Educação e a Desobediência Civil
Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante, Articulista, Colunista, Docente, Consultor de Projetos Educacionais e Gestão do Conhecimento na Educação – www.wolmer.pro.br
Para muitos, o ato de escrever é um sofrimento. Pablo Neruda dizia que “escrever é fácil. Você começa com uma letra maiúscula e termina com um ponto final. No meio você coloca ideias”, e o mais interessante é o que fica entre a letra maiúscula e o ponto final.
Obviamente, tais ideias não convergirão com o pensamento de todos, e logicamente não é a intensão do escritor, independente o seu nicho de leitores.
Escreve-se para expor as ideias e compartilhá-las com um público X, seja para orientar alguns menos esclarecidos ou simplesmente para relatar uma realidade escondida por uma força maior que no caso da educação é a força alienadora e manipuladora da política.
Ao observarmos a educação, existe uma busca ao imediatismo que inibi o ato de educar. Este imediatismo torna-se estéril perante as mazelas encontradas na sociedade e diverge da civilidade buscada em uma educação de qualidade.
Outro fator a ser observado que através do imediatismo é surrupiado da educação de qualidade é a criticidade e protagonismo do educando, e aí é que se encontra a pedra angular da cidadania.
A educação com o seu imediatismo tem sido construída sobre os escombros, o que a tem tornado cada vez mais frágil. Os interesses políticos estão fazendo com a educação um castelo de cartas de baralho, prestes a desabar causando um problema social sem precedência.
Não precisamos fazer uma projeção do que isso acarretará, pois já estamos percebendo estas estultices políticas de imediato, visto que o povo encontra-se inerte e sem discernimento para perceber o quão são vis estas ações políticas.
Esta falta de discernimento é fruto desta educação construída pelos políticos corruptores da civilidade, políticos sem moral sem ética e que representam a escória da sociedade.
Políticos estes que vivem como parasitas que estão a exaurir todo o princípio vital de seu povo sofrido, e só para um enriquecimento fácil a base da miséria deste povo.
A educação deve ser revista, mesmo não tendo sido contemplada nos projetos por estes mesmos políticos. Cabe aos principais atores que são os Educadores o momento de subverter e acreditar no verdadeiro poder da educação, fugindo as amarras impostas por este sistema alienador e corrompido.
Faço minhas as palavras de James Farner Jr., no filme o grande debate quando fala sobre desobediência civil.
“Santo Agostinho disse - Uma lei injusta não é uma lei para todos. O que significa que eu tenho direito, até mesmo o dever de resistir. Com a violência ou a desobediência civil. Você deve orar para que eu escolha a segunda.", então que neste dia 28/04/2017 partamos todos para a desobediência civil.