02/04/2020

Neurociência Aplicada a Educação

Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante e Docente – www.wolmer.pro.br

 

            A educação em nossa contemporaneidade conta com vários recursos para auxiliar no processo ensino-aprendizagem  e temos na neurociência uma forma de entender como este o processo ocorre, visto que a neurociência de acordo com o portal neurosaber consiste no estudo do sistema nervoso e suas funcionalidades[1].

            O portal esclarece que a neurociência abrange muitas áreas do conhecimento, bem como: Neuropsicologia, Neurociência cognitiva, Neurociência comportamental, Neuroanatomia e Neurofisiologia.

            A neurociência nos dá subsídios para melhor entendimento de como funciona o nosso cérebro, dando-nos oportunidade de fazer um mapeamento de como ele assimila o conhecimento, possibilitando-nos explicitar para nossos educandos a melhor maneira que ele poderá entender o conteúdo ministrado, fazendo uso de todos estímulos disponíveis para que esta assimilação seja efetivada na mais tenra idade.

            Este auxilio da neurociência à educação elucida como as crianças aprendem e os diversos estímulos auxiliando o educador a ensinar de forma correta os conteúdos para melhor assimilação das crianças.

            A neurociência é uma forma de otimizar o potencial do educando, assim sendo, ela contribui na pedagogia com embasamento científico para melhor compreensão do processo ensino-aprendizagem do educando.

            De acordo com Relvas em seu vídeo sobre Neurociência na Aprendizagem Escolar[2], o cérebro que aprende é baseado em um entendimento estrutural, funcional e patológico do comportamento humano que está ligado a sentimentos e sensações como memória, humor, atenção, sono e comportamento em geral, além de que a neurociência tem um olhar de inclusão.

            Carvalho em seu artigo Neurociências e educação: uma articulação necessária na formação docente publicado pela Trab. educ. saúde (Online) em 2010[3], cita Ratei (2001) para explicar a importância em se aprender tudo o que for possível sobre o cérebro, pois quando se tem conhecimento desta anatomia, nos tornamos mais ativos e responsáveis pela maximização de nossas potencialidades e em contrapartida pela minimização de nossas fraquezas, o que nos preparar para participar do processo de construção do saber e do mundo.

            Souza e Alves no artigo intitulado A neurociência na formação dos educadores e sua contribuição no processo de aprendizagem. Rev. psicopedag[4], publicado em 2017, ressaltam que a educação foca o aprendizado do aluno, fazendo com que esta aprendizagem seja significativa e efetivada.

            Os autores fundamentam suas falas em Freire, no seu livro Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários à Prática Educativa, publicado pela Paz e Terra em 2008. Para os autores, este ícone da educação é enfático ao esclarecer que o educador é um profissional da aprendizagem, ou seja, um organizador e estimulador da aquisição do conhecimento e não pode ser visto como uma máquina reprodutiva instrucionista.

            Os autores ainda complementam na fala de Freire que o educador precisa encontrar novos métodos de ensino centrado na aprendizagem do educando, de forma a provocar no aluno aprendizagem significativa, habilidades de pensamento reflexivo e critico.

 

[1] Para mais informações vide https://neurosaber.com.br/o-que-e-neurociencia/

[2] Para mais informações vide https://www.youtube.com/watch?v=M5F2S5D5CDE

[3] Para mais informações vide CARVALHO, Fernanda Antoniolo Hammes de. Neurociências e educação: uma articulação necessária na formação docente. Trab. educ. saúde (Online),  Rio de Janeiro ,  v. 8, n. 3, p. 537-550,  nov.  2010 .   Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1981-77462010000300012&lng=pt&nrm=iso>. acessos em  01  abr.  2020.  https://doi.org/10.1590/S1981-77462010000300012.

[4] Para mais informações vide SOUSA, Anne Madeliny Oliveira Pereira de; ALVES, Ricardo Rilton Nogueira. A neurociência na formação dos educadores e sua contribuição no processo de aprendizagem. Rev. psicopedag.,  São Paulo ,  v. 34, n. 105, p. 320-331,   2017 .   Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84862017000300009&lng=pt&nrm=iso>. acessos em  01  abr.  2020.

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