Mentor IA Educação: Quando a Educação Ganha um Novo Cérebro (e Não Perde o Coração)
Por Wille Muriel – Diretor Executivo da Carta Consulta
Num tempo em que a inteligência artificial transforma o mundo ao redor, as instituições de ensino enfrentam um desafio silencioso, mas urgente: como integrar essa nova força de maneira ética, responsável e eficiente sem perder a essência do ensinar?
Foi então que surgiu o Mentor IA Educação — não como uma máquina, nem como um modismo, mas como um guia. Um processo cuidadosamente criado para conduzir as instituições rumo a uma nova era do conhecimento, onde humanos e inteligências artificiais trabalhariam juntos para elevar a educação a patamares antes inimagináveis.
O Mentor IA Educação não chega impondo mudanças. Ele começa com diálogo: uma palestra vibrante, que mostra a todos — professores, coordenadores, gestores — o verdadeiro poder da IA aplicada à educação.
Depois, como todo bom mentor, ele oferece um plano de ação claro e seguro:
- Orienta as instituições a identificar as primeiras disciplinas que recebem a IA, respeitando o ritmo e a cultura de cada curso.
- Propõe um Protocolo de IA, um verdadeiro código de honra, que estabelece as regras éticas, as responsabilidades e os limites para o uso da tecnologia no aprendizado.
- Conduz o desenvolvimento de até três disciplinas por mês, trabalhando lado a lado com os docentes, ajudando-os a desenhar experiências de aprendizagem que unem tradição e inovação.
Mas o Mentor IA sabe que transformação verdadeira não se faz em silêncio. Por isso, promove reuniões coletivas todos os meses — encontros de mente aberta, onde todas as instituições compartilham descobertas, dúvidas e vitórias. E quem não pode estar ao vivo, tem sempre o acesso às gravações no ambiente virtual.
Além disso, o Mentor não deixa ninguém para trás:
- Atendimentos personalizados são realizados, garantindo que cada disciplina receba o suporte de especialistas que conhecem o projeto por dentro.
- Alunos também são acolhidos, recebendo apoio para tirar dúvidas sobre seus novos assistentes virtuais.
E então, veio o grande salto.
A partir dessa jornada, nasceu o Assistente do Professor Mário Ferrari — uma IA que estudou o projeto pedagógico do curso, o plano de ensino que ele criou para a sua disciplina, todas as referências bibliográficas e se estabeleceu como um orientador personalizado para cada aluno. O primeiro protótipo foi testado quando o Professor utilizou um assistente para guiar alunos da disciplina de Cirurgia de Cabeça e Pescoço durante 24 horas por dia. O sucesso foi tão significativo que o Assistente foi implantado na Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço.
E o que mantém tudo isso seguro, eficiente e ético? O Protocolo de IA — um conjunto de regras vivas, pensadas para garantir que a IA opere com respeito, segurança e clareza, seja na comunicação entre sistemas, seja no atendimento direto aos alunos.
O Mentor IA Educação não era apenas uma inovação pela aplicação de IA como assistentes de conteúdo. É a personificação de um novo tempo — onde educadores e tecnologia caminham juntos, preparando alunos não apenas para o mercado, mas para um mundo em constante evolução. É um projeto de implantação de uma tecnologia que pode transformar a aprendizagem, percorrendo o caminho certo, ou seja, sempre a partir da curadoria e liderança de professores-educadores, humanos capazes de imaginar o futuro e personalizar o ritmo e a forma de aprender de cada estudante, criar processos, orientar tecnologias e avaliar conteúdos selecionados que oferecem serviços educacionais inimagináveis.
Então nada melhor do que saber do próprio Professor Mário Ferrari (e não do seu Assistente de IA), como foi o processo de desenvolvimento do Mentor IA Educação como projeto e como pode ser implantado em todas as IES do Brasil.
- O que motivou você a ser o primeiro a testar o Mentor IA Educação numa disciplina tão complexa como Cirurgia de Cabeça e Pescoço?
O processo de ensino-aprendizagem mudou junto com as mudanças dessa nova geração de estudantes. São totalmente conectados e querem aprender segundo suas necessidades individuais. Levando isso em conta busquei criar um mecanismo adaptativo de apoio ao aluno que estivesse disponível 24 horas 7 dias por semana para que ele pudesse estudar ou tirar dúvidas quando, como e aonde quisesse.
- Como seus alunos reagiram ao terem um assistente virtual que conhece o plano de ensino melhor que muitos veteranos? Foi incrível! Eles se sentiram muito valorizados ao perceberem que o assistente foi criado de forma personalizada para cada um deles e dominava todo o conteúdo do plano de ensino.
- Na prática, como o Mentor IA Educação ajudou a preservar a essência do ensino médico enquanto introduzia a inteligência artificial na rotina acadêmica? A grande vantagem do Mentor IA é que essa ferramenta age como um orientador e não um “respondedor de perguntas”. Ele estimula o raciocínio do estudante para que ele chegue na resposta por meio de suas reflexões, dessa forma, o aprendizado é potencializado ao invés de torna-lo superficial ao responder dúvidas somente.
- Houve algum momento em que você pensou: “Agora entendi o verdadeiro potencial da IA na educação”? Como foi?
O grande desafio atual da sala de aula é tornar o mesmo conteúdo acessível de diversas maneiras para uma grande quantidade de alunos, visto que cada um aprende melhor de uma determinada forma. Entendo que o ideal nesse processo seria o retorno ao ensino Socrático, no qual ensinamos um a um. Ao perceber que a inteligência artificial poderia proporcionar esse contexto novamente percebi realmente que estávamos em frente a uma possibilidade incrível de atender cada um de nossos estudantes como persona única aumentando exponencialmente o aprendizado.
- O que você diria a professores que ainda veem a IA como uma ameaça à autonomia docente ou à qualidade do ensino.
A inteligência artificial não é futuro, já faz parte do nosso dia-dia, a possibilidade de darmos um atendimento diferenciado aos alunos por meio de assistentes inteligentes irá certamente aumentar cada vez mais a qualidade de ensino.
A capacidade crítica de avaliar conteúdos e estratégias é uma característica inerente aos humanos. A Inteligência artificial será seu melhor auxiliar, mas jamais será o Professor.
Com produção científica relevante e contínua e a liderança de grupos de pesquisa em sua área de conhecimento, o Professor Mário Ferrari conquistou o maior nível de autonomia e reconhecimento da carreira universitária: a titulação de livre-docente pela Universidade de São Paulo (USP). Em função da sua atuação no desenvolvimento de inteligências artificiais para a área educacional foi convidado para liderar a área de IA na Carta Consulta, uma das mais respeitadas empresas de projetos educacionais do país.
Contatos pelo site www.cartaconsulta.com.br