O Golpe do Lobo sem Dente
Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante e Docente – www.wolmer.pro.br
Currículo Lattes http://lattes.cnpq.br/9745921265767806
Existe um ditado romeno que diz o seguinte: “o lobo pode perder os dentes, porém sua natureza jamais”, e assim tem sido a nossa conjuntura política, com representantes do povo vistos como verdadeiros lobos velhos.
O poder do lobo está também em sua alcateia, pois eles se protegem e assim tem sido com nossos parlamentares com a PEC da Anistia, PEC da Blindagem dentre outras que favoreçam a causa própria.
Sendo o senado e a câmara dos deputados representados em sua maioria por políticos de más índoles, a população se encontra completamente vulnerável as suas ações nefastas que subtraem qualquer demanda que atenda aos menos privilegiados.
Uma forma de banirmos estes lobos é por meio da democracia que sofre constante ameaça com impeachment, manipulação da máquina do Estado e em concomitância, várias tentativas de golpe.
Apesar de nossa Constituição Federal resguardar a democracia, ela tem sido ignorada por nossos políticos, principalmente no quesito que todo poder emana do povo. E isso está contido no único do artigo 1º da Constituição, que traduz, no texto constitucional, o princípio democrático, que é o que legitima o poder estatal no Estado democrático de direito.
É sabido que princípio democrático assenta-se na soberania, soberania quase perdida se o governo cedesse às chantagens impostas pelos Estados Unidos da América, apesar da pressão realizada por parlamentares que se dizem patriotas, mas que vendem o seu país ou querem vê-lo apenas como um quintal estadunidense reforçando a teoria neocolonialista e o complexo de vira-lata, expressão essa cunhada pelo dramaturgo e escritor Nelson Rodrigues, ressaltando a inferioridade em que o brasileiro se coloca.
Será por meio da educação que acabaremos com as alcateias e descobriremos que lobos não são vegetarianos, como elucidado por Fernando Matavale ao contar a história de que “o lobo vivia entre o rebanho das ovelhas, mas as comia todos anos e em cada 4 anos quando se aproximavam as eleições, o lobo saia diante das ovelhas dizendo que virou vegetariano e as ovelhas sempre acreditavam e votavam sempre no lobo e até hoje as ovelhas pensam que é o pastor que as come quando tenta tirar o lobo do rebanho”.
Não podemos mais deixar que lobos tomem conta do Congresso e tampouco sejam nossos representantes, pois já afirmava o escritor francês Victor Hugo: “quem poupa o lobo sacrifica a ovelha”.
O povo brasileiro não pode permitir mais uma educação docilizadora, isso porque todo ato de educar é um ato subversivo, visto que a subversão implica em contestar a realidade estabelecida e nela atuar para transformá-la, e isso porque subverter é oferecer discernimento para que a pessoa possa enxergar o que está por trás do natural ou dentro da normalidade e assim agir para desmontar ou deslocar essas estruturas.