Educação Tecendo o Fio de Ariadne
Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante e Docente – www.wolmer.pro.br
Currículo Lattes http://lattes.cnpq.br/9745921265767806
Lendo um texto de André Wagner Rodrigues, historiador, filósofo e mestre em educação, e sua analogia com o fio de Ariadne me fez perceber o quão perfeita foi a sua analogia com a mitologia.
As vezes é preciso usar recursos diversos como metáforas, técnicas de storytelling dentre outras narrativas para se fazer entendido e até mesmo para assimilação de certos conteúdos.
Dito isso, o fio de Ariadne com sua origem na mitologia grega, pode ser usada como metáfora ou até mesmo storytelling para ilustrar como sair de situações difíceis, seguindo pistas ou guias que auxiliarão na solução de problemas.
Não adentrando na mitologia, mas apenas esclarecendo os personagens, Minos pai de Ariadne, e Rei de Creta visto como um rei implacável e impiedoso, que ordenou Dédalo construir um labirinto para aprisionar Minotauro, que era uma criatura com corpo de homem, porém cabeça e cauda de touro.
Todos que adentravam neste labirinto se perdiam e morriam por lá, devorado pela criatura, até que Teseu resolve acabar de vez com este mal e ao chegar as proximidades encontrou Ariadne e se apaixonaram, e sabendo de seu motivo, Ariadne resolveu ajuda-lo na empreitada, lhe dando um novelo de fio para que ele fosse desenrolando à medida que fosse caminhando pelo labirinto para não se perder no labirinto depois que matasse o monstro.
E assim o fio dado para Teseu ficou conhecido como “fio de Ariadne”, e é justamente assim que os educadores trabalham, dando o fio do conhecimento para que seus alunos não se percam no labirinto que nossas escolhas nos colocam.
O “fio de Ariadne” pode representar também a autonomia intelectual, o discernimento e/ou o protagonismo social ofertado(s) pela educação de qualidade para que o discente não seja devorado pelo monstro que em nossa realidade é a alienação, a desinformação, a idolatria a ignorância e o negacionismo, enfim, a completa manipulação de um sistema corrupto e corruptor.
É o fio condutor liga nossos educandos com o conhecimento libertador, com a civilidade e humanismo.
Dito isso, nós educadores temos a árdua missão de orientar nossos alunos por meio de fios para que estes jamais se sintam perdidos, mas caso isso ocorra, que possam perceber que o fio de sua liberdade está em suas mães e cabe somente a ele a decisão de continuar perdido ou se libertar.