30/10/2018

Educação e Progresso

Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante, Articulista, Colunista, Docente, Consultor de Projetos Educacionais e Gestão do Conhecimento na Educação – www.wolmer.pro.br

 

Acabou o período eleitoral, período este de controvérsias, discussões, inimizades, mas tudo isso para reforçar cada vez mais o processo democrático, como dizia um sargento em minha remota época de serviço militar "a unanimidade é burra".

Mudanças com certeza irão acontecer e precisamos ver com bons olhos tais mudanças e assim, fazer valer a lei da evolução, pois somos seres adaptáveis, e é isso que nos faz sobreviver a ambientes volúveis.

E a mudança que terá seu reflexo a longo prazo será a educação. Segundo propostas no plano de governo de nosso novo presidente, a educação focará mais a educação básica, do ensino infantil ao médio, isso é bom, pois sempre defendi que a educação começa na base.

Imagine uma grande construção, se esta não tiver uma boa base, o próprio peso que estiver sobre ela, a derrubará, e assim também é a nossa educação. Se nossos alunos não tiverem uma boa base, estes não conseguirão seguir a frente.

A educação a distância é a bandeira defendida em seu plano de governo, principalmente no ensino fundamental, isso será para auxiliar pessoas que se encontram nas zonas rurais cujas grandes distâncias dificultam o acesso de nossos educandos, porém, precisa-se pensar na infraestrutura, uma vez que justamente nas partes rurais, o acesso a internet é deficitário e nem todos têm condições financeiras para adquirir um equipamento razoável, além do mais, deverá existir um maior policiamento para a não banalização do ensino como tem acontecido nas "faculdades à distância", sendo que muitas funcionam apenas como fábricas de diplomas.

O novo presidente focará mais a matemática, ciência e português, justamente nosso tendão de Aquiles nas avaliações. Assim sendo, quem sabe, saiamos da penúltima posição da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) que avaliou apenas 36 países.

Nossa educação pública há anos tem sido sofrível, e isso é independente partido, afinal de contas, como venho dizendo, é um investimento a longo prazo, e muitos políticos vêem apenas como gastos, a ponto de mascarar a realidade, visto que a taxa de escolarização é uma das variáveis para se chegar ao índice de educação e assim, conseguir bons negócios com outros países e FMI.

Infelizmente essa taxa de escolarização criou não uma geração, mas gerações de analfabetos funcionais e de verdadeiros néscios, sendo um dos fatores a nos manter como um país subdesenvolvido.

O resgate da disciplina Educação Moral e Cívica e Organização Social Política Brasileira (em minha época OSPB) serão matérias fundamentais para se trabalhar a disciplina em sala de aula, o respeito a maior autoridade neste recinto que é o professor, assim como também o respeito pelos gestores, demais funcionários e o patrimônio público.

Como é sabido, sem disciplina não há ordem, sem ordem não há progresso e para que haja progresso, a educação precisa estar presente, assim sendo, sem disciplina não haverá aprendizagem e sem esta, não ocorrerá a educação, pois educação implica em mudanças e que estas mudanças nos empurrem ao progresso.

Para o nosso presidente, as universidades precisam gerar avanços técnicos e para o Brasil e isso poderá acontecer com parcerias com a iniciativa privada e outra forma de se fazer isso é também através da Gestão do Conhecimento, que trabalha com o conhecimento aplicável, como explicitado em meu livro Gestão do Conhecimento, Educação e Sociedade do Conhecimento, publicado pela Icone Editora em 2010, no qual trabalho  múltiplas visões e realidades, visto que estas multiplicidades são oferecidas para quem desenvolve um conhecimento essencial, e suas ramificações estão ligadas à ação o que será oriunda de uma educação de qualidade e transformadora, o que não se limitará apenas a um conhecimento formal acadêmico.

A educação mais uma vez deverá ser vista como um agente determinante e chave mestra para o desenvolvimento do indivíduo e a evolução da organização para que esta sobreviva a um mundo sem fronteiras.

Dito isso, com a aplicação da Gestão do Conhecimento trabalhando a informação semântica, teremos um Brasil mais competitivo em termos de conhecimentos técnicos e o progresso deixará de ser apenas uma escrita em nossa bandeira nacional passando a ser o nosso verdadeiro ideal.

Só não poderemos jamais esquecer que progresso sem amor não é progresso.

 

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