07/12/2016

Educação e as Confraternizações: Ave César

Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante, Articulista, Colunista, Docente, Consultor de Projetos Educacionais e Gestão do Conhecimento na Educação – www.wolmer.pro.br

 

            O ano letivo está acabando e nós educadores tentamos ainda tirar um pouco de energia para terminarmos com dignidade e sem surtos, embora, muitos não consigam terminá-lo sem que o grande ceifador de nossa saúde assuma o seu papel. Este ceifador é conhecido com burnout.

            Uma forma de dar essa pequena energia extra, são as confraternizações que acontecem entre os professores e amigos ou a Happy hour que acontece com mais frequência e com grupos menores.

            São momentos em que não tentamos falar das cobranças, frustrações, números para melhorar índice de aprovação, alunos totalmente mal educados pela família, pais que são exemplos vivos de ignorância e intolerância com os professores responsabilizando-os por fracassos e indisciplinas de seus filhos, violência dos alunos com os professores, pequenos furtos, impunidades, ingestão escolar, políticos corruptos dentre outros reveses que acontecem na vida de um professor, que só quem está sentado em uma cadeira de um ministério brincando de educador sem experiência com educação pública que consegue conceber falas idiotas dizendo que temos muitas regalias.

            Agora temos que nos preocupar ainda mais com a aposentadoria aos 65 anos. Fico imaginando um professor com 63 anos, enfrentando alunos cada vez piores e o sistema ainda mais conivente com a situação desfavorável a classe.

            O nosso usurpador governo, encaminhou proposta de aposentadoria com 65 anos, mas se esqueceu que a média de vida de um brasileiro é de 72,7 anos.

            O sonho em aposentar e viajar para descansar não existirá mais. Isso caso sejamos otimista, porque no Estado do Maranhão a média de vida do povo é de 67,6 anos, ou seja, muitos irão morrer sem se aposentar.

            O triste é que desses deputados e senadores envolvidos nesta reforma (elaboração e aprovação) temos 250 aposentados com apenas 8 anos de contribuição. Estes sim, são o câncer de nossa sociedade e os verdadeiros ladrões dos cofres públicos a quebrar o nosso gigante que mais que nunca, continuará deitado eternamente em berço nada esplêndido.

            Onde estão os batedores de panela de aço inox? Ah... me esqueci, eles fazem parte da elite e não precisam se aposentar porque suas contas bancárias encontram-se em paraísos ficais.

            Estamos caminhando para um país formado por miseráveis, analfabetos funcionais e idosos, governado por corruptos tendo a mídia como assessora a dissimular nas publicidades a roubalheira dos políticos.

            Temos a Justiça funcionando a punhos de ferro com os pobres e negros (na maioria) e um Senado ridicularizando e desacatando as decisões do STF (Superior Tribunal Federal).

            Voltamos ao tempo de Roma, ao qual o senado era formado pelas pessoas mais ricas e depois de um golpe o Senado Romano passou a deter o poder político. Será que a história se repete?

            Por via das dúvidas,  Ave césar

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