24/05/2018

Contribuições do judô para idosas com depressão: Estudo de caso

Contribuições do judô para idosas com depressão: Estudo de caso Eduardo Lopes Barros Soares, Mariana Lopes Barros Soares, Ana Carolina Siqueira Zuntini Contribuições do judô para idosas com depressão: Estudo de caso SOARES, E.L.B.1; SOARES, M.L.B 1; ZUNTINI, A.C.S2. 1 Discentes do Curso de Educação Física – UniÍtalo 2 Orientadora, Bacharel em Fisioterapia pelo UniÍtalo, Especialista em Anatomia Macroscópica pelo Centro Universitário São Camilo, Mestranda em Farmacologia e Fisiologia pela UNIFESP, Docente do Curso de Educação Física do UniÍtalo RESUMO O presente estudo de caso teve como objetivo mostrar os benefícios da prática do judô para idosas com depressão. Duas mulheres idosas se voluntariaram para fazer parte desta pesquisa, ambas diagnosticadas com depressão,e que praticaram o judô em clube da zona sul de São Paulo.De acordo com os resultados das avaliações (Escala de depressão geriátrica e avaliação antropométrica, segundo o protocolo Jackson & Pollock) foi prescrito o treinamento de ambas.Iniciaram então a prática do judô duas vezes por semana, durante dois meses, finalizando esse estudo em maio de 2018.Os resultados foram alcançados dentro do esperado, pois após uma reavaliação houve mudanças satisfatórias como: perda de medidas corporais, diminuição do percentual de gordura, perda de peso, fortalecimento muscular e melhora da coordenação motora.As voluntárias relataram também que houve uma grande diminuição dos sintomas da depressão,maior disposição física e emocional, melhor qualidade do sono,maior ânimo para realizar atividades do dia a dia, disseram que pretendem continuar com a prática do judô, pois segundo elas essa arte marcial trouxe grandes mudanças no modo de ver a vida, se sentem mais confiantes e determinadas para vencer qualquer obstáculo, objetivo esse fundamentado pelo mestre e idealizador desta arte, Jigoro Kano. Palavras-chave:Judô; exercício; depressão. ABSTRACT The present case study aims to show the benefits of practicing judo for elderly women with depression. Two elderly women volunteered to be part of this research, both of whom had depression, but one treated with fluoxetine 50 mg, and the other did not seek treatment with medication. We started the study on February 15, 2018 in the space of the Clube da Turma M 'BoiMirim, south zone of São Paulo - SP. According to the results of the evaluations (Geriatric depression scale and anthropometric evaluation, according to the Jackson & Pollock protocol) training of both was prescribed. They then began judo twice a week for two months, ending the study on May 19, 2018. The results were achieved within the expected, because after a reevaluation there were satisfactory changes such as: loss of body measurements, decrease of fat percentage, weight loss, muscle strengthening and improvement of motor coordination. The volunteers also reported that there was a great decrease in the symptoms of depression, they are more physically and emotionally disposed, they are sleeping better and waking up more excited to carry out day to day activities, they said that they intend to continue the practice of judo, because according to them martial art brought about great changes in the way of seeing life, feel more confident and determined to overcome any obstacle, a goal that is founded by the master and idealizer of this art, Jigoro Kano. Keywords:Judo; exercise; depression. INTRODUÇÃO A Depressão é considerada um tipo de transtorno afetivo que provoca alterações mentais, corporais e distúrbios de humor. É um conjunto de sintomas que podem durar semanas, meses e perdurar por anos, interferindo de forma significativa na vida pessoal, social e profissional do individuo (JARDIM, 2011). Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde, 2017) a depressão é a doença mental que mais atinge a população idosa. Uma pesquisa feita em 2012 pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) diz que existem aproximadamente 23,5 milhões de pessoas idosas no Brasil. Estatísticas da OMS (Organização Mundial da Saúde, 2017) apontam que 121 milhões de pessoas em todo mundo padecem de depressão, sendo nos países em desenvolvimento identificada a maior parte dos casos, 17 milhões são brasileiros, 75% não possuem o devido tratamento e são as mulheres o gênero mais atingido pela depressão. Lima (1999) afirma que a depressão é uma doença que possui um grande impacto social, pois influencia na capacidade individual e no fardo familiar. Na saúde pública a depressão ainda não é vista como prioridade de tratamento, no entanto os transtornos depressivos são condições tratáveis e as opções terapêuticas juntamente com a pratica dos exercícios físicos tem crescido muito nos últimos anos. Estudos epidemiológicos indicam taxas de depressão de 2% a 14% nos idosos que vivem na comunidade, sendo maior essa prevalência em indivíduos portadores de algum tipo de doença crônica e que são seguidos por profissionais de saúde nas diferentes instituições prestadoras de cuidados de saúde (dados resultantes de um estudo realizado com 55 idosos, em Pernambuco, Brasil) (SIQUEIRA et al, 2009). Muitos estudos apontam a possibilidade de pessoas fisicamente ativas, em qualquer idade, apresentarem uma melhor saúde mental do que sedentários. Entre as hipóteses que tentam mostrar a ação dos exercícios sobre a ansiedade e depressão, uma das mais aceitas é a hipótese das Endorfinas. A teoria da endorfina sugere que o exercício físico desencadearia uma secreção de endorfinas capaz de provocar um estado de euforia natural, por isso, aliviando os sintomas da depressão (COSTA, 2007). De acordo com OMS (Organização Mundial de Saúde,2010), até 2020 a depressão será a principal doença mais incapacitante em todo o mundo. Isso significa que quem sofre de depressão tem a sua rotina virada do avesso. Ela deixa de produzir e tem a sua vida pessoal bastante prejudicada. Embora a característica mais típica dos estados depressivos seja a proeminência dos sentimentos de tristeza ou vazio, nem todos os pacientes relatam a sensação subjetiva de tristeza. Muitos referem, sobretudo, a perda da capacidade de experimentar prazer nas atividades em geral e a redução do interesse pelo ambiente. Freqüentemente associa-se à sensação de fadiga ou perda de energia, caracterizada pela queixa de cansaço exagerado (DEL PORTO, 1999). Segundo Abelha (2014),os transtornos mentais se caracterizam como um grupo de doenças com alto grau de sobrecarga, não apenas para o indivíduo que sofre, mas também para seus familiares e cuidadores. Entre eles, a depressão é atualmente responsável pela mais alta carga de doença entre todas elas. Sua característica insidiosa vai destruindo as esperanças e o brilho da vida de seus portadores, tendo conseqüências devastadoras na vida dos que estão ao seu redor. O tratamento antidepressivo deve ser entendido de uma forma globalizada levando em consideração o ser humano como um todo incluindo dimensões biológicas, psicológicas e sociais.Portanto, a terapia deve abranger todos esses pontos e utilizar a psicoterapia, mudanças no estilo de vida e a terapia farmacológica. Apesar de o enfoque deste estudo se concentrar no auxilio dos exercícios para quem busca o tratamento depressivo, deve-se mencionar que não se trata "depressão" de forma abstrata, mas sim pessoas deprimidas, contextualizados em seus meios sociais e culturais e compreendidos nas suas dimensões biológicas e psicológicas(GOMES, 1999). Alguns estudos utilizaram o exercício como intervenção terapêutica na depressão e propõem que seus resultados podem ser devidos a fatores psicológicos e/ou fisiológicos. Para testar os fatores fisiológicos, dois estudos compararam as alterações nos níveis de depressão de idosos randomizados em três grupos: exercício, medicamento e combinados (medicamento e exercício). O grupo exercício foi monitorado quanto à intensidade e freqüência do treinamento. A redução da depressão ocorreu nos três grupos, sem diferença significativa entre eles. Após 6 meses, foi realizada uma nova análise da mesma amostra, sem randomização, concluindo que, quanto maior for o tempo gasto com exercícios, menores serão os níveis de depressão. Além disso, o grupo exercício apresentou maior recuperação e menor recaída do que os outros observados. Segundo os autores, combinar medicamento com exercício