Educação Elucidando o FOMO

Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante e Docente – www.wolmer.pro.br

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Como sabido a vida é feita de escolhas e somos na verdade a soma de todas elas, sejam boas ou ruins, estas escolhas moldarão nossa vida e nosso caráter.

Algumas destas escolhas obrigam-nos encerrar ciclos, fechar portas e fazermos uma imersão em nós mesmos em busca do autoconhecimento, almejando em concomitância uma saúde emocional mais equilibrada e menos conflituosa.

O problema é que muitas pessoas buscam viver de fantasias, de universos paralelos explicitando uma realidade que não condiz com a sua, trazendo como consequência, frustrações, decepções e até mesmo, sentimentos de inveja.

Hodiernamente a sociedade passou a postar toda sua experiência em seus stories nas redes de relacionamento. Demonstram um sorriso amarelo querendo demonstrar como sua vida é maravilhosa em seu mundo de Alice, um mundo que impera a hipocrisia, inveja, ostentação e vazio existencial.

O mundo dos stories é um mundo em que as pessoas postam apenas alegrias, sucessos, realizações como viagens, negócios, festas, passeios e sorrisos, e consequentemente a pessoa que olha ou fica “stalkeando” os perfis dos outros, não tem o mínimo de discernimento da própria realidade, se vê obrigada a desejar o mesmo, causando ainda mais a desconexão com um propósito de vida.

Infelizmente pessoas buscam os stories dos demais para sua referência, costumam se medir com as réguas alheias, as famosas réguas tortas em que ou  vida perfeita é o do outro e com isso, não medem esforços para alcançar este falsa perfeição.

Estas pessoas têm medo de ficar de fora deste universo paralelo, dando força ao termo FOMO (Fear Of Missing Out – Medo de Ficar de Fora), ou seja, quando se compara sua vida com a dos outros.

Essas pessoas quando fazem tais comparações olvidam que a comemoração dos demais, no seu atual contexto geralmente não será aplicável, mas como isso é desconsiderado pelos invejosos, eles simplesmente se anulam e vivem uma realidade que não lhe pertence.

Não viver o que o outro está vivendo não é algo negativo, isso porque sua escolha foi o descanso, a boa leitura, um momento com a família, uma oportunidade para se harmonizar, a busca da paz em seu coração, enfim, o momento de verdades explicitadas pelo silêncio de seu ser.

Que percamos o medo de ficar de fora, e que realmente sintamos excluídos deste mundo evasivo, efêmero, de pessoas vazias de si mesmas e que nada possa substituir um momento que é seu por uma ostentação que abrirá a ferida do vazio existencial.

Dito isso, que a educação desenvolva em nossos educandos o discernimento para que ele possa vislumbrar o sentido da vida com descobertas e evolução pessoal.