Direito Desportivo: como se especializar na área

Se você estuda para ser advogado e gosta de esportes, provavelmente adoraria saber como se especializar na área de direito desportivo. Afinal, essa é uma área em constante crescimento no Brasil.

Segundo a CBF, existem 28.203 jogadores de futebol profissionais no país. E isso é somente um esporte: existem vários outros atletas de basquete, vôlei, handebol, ginástica, atletismo e muito mais.

Isso sem falar nas empresas da área (clubes, associações e outros), federações e na imprensa, além de agências de marketing, empresários e tantos outros agentes esportivos.

Ou seja: há uma boa demanda para quem sabe como se especializar na área de direito desportivo. Mas de que forma estudar para atingir esse objetivo? Para aprender a resposta, conversamos com o escritório de advocacia Maria Pessoa, um dos maiores do país em Direito Desportivo, e montamos o guia abaixo. Leia mais!

Como se especializar na área de direito desportivo: 3 dicas

1. Obtenha uma formação especializada no assunto

O primeiro passo é bem óbvio: para se tornar um especialista em Direito Desportivo, é importante estudar muito bem as leis e regulamentações da área. É importante ter muito conhecimento e dedicação pois é muita coisa a estudar.

Em primeiro lugar, é essencial ter um básico sobre as leis e regulamentações gerais. Afinal, uma coisa que é proibida para uma relação de trabalho comum não pode ser permitida para uma relação esportiva, salvo certas exceções mencionadas na lei.

Depois, é preciso conhecer as leis do Brasil e outras regras determinadas nos códigos federais e na Constituição. Em seguida, é essencial conhecer as regulamentações internacionais de cada esporte, as regras de cada federação e por aí vai.

Ou seja: há muito o que estudar para poder começar a trabalhar na área. Portanto, não perca tempo e busque uma formação específica sobre o assunto para poder se desenvolver.

2. Tenha um plano de ação desenvolvido

Existem muitas subáreas por onde atuar no Direito Desportivo. É importante ter um plano de ação que facilite a sua entrada no mercado. Afinal, o conhecimento teórico só o levará até certa parte.

Por exemplo, você pode montar o plano de atuar apenas com jogadores de futebol. Seu objetivo é garantir os direitos trabalhistas deles, negociar direitos de imagem e mais.

Outra ideia válida é trabalhar com clubes, ajudando a reduzir custos com processos trabalhistas ao montar compliances e boas práticas. Essa é uma boa estratégia.

Outro objetivo pode ser trabalhar com agentes que representam atletas, garantindo bons contratos para todos os envolvidos. Além disso, ainda é possível trabalhar com federações e por aí vai.

São muitos os caminhos, esportes e escopos de atuação. Escolha o seu e monte um plano para facilitar sua entrada no mercado.

3. Invista em criar um bom networking

O mercado esportivo ainda valoriza muito as indicações. Não é fácil simplesmente entrar no mundo do futebol, do basquete ou do vôlei sendo um notório desconhecido no segmento.

É por isso que é mais fácil que ex-atletas se adaptem para se tornar treinadores, preparadores físicos, olheiros ou diretores, além de advogados também. Afinal, eles já tem os contatos básicos na área.

Se você não tem isso, precisará investir em criar um bom networking. Para tal, participe de cursos e eventos nas federações, se apresente e comece a criar amizade com as pessoas. Aos poucos, você terá um bom nível de contatos e conseguirá mais negócios de forma orgânica, criando um nome e uma reputação para o seu trabalho.

Pronto, essas são as 3 dicas básicas que ensinam como se especializar na área de direito desportivo. O trabalho no segmento não é fácil, especialmente em um país em que há pouca formalização esportiva e pouco incentivo governamental. No entanto, há uma boa demanda e possibilidade de carreira.

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