pode gerar resultados diferentes dos encontrados apenas com o treinamento, por não garantir o sentimento de autoconfiança nos indivíduos, que atribuem as melhoras ao efeito do medicamento (MORAES, 2007). Os resultados de diversas pesquisas levam à conclusão de que o exercício físico aumenta a longevidade e protege contra o desenvolvimento das principais doenças crônicas não transmissíveis, como a doença arterial coronariana, hipertensão arterial, acidente vascular encefálico, diabetes mellitus não insulinodependente, osteoporose e neoplasia de colo. Alguns estudos sugerem que o sedentarismo também aumenta o risco de câncer de próstata, pulmão e mama, além de depressão. Ainda, níveis adequados de exercício físico auxiliam na reabilitação de pacientes com doenças cardiovasculares e outras doenças crônicas (BLAIR et al, 1998). O exercício físico adequado é necessário em todas as idades para manter a "aptidão" fisiológica, isto é, a capacidade de realizar os esforços e os movimentos do cotidiano sem fadiga ou desconforto desproporcional; para a regulação do peso corporal e evitar aumentos de peso e obesidade; e para o melhor funcionamento de uma série de processos fisiológicos, como o metabolismo das gorduras e dos carboidratos e as defesas do organismo contra infecções. As pessoas "funcionam" e sentem-se melhor e têm aparência mais saudável quando têm vida ativa e seus níveis de ansiedade e depressão são menores. Entre os idosos, é muito comum haver mobilidade limitada e perda da independência; há muitas evidências que mostram o valor da atividade física na prevenção e na redução dessas incapacidades (BLAIR, et al, 1998). Considerando-se os benefícios que a prática de exercícios físicos proporciona a quem o pratica, o crescimento da população idosa e o aumento do índice de depressão entre esses indivíduos, o propósito do presente estudo foi avaliar as contribuições do judô para idosas com depressão. METODOLOGIA Iniciou-se um estudo de caso no dia 15/03/2018 com termino dia 19/05/2018, no Clube da Turma M’ Boi Mirim, zona sul de São Paulo, com intuito de comprovar que os exercícios físicos podem auxiliar no tratamento da depressão para idosos (a), onde duas idosas que não praticavam exercícios físicos se voluntariaram para essa pesquisa. A pesquisa foi realizada duas vezes por semana, nos seguintes dias: terça-feira e quinta-feira, no horário da tarde, com duração de 1h30. Foram utilizadas duas avaliações: avaliação antropométrica juntamente com escala de depressão geriátrica. Avaliação Antropométrica: realizada segundo o protocolo JACKSON E POLLOCK usando as sete dobras cutâneas, para mulheres (NAVARRO et al, 2005). Escala de depressão Geriátrica (GDS): avaliação para verificar o estado emocional das mesmas, a escala GDS apresenta 15 perguntas que irão apontar se as voluntárias estão ou não com sintomas de depressão (GILVANI, 2015). Foi utilizado como treinamento para as mulheres, o Judô, que é uma arte marcial japonesa, criada em 1882 em Tókio no Japão, pelo seu idealizador Jigoro Kano, que tem como objetivo fortalecer o corpo e a mente de forma integrada além de desenvolver técnicas de defesa pessoal. Seguindo a filosofia do Mestre Kano, os judocas têm como referência e base do seu treinamento o principio filosófico a seguir: JITAKIOEY SEIRYOKU ZENYO, que significa bem-estar e benefícios mútuos com o mínimo de esforço e a máxima eficiência, são esses princípios que auxiliam o praticante a desenvolver o autoconhecimento, auto confiança, auto estima, estimula a força de vontade e determinação podendo fornecer uma convivência saudável em sociedade(Confederação Brasileira de Judô, 2014). Visto que ambas as voluntárias são amigas, foi decidido que elas fariam o estudo de caso juntas, justamente pelo fato de que uma poderia motivar a outra, fazendo com que elas se sentissem melhor ao realizar os exercícios. De acordo com a individualidade e resultados de cada colaboradora após a avaliação inicial, foi elaborado um treinamento para ambas, respeitando as limitações, físicas e emocionais,para que houvesse um aproveitamento satisfatório durante a prática do Judô. Caso 1 Mulher, 73 anos, foi diagnosticada com depressão em 2015 e faz uso