à amizade intelectual: uma plataforma par o éthos docente”, traz reflexões profundas e contundentes acerca de uma provável “crise da educação”, e questiona a autoridade intelectual do professor, apresentando reposicionamentos críticos em tempos de negligência, agressividade, estereotipia e descaso familiar; que refletem nas ações pedagógicas dos professores e seus efeitos concretos na aprendizagem dos alunos.

        A cobrança do professor é cada vez mais frequente, e continuará sendo, uma vez que está sobre sua responsabilidade ética, profissional e moral a formação das futuras gerações. Mesmo que essa nova geração pareça não atender os princípios e anseios que lhe motivam a engendrar suas técnicas pedagógicas todos os dias.

       Vivemos em constantes mudanças, na educação, na constituição familiar e inúmeros fatores internos e externos que possivelmente irão refletir na disciplina ou sua ausência, como bem enuncia Taille (1996), que afirma não ser tão simples a sua compreensão; uma vez que entendemos disciplina por um conjunto de comportamentos regidos por normas, ela poderá se materializar de duas formas: 1) a revolta contra as normas; 2) o desconhecimento delas. Desta forma, é necessário (re)descobrirmos como lidar como a falta de disciplina.

       A disciplina, o respeito, o fim da violência e do tráfico, melhoram o desempenho escolar. De fato, não seriam tão indispensáveis tais conclusões. Ora, são fatores que a primeiro impacto, ferem as normas e regras convencionadas para boa convivência em sociedade historicamente civilizada. Então, por que é tão necessária a força policial para que as pessoas compreendam seus reais motivos de estarem em sociedade? Quais as intrínsecas motivações para que os alunos internalizem uma “disciplina escolar” que eles já possuem? O que os profissionais ainda precisam compreender acerca de disciplina? Por que a autoridade intelectual, profissional e moral do educador se esfacelou ao longo dos anos? (PARRAT-DAYAN, 2008).

      Estes e outros questionamentos circundam o contexto educacional, no entanto, ainda carecem de reflexões profundas, para uma provável afirmação ou crítica. Afirmações de Parrat-Dayan (2008, p.64), tais como: “[...] é mais eficaz aproximar-se calmamente de um aluno e pedir para retomar seu trabalho, que chamar a sua atenção em voz alta na frente de todos [...]”, provocam certo colapso mental e uma inquietação incapacitante do docente, uma vez que as ações militares [em referência à implantação das escolas militares] vão de encontro ao contrário das destas afirmações e outras semelhantes. Assim, retomo as perguntas: Por que a autoridade intelectual, profissional e moral do educador se esfacelou ao longo dos anos? E quais as intrínsecas motivações para que os alunos internalizem uma “disciplina escolar” que eles já possuem?

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