28/05/2015

Escola baiana registra melhora no rendimento e na convivência

Redução da violência na escola, aumento do interesse dos estudantes pela aprendizagem, melhora significativa no rendimento escolar e na convivência entre os alunos e destes com os professores. Estes são alguns dos benefícios da educação integral no Colégio Estadual Helena Celestino Magalhães, na capital baiana.

Segundo o diretor da instituição, Perieldo Jesus de Barros, a educação integral também contribui para suprir a carência de lazer, cultura e acesso dos estudantes a tecnologias digitais. Ele também constata mais zelo pelo patrimônio da instituição e mais respeito aos professores. “Esses motivos fazem a educação integral ser bem aceita por pais e professores”, enfatiza Barros.

O colégio adotou a educação integral em 2008, quando aderiu ao programa Mais Educação. A partir de 2014, passou a ser oficialmente uma escola de educação integral da rede estadual de ensino da Bahia. “Essa modalidade foi adotada com o objetivo de alcançar a desejada qualidade de ensino, de buscar formas de melhorar o aprendizado do estudante e o seu desempenho nas avaliações”, explica o diretor. Ele cita ainda a vontade de promover a perspectiva de uma vida melhor para os alunos, fora dos perigos das ruas.

Barros tem 23 anos de magistério e quatro no cargo de diretor. A experiência como gestor escolar, entretanto, é de 13 anos. Com graduação em letras e pós-graduação em educação, ciência e contemporaneidade e em docência no ensino superior, ele faz curso de direito.

Oficinas — Os estudantes participam de atividades educativas de segunda a sexta-feira, em um total de sete a nove horas de aulas por dia. Eles permanecem na escola no decorrer do dia, com lanche de manhã e à tarde, além do almoço. Todos participam obrigatoriamente das oficinas previstas no currículo. Esporte e lazer (futsal e basquete), cultura e arte (dança, hip-hop, grafitagem e africanidades), uso de mídias e cultura digital (tecnologias digitais, vídeo e rádio) são as opções.

Ator, bailarino e coreógrafo, Vagner Jesus dos Santos ministra oficina de dança no horário matutino, em articulação com as disciplinas arte e linguagem artística. Há sete anos no exercício da atividade, ele percebe o interesse dos estudantes durante as aulas. “Eles participam com entusiasmo”, revela. Em sua visão, a educação integral proporciona muitos benefícios. Entre eles, o incentivo à participação dos alunos nas atividades lúdicas e pedagógicas, com êxito na integração social, a frequência assídua às aulas e o período por mais tempo na escola, com aprendizagens significativas.

Diálogo — Para a professora Márcia Regina da Silva Paim, é possível evidenciar a importância do diálogo e das parcerias entre a unidade escolar e a comunidade. “O diálogo auxilia na integração, na participação e no sentimento dos alunos em relação ao bairro, à escola e à comunidade, assim como o aumento do rendimento escolar em algumas situações”, salienta. De acordo com Márcia Regina, as estratégias de educação integral possibilitam experiências e discussões e a realização de atividades interdisciplinares, como feiras de ciências e matemática e a Feira das Nações Africanas, inseridas no calendário e no projeto político-pedagógico e social da escola, com aceitação dos estudantes.

“A partir da educação integral, houve o entrelaçamento com o programa Mais Educação nas áreas de cultura, informática e mídias, o que corrobora o sentido de criar oportunidade de desenvolvimento holístico de crianças e adolescentes”, enfatiza a professora. Isso, na opinião de Márcia Regina, favorece um ensino que contemple a integração professor, monitor e aluno pela diversidade, inclusão, acesso e permanência e sucesso do estudante dentro e fora do ambiente escolar.

Há 21 anos no magistério, Márcia Regina tem licenciatura em história e mestrado em história social. Ela leciona no Colégio Helena Celestino Magalhães há seis anos, de manhã e à tarde. Este ano, dá aulas a turmas do nono ano do ensino fundamental e dos três anos do ensino médio.

Fátima Schenini - MEC

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