de fluoxetina 50 mg, duas vezes ao dia.Tem artrose nos joelhos e na coluna lombar, com 67 kilos à avaliação inicial, altura de 1,50 m, IMC (Índice de massa corporal) 29,78kg/m2, densidade corporal 1,04, Massa magra (em quilos) 48,29 kg, massa gorda (em quilos) 18,72kg, percentual de gordura 27,94%. Resultados: Avaliação inicial Avaliação final Peso 67,80 kg Peso 65,10 kg Altura 1,65 m Altura 1,65 m IMC 29,78 kg/m2 IMC 28,69 kg/m2 Percentual de gordura 27,94 % Percentual de gordura 26,42 % Subescapular 16centímetros Subescapular 15 centímetros Triciptal 20centímetros Triciptal 18 centímetros Axilar media 13centímetros Axilar media 12 centímetros Supra ilíaca: 20centímetros Supra ilíaca: 18 centímetros Peitoral 14centímetros Peitoral 13 centímetros Abdômen 28centímetros Abdômen 26 centímetros Coxa 20centímetros Coxa 19 centímetros Ombro 110 centímetros Ombro 106 centímetros Braço direito relaxado 30 centímetros Braço direito relaxado 28 centímetros Braço esquerdo relaxado 30 centímetros Braço esquerdo relaxado 28 centímetros Braço direito contraído 33 centímetros Braço direito contraído 30 centímetros Braço esquerdo contraído 33 centímetros Braço esquerdo contraído 30 centímetros Antebraço direito 26 centímetros Antebraço direito 25 centímetros Antebraço esquerdo 26 centímetros Antebraço esquerdo 25 centímetros Tórax 95 centímetros Tórax 93 centímetros Cintura 86 centímetros Cintura 83 centímetros Abdômen 90 centímetros Abdômen 87 centímetros Quadril 96 centímetros Quadril 94 centímetros Coxa direita 60 centímetros Coxa direita 59 centímetros Coxa esquerda 60 centímetros Coxa esquerda 59 centímetros Panturrilha direita 33 centímetros Panturrilha direita 33 centímetros Panturrilha esquerda 33 centímetros Panturrilha esquerda 33 centímetros ESCALA DE DEPRESSÃO GERIÁTRICA – GDS AVALIAÇÃO RESPOSTA SIM RESPOSTA NAO PONTUAÇÃO TOTAL CLASSIFICAÇÃO INICIAL 8 7 11 Suspeita de depressão FINAL 7 8 0 Não aponta sintomas de depressão Relato da Voluntária Você notou alguma diferença após iniciar a prática de exercícios físicos? Notei sim, me sinto mais disposta para fazer as coisas em casa, estou dormindo melhor e sinto menos dores no corpo, sinto que estou mais forte e focada nos meus objetivos. Entre o tratamento com remédios controlados e praticar exercícios físicos, qual você achou mais eficaz para você tratar a depressão? Com certeza eu prefiro os exercícios físicos, os remédios me deixavam com sono e sem ânimo para nada. Você pretende continuar com a rotina de prática esportiva? Não quero parar, estou me sentindo ótima, estou muito feliz. Caso 2 Mulher, 66 anos, foi diagnosticada com depressão em 2017, e não faz uso de remédios. Sente dores nos cotovelos, joelhos e na coluna lombar, ela se encontrava com 94,0 kg, altura de 1,65m, IMC (Índice de massa corporal) de 34 kg/m² classificada com obesidade grau I, densidade corporal 1,3, massa magra (em quilos) 63,00 kg, percentual de gordura 33,00%. Resultados: Avaliação inicial Avaliação final Peso 94,00 kg Peso 92,10 kg Altura 1,65 m Altura 1,65 m IMC 34,0 kg/m2 IMC 27,87% kg/m2 Percentual de gordura 32,99 % Percentual de gordura 30,69 % Subescapular 22 centímetros Subescapular 20 centímetros Triciptal 30 centímetros Triciptal 24 centímetros Axilar media 20 centímetros Axilar media 18 centímetros Supra ilíaca: 21 centímetros Supra ilíaca: 20 centímetros Peitoral 18 centímetros Peitoral 17 centímetros Abdômen 33 centímetros Abdômen 30 centímetros Coxa 26 centímetros Coxa 24 centímetros Ombro 122 centímetros Ombro 118 centímetros Braço direito relaxado 40 centímetros Braço direito relaxado 38 centímetros Braço esquerdo relaxado 40 centímetros Braço esquerdo relaxado 38,5 centímetros Braço direito contraído 43,5 centímetros Braço direito contraído 41 centímetros Braço esquerdo contraído 43 centímetros Braço esquerdo contraído 41 centímetros Antebraço direito 34 centímetros Antebraço direito 33 centímetros Antebraço esquerdo 33 centímetros Antebraço esquerdo 32 centímetros Tórax 106 centímetros Tórax 103 centímetros Cintura 101 centímetros Cintura 98 centímetros Abdômen 114 centímetros Abdômen 103 centímetros Quadril 118 centímetros Quadril 114 centímetros Coxa direita 70 centímetros Coxa direita 