13/12/2017

O Debate Bizantino da Educação Pública

Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante, Articulista, Colunista, Docente, Consultor de Projetos Educacionais e Gestão do Conhecimento na Educação – www.wolmer.pro.br

 

            É sabido que educação é investimento a longo prazo, logo, a mesma passa a ser uma área difícil de se investir pelos politiqueiros de plantão, pois eles sabem que não terão respostas imediatas, e se assim fosse, eles estão cientes de que seria o mesmo que "dar um tiro no próprio pé", ou seja, uma pessoa esclarecida e com alto grau de discernimento, sabe em quem não votar, isto é, povo esclarecido é divergente de governo manipulador.

            E este tem sido o grande problema da educação pública e um dos motivos da mesma ser tão medíocre a ponto de idiotizar seus alunos, e também o motivo do sistema querer calar seus docentes com discursos como "escola sem partido" ou outras estultices como a Reforma do Segundo Grau.

            Peguemos como exemplo o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) de 2016. De acordo com a Folha de São Paulo “somente 1 em cada 10 escolas da elite nacional do Enem é da rede pública” e esclarece que estes 10% são formados por instituições federais, técnicas ou de aplicação como o caso do Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Viçosa (MG) que teve a maior média entre as públicas.

            As piores notas foram da rede estadual e com índice sócioeconômico entre baixo e muito baixo, ou seja, justamente onde as pessoas mais precisam obter boas notas para uma melhor perspectiva de vida, é que não conseguem o mínimo desejável.

            O sistema falho e corrupto não trabalha com equidade, e sim com a segregação. Assim sendo, pode-se perceber que as ações para melhoria de nossa educação pública tem sido a comprovação de verdadeiros debates bizantinos, que segundo revista Aventuras na História, Dezembro de 2017 esclarece que o debate bizantino é uma discussão que não leva a lugar nenhum.

            Assim tem-se estruturado a nossa educação pública, com debates bizantinos, falácias e inversões de valores.

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