23/03/2017

Educação e Brasilidade

Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante, Articulista, Colunista, Docente, Consultor de Projetos Educacionais e Gestão do Conhecimento na Educação – www.wolmer.pro.br

 

            O título deste singelo texto mostra que brasilidade é um amor pela Pátria, e amar a Pátria é amar o seu povo e toda e qualquer ação é em prol ao seu bem estar.

            É um sentimento que está ausente nos políticos que são imediatistas e visam apenas o próprio interesse ou de seus pares, subjugando toda uma nação.

            Os interesses do povo nada significam. O corporativismo político é tão forte que eles se blindam de forma a perpetuar ainda mais o seu poder, como exemplo temos ministro do STF a discutir reforma política com delatados no Lafa-Jato, políticos aposentados cedo demais decidirem a vida dos brasileiros quanto a aposentadoria, e impondo 49 anos de contribuição para poder ter uma aposentadoria integral, PL 257 tramitando no Congresso e que prevê a demissão de qualquer funcionário público e isso será simplesmente uma caça às bruxas, ou seja, será um ato de perseguição política.

            Estamos caminhando para um problema social com uma população miserável e desempregada aos 50 anos de idade e analfabeta funcional, com políticos ladrões roubando cada vez mais o país, e seu povo abaixando a cabeça para tudo, pois falta o discernimento que lhe foi ceifado na educação pública.

            Educação, como uma simples palavra com significado forte pode fazer falta para um povo sem sonhos e pode transformar uma nação.

            Estamos deixando de ser uma nação e nos tornando um país formado por grupos puxando sempre para os seus pares e nunca para o povo com pensamento no futuro do Brasil, no sentimento de brasilidade.

            Estamos sofrendo uma segmentação e percebendo que os direitos conquistados por nossos heróis mortos estão deixando de existir e consequentemente, estamos voltados a uma remota época do Brasil Império, a qual, a Coroa apenas sugava a riqueza de seu povo e se enriquecia cada vez mais com os impostos.

A corte da tal época é representada pelos políticos de hoje a se comportarem como sanguessugas a desnutrir todo país, exaurindo suas riquezas naturais para o estrangeiro, oferecendo ricos banquetes entre eles com dinheiro público, e o povo, simplesmente à míngua.

Nossa gestão pública é totalmente sem eficiência, sem equidade e sem interesse político voltado para o povo, além de trabalhar a desinformação da sociedade através da cumplicidade dos meios midiáticos e usa a mídia para se promover fazendo uso da nunciopolítica, e aproveitando-se da ignorância de seu povo, que não passa de uma massa de manobra domesticada e dócil.

Podemos considerar o problema da política hoje como fruto da nossa educação, o que é reforçado por Romanelli no seu livro História da Educação publicado pela Editora Vozes em 2003. Para o autor, a educação escolar tornou-se conservadora e alienante na sua ordem social, marginalizando grande parte da população. Como dito pela autora, a organização de nossa educação pública é um problema de ordem política, e como nossos políticos representam a escória dessa sociedade, são estes mesmos os principais interessados nesta educação de qualidade ruim, o que reflete a realidade política de hoje.

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