Educação para o Jovem Empreendedor

A palavra “empreendedorismo” foi popularizada pelo economista Joseph Schumpeter (1883 – 1950) em 1945. No Brasil, o conceito é fortemente difundido a partir do final da década de 1990. Sua conceituação traz implicações de ordem econômica, social, cultural e psicológica e, pela sua importância, a atividade empreendedora traz riqueza, porque gera emprego e renda, motivo pelo qual tem sido tema de estudos e pesquisas em diversos países.

No entendimento do professor Peter Druker (1909 – 2005), considerado o “pai da administração moderna”, o “espírito empreendedor” é uma prática e também uma disciplina, portanto pode ser aprendido e ensinado.

E para muitos outros autores, a definição do termo é multidisciplinar e acompanha um grande número de indicadores como a capacidade de organização e direção; senso de inovação, iniciativa e criatividade; propensão para correr risco; comprometimento e persistência.

O empreendedor é visionário, otimista e proativo. Apresenta perfil diferenciado pela sua capacidade de criar valor e buscar soluções para a sociedade na qual se encontra inserido.

Além da experiência das pessoas maduras e experientes, as contribuições dos jovens são de suma importância para o desenvolvimento de uma sociedade e, por isso, eles precisam ser educados, orientados e valorizados.

Partindo de uma base estruturada do presente, o mentor poderá levá-lo a pensar em como se vê nos próximos anos e qual o seu objetivo de vida, sempre considerando o seu desejo de reconhecimento e de construção da sua própria identidade profissional.

Outro ponto importante para o aprendizado diz respeito à transformação das boas ideias em oportunidades, uma vez que, sem levá-las à prática, elas não farão sentido para o futuro de um empreendimento. Para isso, é desejável que ele participe de órgãos de fomento ao empreendedorismo, seja motivado para abertura do negócio, adquira disponibilidade de recursos financeiros e tenha formação escolar.

Sejam nas empresas ou nos empreendimentos individuais, os cuidados para emplacar um projeto envolvem desde a concepção da sua ideia, passando pela idealização do negócio, a captação de recursos, até a oportunidade para viabilizá-lo.

Para identificar se o projeto é inovador, o empreendedor terá que checar se ele tem diferencial; se existem produtos ou serviços semelhantes no mercado; se tem potencial para crescimento; se há possibilidade de ganhar escala (de tamanho e produção), e se é patenteável.

O registro de patentes pelo INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) oferece proteção jurídica para a prevenção de cópia ou venda do mesmo produto, através da Lei de Propriedade Industrial (nº 9.279/96), popularmente conhecida como a “Lei de Patentes”. Mas vale lembrar que não basta registrar uma patente para proteger uma boa ideia, invenção, equipamento e a sua comercialização.

Os melhores projetos são aqueles que demonstram potencial de sucesso em médio e longo prazo. São respaldados por plano de negócios consistentes, que ajudarão a identificar a sua viabilidade e os graus de risco que envolve toda atitude empreendedora.

Ressalta-se ainda a necessidade de desenvolvimento do network e do poder de persuasão do jovem empreendedor para a viabilidade da sua ideia, encantando e convencendo as pessoas a abraçá-la junto com ele.

Propor parcerias também ajuda para a concretização do projeto, não necessariamente com pessoas do ramo, mas também com capitalistas que podem injetar recursos e auxiliar na concepção do novo empreendimento. Em alguns casos, a contribuição da família, como forte aliada para a realização do sonho, não pode ser dispensada.

As competências do empreendedor somente adquirem status  se forem desenvolvidas, utilizadas e comunicadas. O produto do seu trabalho é bom quando é realizado com paixão. É ético quando compreende e respeita as adversidades, condição essencial para que as suas ideias e ações sejam também respeitadas.

A educação para o empreendedorismo é uma construção transversal que se realiza, por meio de atividades ou projetos, em diferentes áreas desenvolvidas de forma inovadora, acompanhando as mudanças e permitindo as novas formas de atuação dos cidadãos.