67 centímetros Coxa esquerda 70 centímetros Coxa esquerda 67 centímetros Panturrilha direita 39 centímetros Panturrilha direita 38 centímetros Panturrilha esquerda 39 centímetros Panturrilha esquerda 37,5 centímetros ESCALA DE DEPRESSÃO GERIÁTRICA – GDS AVALIAÇÃO RESPOSTA SIM RESPOSTA NAO PONTUAÇÃO TOTAL CLASSIFICAÇÃO INICIAL 9 6 14 Suspeita de depressão FINAL 10 5 3 Não aponta sintomas de depressão Relato da Voluntária Você notou alguma diferença após iniciar a prática de exercícios físicos? No início eu senti um pouco de dificuldade, tinha vergonha por causa do meu peso, mas depois eu fui me soltando e fui melhorando, hoje me arrependo de não ter começado antes, estou me sentindo ótima, cada dia mais disposta. Entre o tratamento com remédios controlados e praticar exercícios físicos, qual você achou mais eficaz para você tratar a depressão? Olha, eu nunca fui a favor de tomar os remédios, então quando surgiu esse convite eu aceitei, e foi a melhor coisa que já fiz, praticar exercícios foi uma grande solução na minha vida. Você pretende continuar com a rotina de prática esportiva? Eu quero muito, espero continuar animada cada dia mais. EXERCÍCIOS APLICADOS Caminhada: Foi realizada uma variação de caminhadas, de costas, de lado, e de frente, como aquecimento, realizado durante 15 minutos. Prancha ventral: Com o apoio dos joelhos no chão, três series com quinze segundos cada uma. Ponte lateral: Com o cotovelo apoiado no chão, colocar uma perna em cima da outra e levantar o quadril, três series de quinze segundos cada. Abdução das pernas deitada: Novamente com o cotovelo apoiado no chão, deitada lateralmente, manter uma perna flexionada enquanto a outra irá se manter estendida para realizar a abdução da perna, duas séries de quinze repetições. Flexão de Joelhos: Exercício executado em pé, utilizando caneleiras, fazendo elevação do calcanhar até o glúteo, e assim repetir o movimento unilateral, dividindo em duas séries de quinze repetições. Aprendendo golpes: Em duplas, foram ensinados alguns golpes do judô, como: O Soto Gari, SeoiNague e Ouchi Gari, que são golpes que não exigem muita coordenação motora e força física, primordiais para iniciantes, cada uma delas realizou uma seqüência de golpes durante um minuto tendo pausa para descanso. Alongamentos: Realizou-se uma série de três alongamentos, que foram: Mãos nos pés: As voluntarias sentaram-se no chão, esticando as pernas, com o objetivo de tocar os pés, foi dito que caso houvesse muita dificuldade por parte das mulheres, elas poderiam flexionar levemente os joelhos. Ombro lateral esticado: De pé, girando o ombro para fora, puxando o cotovelo esquerdo com a mão direita, levando o braço direito de encontro ao ombro esquerdo, realizando uma serie de trinta segundos. Entrelaçando os dedos: Foi solicitado para que mulheres estendessem os braços acima da cabeça, e realizassem duas series de trinta segundos. CONCLUSÃO Os resultados aqui apresentados mostraram que o exercício físico, além de ser benéfico para a saúde física, também trouxe grandes benefícios para a saúde mental, porque de acordo com as voluntárias, houve uma grande melhora na qualidade de vida. Ambas relataram que, após o início dos exercícios, elas se sentiram mais dispostas para realizar as atividades do dia a dia, e não sentem mais dificuldade em socialização no seu meio de convivência, não apresentando aspectos depressivos ao término da pesquisa. Constatou-se que o judô foi benéfico para redução de massa corporal, redução de medidas, fortalecimento muscular, aumento na coordenação motora. REFERÊNCIAS ABELHA, Lúcia. Depressão, uma questão de saúde pública. Cad. saúde colet., Rio de Janeiro , v. 22, n. 3, p. 223, Sept. 2014 . BLAIR, S.N. et al. Exercício para a saúde. RevBrasMed Esporte, Niterói, v. 4, n. 4, p. 120-121, Aug. 1998. COSTA, Rudy Alves; SOARES, Hugo Leonardo Rodrigues; TEIXEIRA, José Antônio Caldas. Benefícios da atividade física e do exercício físico na depressão. Rev. Dep. Psicol.,UFF, Niterói, v. 19, n. 1, p. 273-274, 2007 . DEL PORTO, José Alberto. Conceito e diagnóstico. Rev. Bras. Psiquiatr. São Paulo, v. 21, supl. 1, p. 06-11, maio de 1999. 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