26/03/2018

Educação Pública e o Poder da Palavra

Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante, Articulista, Colunista, Docente, Consultor de Projetos Educacionais e Gestão do Conhecimento na Educação – www.wolmer.pro.br

 

            A palavra tem um poder muito forte no inconsciente das pessoas, e as vezes faladas em um momento de raiva, pode até ser relevada, entretanto, ela fica registrada no mais íntimo eu da pessoa que a recebeu.

            Como educadores precisamos aprender a usá-las para que as mesmas não deixem cicatrizes, assim sendo, peguemos como exemplo a palavra desprezível. Esta é uma de poder negativa muito grande, independente o contexto em que for utilizada.

            O termo desprezível pode significar, baixo, asqueroso, abjeto, vil, ignóbil, imundo, indigno, sórdido, odioso, calhorda, nojento, dentre muitos outros sinônimos de baixo calão, ou seja, ou seja, em nada ela contribui para a boa formação das pessoas.

            A palavra tem força e esta força pode destruir perspectivas e até mesmo os mais lindos sonhos, assim sendo, passemos a fazer bom uso delas para que as pessoas possam se espelhar nestas, pois palavra tem poder, e que este seja bom para nossos educandos.

            Quantos de nossos alunos chegam nas escolas carregando em suas mentes palavras ditas por seus pais que não acrescentarão em nada a sua autoestima, e justamente os pais que deveriam dizer palavras carregadas de amor, carinho e atenção, encorajando seus entes a confiar e acreditar sempre na família e em sí mesmos.

            Estes pais omissos, simplesmente deixam sair de suas bocas o que está cheio o coração, e as crianças percebem o quão não são desejadas e amadas.

            É difícil ser educador nos dias de hoje, visto que já é uma profissão nada reconhecida pelos governos e tampouco pela comunidade, e mesmo assim, estes educadores têm também que cumprir a função da família, função esta há muito tempo esquecida pela mesma e que acredita que basta por filho no mundo e contar única e exclusivamente com a escola para educá-lo.

            É difícil educar nossos alunos e mostrar o poder das palavras, para que estes também possam usá-las de forma adequada, mas infelizmente, estas mesmas crianças chegam de casa já com tais termos em suas mentes, sem contar com parco vocabulário que as mesmas têm e este vocabulário são de palavras rechaçadas de ódio e preconceito.

            Cabe a nós educadores, incentivar o uso das boas palavras através de exemplos como leitura, o que contribuirá de forma positiva o vocabulário de nossos educandos, e sempre que um aluno proferir uma palavra por eles desconhecida e pejorativa recheada de teor negativo, caberá ao educador fazê-lo pesquisar sobre o seu verdadeiro significado e se a mesma for dita a uma terceira pessoa, cabe ao mesmo educador fazer com que o aluno que ofendeu, se desculpe com a parte ofendida, assim sendo, estes mesmos educandos quando se tornarem adultos, saberão usar bem as palavras e ver que as vezes o silêncio é melhor do que qualquer palavra mal dita.

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