12/08/2025

Educação Combatendo a Mediocridade

Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante e Docente – www.wolmer.pro.br

Currículo Lattes http://lattes.cnpq.br/9745921265767806

 

A educação deve ser norteadora para o desenvolvimento do discernimento e da inquietude do saber, inquietude essa que nas falas de Edgar Morin está na incompletude do conhecimento.

Estamos inseridos hoje, em uma sociedade conhecida como sociedade da informação, caracterizada pela distribuição e integração da informação como atividade central, o que era para uma mola propulsora do conhecimento, tornou-se uma das maiores preocupações para o aumento de imbecilidades.

Isso porque, as redes sociais, estão sendo usadas para o desserviço, ou seja, está sendo a maior fomentadora de desinformações, tendo como base somente a percepção de uns estultos que usam de suas opiniões como verdade absoluta, sem lastro, isto é, sem garantia ou respaldo de que o que foi dito se fundamenta em dados, fatos e principalmente ciência.

Essa pseudodemocratização da informação na verdade não passa de manipulação para os oportunistas se regozijarem de suas estratégias com intuito de se perpetuarem no poder.

Rocha (2025)[1] faz uma advertência em relação ao poder da fala proporcionada pelas redes como também no aplicativos de mensagens instantâneas como WhatsApp. Para a pesquisadora, o importante para os manipuladores é uma “necessidade infantil de sair à frente nos comentários, um esmero quase artesão de alinhavar palavras com o intuito de chamar a atenção para si, dominar o debate.”

Claro que a pesquisadora pontua nesta estratégia o prazer em dominar as mentes e as massas, já que as pessoas não se preocupam com em momento algum com a fundamentação da informação.

Para essas pessoas não existe informação duvidosa, já que “fulano” passou é verdadeira, e assim as desinformações vão ganhando força e prestigiando seus divulgadores, isso porque a verdade se limita ao que está sendo exposto no grupo restrito do WhatsApp.

Esta estratégia faz estes incautos usuários acharem que estão tendo informações privilegiadas, por mais imbecis que sejam, quem as divulgou, tem todo crédito.

Pessoas que estão inseridas nestes grupos são subtraídas de qualquer poder de discernimento, de cognição e até mesmo de autonomia intelectual, uma vez que a verdade passa a ser apenas ponto de vista, não importando as origens dos dados e suas comprovações, e dessa forma, as pessoas usam das opiniões para refutarem o científico e/ou o comprovado, abstendo-se de qualquer lastro de realidade.

Nas falas da autora supracitada, percebe-se aí um efeito manada, em que basta uma fake News ser divulgado para que isso se torne verdade, já que para essa massa, uma mentira divulgada 100 vezes passa a ser verdade.

E com base nas falas acima, o ódio ganha vez; a falta de humanidade, civismo e ética são marcantes no caráter dessas pessoas, visto que as informações são propagadas com intuitos de teorias conspiratórias, polarização e discurso de ódio, difamação dentre outras estratégias que buscam destruir instituições sérias que se baseiam em dados estatísticos e ciência.

Uma percepção preconceituosa é mais importante que os dados apresentados por renomados pesquisadores, e assim a desinformação vai se mantendo e em concomitância, desconstruindo conhecimentos e ressignificando valores.

Assim sendo, que a educação possa trabalhar em seus discentes o poder do discernimento, a crítica ao status quo para que ele tema uma cidadania crítica e ativa embasada em um protagonismo cognoscente a induzi-lo ser um cidadão questionador

 

[1] ROXA, Marjorie de Almeida. Apologia à mediocridade. JCNET.COM.BR. Disponível em: <https://sampi.net.br/bauru/noticias/2920466/articulistas/2025/08/apologia-a-mediocridade>

 

Assine

Assine gratuitamente nossa revista e receba por email as novidades semanais.

×
Assine

Está com alguma dúvida? Quer fazer alguma sugestão para nós? Então, fale conosco pelo formulário abaixo.

×