| Em cerimônia realizada na última quarta-feira (24/06) para o lançamento do software Mecdaisy, ferramenta que possibilita a produção de livros digitais falados para deficientes visuais, o ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou que o objetivo não é substituir o braille.
O programa, desenvolvido em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), tem como base o padrão Digital Accessible Information System e possibilita que alunos com capacidade de visão reduzida ou cegueira tenham acesso gratuito a livros e documentos. A tecnologia transforma texto escrito em áudio. “Algumas pessoas veem a tecnologia como uma ameaça, mas a alfabetização em braille vai continuar. O que temos é mais um parceiro. Quando se trata de educação inclusiva, temos que pensar em somar e multiplicar e não em subtrair e dividir”, declarou o ministro. Além do áudio, o software oferece a opção de impressão do material em braille. Mas o diferencial, de acordo com Haddad, são os recursos de navegabilidade que permitem anotações e marcações de texto a partir de movimentos de teclas de atalhos ou do mouse.
O Ministério da Educação (MEC) investiu R$ 680 mil na criação do programa. A pasta vai destinar ainda R$ 180 mil a cada um dos 55 centros de produção. A ideia é produzir os livros didáticos distribuídos às escolas em formato acessível para deficientes visuais. O material também vai integrar o Acervo Digital Acessível, espaço virtual criado pela Universidade de Brasília (UnB) para deficientes visuais. Segundo a secretária de Educação Especial do MEC, Cláudia Dutra, o material será distribuído para alunos da educação básica e ao ensino superior de todos os estados brasileiros. O novo programa pode ser acessado gratuitamente no endereço eletrônico www.intervox.nce.ufrj.br/mecdaisy e também no portal do Ministério da Educação. (Envolverde/Adital) |