11/11/2015

Educação Pública: Um Abraço de Afogado

Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade – www.wolmer.pro.br           

            Esperança...... até quando ter em relação a educação pública? O tempo vai passando e a situação se deteriorando a olhos vistos, entretanto, os pseudo-educadores teimam em exaltar números, a se gabar de resultados... mas que resultados? Tais números representam o que nos problemas sociais? E como minimizar tais problemas? Atirando estes números aos miseráveis? Será que não estamos nos deixando enganar com tanta hipocrisia destes manipuladores que representam apenas seus pares a quem lhes devem favores?

            Pensem na educação pública como um abraço de afogado, e percebam que educação pública esta relacionada as redes municipais e estaduais de ensino. As federais são exceções para esta educação. Em se tratando então da educação pública das redes mencionadas, é preciso muita perícia para que não afoguemos juntos e, infelizmente, nessa educação, perícia é o adjetivo em falta. Tem-se muitos interesseiros em engordar o próprio bolso, a exaltar seu status e passar por cima de qualquer um que se oponha a sua vontade.

            A educação pública tem dado este abraço de afogado em nós educadores. Abraço representado por tanta negligência, permissividade e o que é pior, manipulação dos verdadeiros educadores que tentam salvaguardar a educação pública deste mal que corrompe até as pessoas com as melhores das intenções. Essa educação age como um câncer a matar aos poucos as células boas.

            Nossos representantes são os mais impróprios a trabalhar com a educação. São pessoas estéreis de ética, de um narcisismo exacerbado, com suas falácias a ludibriar os menos esclarecidos ou oportunistas, por isso, muitos dizem que a educação é como um serpentário, justamente por pararem de pensar no verdadeiro sentido em ser docente, passando a agir por causa própria.

            O verdadeiro docente, carrega consigo uma marca, que parafraseando o compositor Milton Nascimento, faz-se necessário ter força, ter raça, ter gana, precisa também ter graça, ter sonho sempre, pois quem trás no peito essa marca, possui a estranha mania de ter fé na vida e ser o protagonista da mudança na educação, porque diante de tantos problemas sociais que estamos vivenciando, na maioria destes, encontramos na educação de qualidade a solução, fomentando a consciência do ser pensante e a dignidade a muito tempo perdida.

            Os números relacionados a educação pública tem é aumentando a quantidade de miseráveis de conhecimento. Ela tem na verdade, é aumentado exponencialmente o número de alienados, de massa de manobra a aceitar de forma passiva as arbitrariedades destes representantes.

            Como foi ressaltado por Darci Ribeiro ao dizer que “a crise da educação no Brasil não é uma crise; é um projeto” e podemos afirmar que é mesmo um projeto a ser defendido por por décadas por nossos vis representantes.

            Temos graças a essa falida educação, uma multidão de idiotas colocadas em zona de risco social, aumentando assim, o número de violência, corrupção, assassinato e outros males que, infelizmente, somos corresponsáveis por deixarmos chegar ao que está, seja através de nossa permissividade ou omissão.

            Não precisamos mudar o mundo... basta mudarmos a forma de educar, que o resto acontecerá concomitantemente.

            Precisamos ser modelos para nossos educandos e falar em bom tom o que está errado. Não calarmos diante das estultices de nossos representantes. Precisamos ser docentes e mostrar essa marca na pele e em nossa alma.

            Não nos permitamos afogar com este abraço, neste mar de corrupção, desmandos, permissividades. Busquemos meios de fazer com que nossa educação consiga sair desta situação e ser um dia, não uma referência mundial, ou  pelo menos, dar o direito dos mais humildes, sonharem com uma situação melhor e mais digna para si mesmo.

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