Educação Empreendedora

Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante, Articulista, Colunista, Docente, Consultor de Projetos Educacionais e Gestão do Conhecimento na Educação – www.wolmer.pro.br

            A crise nem sempre é vista pelo mesmo ângulo pelas pessoas. Para uns, é apenas um momento de aproveitar as oportunidades que estão para surgir, ou seja, crise é sinônimo de oportunidades e esteja certo que nem todos conseguirão percebê-las.

            Para percebermos algo, faz-se necessário termos uma atenção voltada para o nosso entorno e certa maturidade embasada no conhecimento, Know How, Feeling e/ou expertise, que pode(m) ser desenvolvido(s) em nosso(s) aluno(s).

            Ciente disso, instituições como SEBRAE MG buscam desenvolver nos jovens o espírito empreendedor através de uma educação empreendedora, significando investir no futuro sócio econômico de nosso país, dando a este jovem, oportunidade ímpar para que o mesmo seja protagonista de sua vida.

            Percebendo que a educação é a chave para as transformações sociais e que, a educação empreendedora vem reforçar e demonstrar que o melhor jeito de multiplicar o conhecimento é dividindo-o de forma com que os outros jovens e até mesmo a sociedade, desenvolvam a percepção e as oportunidades para tais mudanças.

            Faz-se mister salientar que a educação empreendedora é um diferencial oferecido a comunidade escolar e cabe ressaltar que esta educação não se limita a fazer com que todos abram o seu próprio negócio, tornando-se empresário, mas que estas pessoas possam ter discernimento para observar um problema e encontrar algumas vezes, soluções simples que melhorarão o seu entorno social e/ou a qualidade de vida de sua comunidade.

            Algumas empresas já buscam em seu quadro, jovens com espírito empreendedor e em sua seleção de funcionários, a mesma trabalha com dinâmicas utilizando a criatividade e solução de problemas, para que os candidatos a um cargo nesta empresa, possa encontrar soluções viáveis a pequenos problemas.

            A educação empreendedora busca desenvolver em nossos educandos ideias que levem a uma redução custos, agilidade nas tomadas de decisões e comunicação menos distorcida de forma a fomentar uma elevação na curva de aprendizagem, ultrapassando os bloqueios intrínsecos relacionados as atitudes dos educandos.

            Um dos bloqueios estará relacionado a perspectiva, ou seja, se o aluno não tiver maturidade para enxergar o problema, este nunca será visto como algo que busca uma solução, dito isso, faze-se necessário nesta educação empreendedora, trabalharmos informação semântica e não sintática, pois é na primeira que se encontra a origem do conhecimento, e por isso a mesma passa a ser chamada de informação relevante.

            Outro bloqueio está relacionado ao fator emocional, pois o educando se sente inseguro. Isso pode ocorrer por motivos como timidez e até mesmo falta de conhecimento porque o educando ainda não desenvolveu algumas aptidões necessárias. Cabe ressaltar que ambos podem ser trabalhados para que o aluno tenha mais desenvoltura e segurança ao falar.

            Obviamente existirão outros bloqueios e/ou novos bloqueios, mas faz-se salutar observar que os educandos estarão sempre orientados por profissionais capacitados que o auxiliaram a alçar altos vôos a caminho da própria liberdade.

            Nesta educação empreendedora é ressaltada a importância dos elos sociais, do respeito ao próximo e a ajuda mútua, pois o companheiro de classe, poderá ser um subordinado, um investidor, um sócio ou um futuro cliente, por isso, o respeito, atenção e gentilezas.

            Os educadores trabalham sempre com a linha de pensamento de Jonh Deere ao afirmar que "jamais colocarei meu nome em um produto que não tenha em si, o melhor que existe em mim".