30/04/2020

Cresce quantidade de mulheres em cursos majoritariamente masculinos

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Ver mulheres nos canteiros de obras, manipulando concreto bombeado, no controle logístico de grandes indústrias e comércios eletrônicos ou ainda assumindo cargos gerenciais em importantes instituições financeiras, algumas décadas atrás, era algo praticamente impensável.

Mas o cenário está em transformação e vai mudar cada vez mais. É isso o que constata um levantamento feito pela Fundação de Apoio à Tecnologia (FAT), organização responsável pelos vestibulares das Fatecs. A FAT confirmou que as mulheres estão ingressando em cursos que há alguns anos só contavam com homens nas salas de aula.

A FAT identificou que as mulheres já estão presentes em cursos que formam profissionais para a construção civil, no campo e também em vários setores da logística.

Áreas como gestão portuária, agronegócio, hidráulica e saneamento ambiental despertam o interesse feminino, assim como cursos técnicos que formam profissionais para a construção civil. Para chegar a essa conclusão, a FAT usou dados dos inscritos nos cursos ministrados pelas Faculdades Tecnológicas de São Paulo (Fatecs).

Um grande exemplo dessa mudança de comportamento foi verificada no curso de gestão marítima, o único público ministrado no Brasil, que 45% da turma é composta por mulheres. O setor portuário tem aumentado a demanda por mão de obra qualificada e desperta o interesse feminino.

Machismo e desafios

Se as mulheres já estão mais presentes em cursos majoritariamente masculinos, a realidade ainda é bem complicada no mercado de trabalho. Elas são desafiadas a provar o conhecimento com muita frequência e até de forma vexatória.

"A mulher ainda encontra muito preconceito, principalmente em campo, pois grande parte dos homens acha que não somos capazes de gerenciar uma obra, que não temos pensamento analítico e liderança", comentou Caroline Liberalino, em entrevista ao site Brasil Escola.

Já no agronegócio, as mulheres também estão presentes até no manuseio de maquinário pesado, mas isso não impede que situações constrangedoras ocorram. Elas precisam vencer diversos desafios.

"Sei que tem sido um pré-julgamento com mulheres no campo, mas isso nunca me intimidou, pelo contrário, fez com que eu me dedicasse mais para superar as expectativas", afirma Camila Mayla.

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