31/05/2017

Impávido Colosso

Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante, Articulista, Colunista, Docente, Consultor de Projetos Educacionais e Gestão do Conhecimento na Educação – www.wolmer.pro.br

O Brasil tem passado por um momento de turbulência, mas vale lembrar que todo equilíbrio surge do caos, e as mudanças que advém do caos contribuirão para o equilíbrio e harmonia e vale ressaltar que toda crise também é sinônimo de oportunidade, temos nesta a oportunidade de revermos nossas ações e ensinarmos nossos filhos o valor da ética, coisa que falta em toda uma geração de políticos e inclusive em nós mesmos, pois a política só é um reflexo de seu povo.

            Contribuímos muito com a situação do país e sem falsa hipocrisia, pois precisamos tirar a máscara desta hipocrisia e colocar a mão a palmatória.

            Somos corruptos quando furamos filas de bancos fingindo estar grávida ou dizendo ter mais de 60 anos, ou até mesmo pegamos uma criança de colo para ir ao banco ou pedimos um idoso para ir para nós.

            Somos corruptos quando na faculdade respondemos a chamada para os “colegas” e/ou facilitamos a “cola”, pois afinal de contas, o importante é passar para o próximo período, custe o que custar.

            Somos corruptos quando crianças, ao brincarmos de pique esconde não fechamos corretamente os olhos e olhamos onde os “amiguinhos irão se esconder” ou fingimos não ver alguém só para pegarmos uma outra pessoa.

            Somos corruptos quando jogando bola e é nossa vez de ir ao gol, então deixamos passar um gol rápido para voltarmos a jogar em campo.

            E Somos ainda mais corruptos quando me coloco como educador sem dor na consciência por ter comprado um diploma ou ter passado em um concurso de cartas marcadas. Este é um dos piores corruptos e podem ser comparados com os políticos que lesam o sistema  deixando seu povo miserável.

            Obviamente se levarmos ao pé da letra, não existe mais ou menos corrupto, o que irá diferir será a consciência a nos cobrar. Tudo bem que uma criança só vê uma forma de brincar, mas se não for corrigida, fará qualquer coisa para alcançar o que lhe convém.

            E quanto a estes pseudo-edificadores, estes poderão vir a ser referências para as crianças, ou seja, teremos neste cidadão um contra-exemplo que talvez será um modelo para uma criança em formação.

            E assim vai acontecendo, um delito aqui, outro ali e a inversão de valores sendo a chave mestra para o falso moralista a bradar por mudanças esquecendo de sua participação com a atual conjuntura e se esquecendo também de fazer a sua própria mudança.

            Será que não representamos mais o impávido colosso? Passamos a ser medrosos e fragmentados pela corrupção?

            Independente a resposta, teremos na educação a pedra angular a sustentar nossa moral e ética, a nos cobrar por nossas próprias mudanças, pois Freire já afirmava que "Educação não transforma o mundo. Educação muda as pessoas. Pessoas transformam o mundo".

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