17/07/2015

Ensino de Biologia para pessoas com deficiência

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A Educação Especial, de certa forma ainda exclui o portador da deficiência da interação com a sociedade. Ao manter contato apenas com outros estudantes deficientes especiais, esses jovens têm a sua capacidade de aprender limitada, uma vez  que  os  profissionais  educadores  irão ter que  desenvolver  para  esses  jovens atividades de forma interativa que busque o desenvolvimento grupal, percebendo e trabalhando as limitações de todos esses jovens, presentes em uma só sala de aula.

A Educação Inclusiva é mais abrangente, consiste no processo de inclusão de pessoas portadoras de deficiências ou com dificuldades na aprendizagem na rede comum de ensino. A educação inclusiva busca tornar viável para todas as pessoas uma educação de qualidade, para que sejam vistas de forma igualitária, respeitando suas limitações (BRASIL, 2007).

A Inclusão nas escolas é um trabalho planejado de forma coletiva, mas deve ser realizado de forma singular por cada profissional que compõe tal instituição. A escola inclusiva merece destaque em relação às demais, tendo como objetivo fazer com que esses jovens atinjam o seu potencial máximo de aprendizagem.

Nessas escolas, os professores tornam-se cada vez mais próximos a esses alunos, conhecendo as suas dificuldades. Esses profissionais buscam formas interativas para a transmissão do conteúdo e contam com o apoio de outros profissionais como: intérpretes, instrutores de libras e psicólogos.

Ensinar biologia para alunos com deficiências especiais exige de todo corpo docente bastante agilidade para despertar a atenção do aluno e transmitir o conhecimento, uma vez que a biologia envolve imagens, símbolos e muita imaginação.

Assim, as deficiências não podem ser ignoradas, tendo o professor o papel de buscar formas que facilitem ou que tornem possível o aprendizado do aluno (SANTOS; MANGA, 2009).

 

DESENVOLVIMENTO

Ensinar biologia para alunos com deficiências especiais exige de todo corpo docente bastante agilidade para despertar a atenção do aluno e transmitir o conhecimento, uma vez que a biologia envolve imagens, símbolos e muita imaginação.

 

Assim, as deficiências não podem ser ignoradas, tendo o professor o papel de buscar formas que facilitem ou que tornem possível o aprendizado do aluno (SANTOS; MANGA, 2009).

O professor de Biologia deve tentar fugir um pouco das metodologias tradicionais, apenas com o uso do quadro, pincel e o livro didático. As aulas devem acontecer de forma atrativa, despertando no aluno o interesse em aprender.

As metodologias de ensino devem ser diferenciadas, com o uso de objetos, maquetes, áudios, etc. Esses jovens deficientes precisam adquirir através da Biologia respostas para acontecimentos do cotidiano.

As deficiências devem ser trabalhadas de formas diferentes, assim, para cada tipo de deficiência deve haver uma metodologia de ensino que facilite a aprendizagem dos alunos.

Essas dificuldades não podem ser vistas como “falta de capacidade”, elas precisam ser compreendidas, respeitando o limite e o tempo que cada um leva para aprender. Nesse contexto, se faz necessário que a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) e o sistema Braile sejam utilizados nas escolas para que a comunicação entre os alunos portadores seja facilitada.

A LIBRAS ainda não estão inseridas na matriz curricular em muitas instituições de ensino, não sendo reconhecida como disciplina, sendo vista como um simples meio de comunicação entre surdos.

Aspecto  importante  a  se  reportar  é  o  fato  dos  professores  não  serem habilitados em LIBRAS, fato que dificulta e empobrece a comunicação aluno/professor tão essencial. A Língua Brasileira de Sinais não é somente para mera comunicação entre professores e alunos, mas sim o que irá dar significado a todo o conteúdo ministrado, é o que defende Feltrini (2009).

Atualmente o Sistema Braile é utilizado em todo Brasil, várias escolas já aplicam esta técnica para o desenvolvimento da leitura e escrita entre seus alunos deficientes visuais tornando possível às pessoas cegas uma maior independência.

Nunes e Lomônaco (2010) defendem que a adequação de materiais em Braille garante que o jovem deficiente visual tenha acesso às mesmas informações que os outros alunos têm, não ficando em desvantagem.

 

CONCLUSÕES

O processo de inclusão de alunos com deficiência dentro da escola ainda é incipiente, necessitando de maior atenção e investimento por parte dos gestores para aquisição de materiais adequados, de novas tecnologias que auxiliem o ensino de Biologia, tentando promover a excelência da aprendizagem.

A metodologia desenvolvida nas aulas de Biologia ainda apresenta lacunas, principalmente, devido à falta de recursos pedagógicos especializados para esses alunos com necessidades especiais, o que faz com que o professor atue sempre à base do improviso.

Há a necessidade de cursos de capacitação e aprendizagem continuados, para os professores se tornarem aptos a lidar com os diversos tipos de alunos e suas necessidades especificas na busca de uma educação igualitária.

Dessa forma, conclui-se que a Educação Inclusiva ainda tem um longo caminho a percorrer e que todos nós, professores, somos responsáveis por tornar esse caminho mais tranquilo e menos tortuoso.

 

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Educação.  MEC/SEESP.  Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Documento elaborado pelo Grupo de Trabalho nomeado pela Portaria Ministerial nº 555, de 5 de junho de 2007, prorrogada pela Portaria nº 948, de 09 de outubro de 2007.

 

FELTRINI, G. M. Aplicação de Modelos Qualitativos à Educação de Surdos. Brasília, 2009.   221f.   Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciências) – Mestrado Profissionalizante em Ensino de Ciências, Universidade de Brasília. Brasília, 2009.

 

NUNES, S.; LOMÔNACO, J. F. B. O aluno cego: preconceitos e potencialidades. Revista semestral da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional, São Paulo, v. 14, n.1, p. 55-64, jan./jun. 2010.

 

 

SANTOS, C. R. dos; MANGA, V. P. B. B. Deficiência visual e ensino de Biologia: pressupostos inclusivos. Revista FACEVV, Vila Velha/ES, n. 3, p. 13-22, jul./dez. 2009.

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