Educador aprende a tratar aluno deficiente
Evento sobre educação inclusiva em Maringá reuniu 500 professores; eles aprenderam a lidar com alunos com necessidades especiais.
Cerca de 500 professores das redes de ensino pública e privada de Maringá (PR) e educadores convidados de 24 outros municípios paranaenses receberam treinamento para lidar com alunos portadores de necessidades especiais. Durante uma semana, eles assistiram a palestras de nove especialistas na área, que passaram orientações básicas sobre como educar crianças deficientes. O objetivo é permitir que os educadores tenham noção de como tratar esse aluno dentro da sala de aula.
O 3º Seminário de Educação Inclusiva: Direito à Diversidade, promovido pela Prefeitura de Maringá, com o apoio do governo federal e do PNUD, ocorreu na semana passada, de 26 e 30 de junho. A iniciativa foi planejada para disseminar um conhecimento básico sobre o tratamento a crianças com deficiência, segundo a coordenadora do Departamento de Educação Inclusiva da Secretaria Municipal de Educação de Maringá, Ivone Yamanaka. “O seminário não capacita o professor a educar esse aluno, ele fica sabendo como tratá-lo”, afirma.
Apesar de ainda não garantir atendimento a todas as crianças com necessidades especiais, Maringá já avançou bastante no atendimento a elas, segundo Ivone. “Precisamos ainda complementar a estrutura física para atender esses alunos, mas quase todas escolas já têm acessibilidade e estamos realizando cursos de formação continuada em Libras [Língua Brasileira de Sinais] e em braile”, conta. De acordo com ela, 75 professores fizeram o treinamento para dar aula para surdos (Libras) nos últimos três anos, e a primeira turma do curso que capacita os educadores a dar aula para cegos, com 32 professores, se forma este ano.
A estrutura física das escolas e o quadro de professores da rede pública de Maringá têm atraído famílias com filhos deficientes de cidades próximas, segundo Ivone. “Algumas matriculam as crianças e muitas chegam a se mudar para cá”, diz. Ela conta que cerca de 10% (350) das crianças do município em idade escolar (educação infantil e fundamental) têm algum tipo de necessidade especial. Destes, 175 estão matriculados na rede pública de ensino: 115 têm deficiência mental, 36 visual e oito auditiva, além de 16 que apresentam condutas especiais, como bipolaridade e hiperatividade. (PrimaPagina)
Crédito: Ricardo Lopes / Prefeitura de Maringá