23/11/2016

O Verbo Carpinejar e a Educação

Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante, Articulista, Colunista, Docente, Consultor de Projetos Educacionais e Gestão do Conhecimento na Educação – www.wolmer.pro.br

 

             No dia 21 de novembro de 2016 fui agraciado em um “bate papo informal” com um grande escritor de notoriedade nacional e que serve de inspiração para nós escritores e também pessoas comuns.

            Fabricio Carpinejar é um cronista que não apenas escreve, mas imprime sua alma nas letras singelas letras do seu teclado. O que ele escreve, nos faz perceber o cotidiano e nos remete também a um saudoso passado de um tempo que não foi vivido por muitos.

            Eu, escrevo sobre educação, porque vivo educação e sei de suas feridas e sinto os dedos apontando e apertando-as.

            Escrevemos coisas distintas e ao mesmo tempo coerentes, pois o que eu percebi em sua esclarecedora conversa, reforçou o que eu publiquei no dia 03 de novembro de 2015 pela Revista Gestão Universitária. A obra intitulada foi Leitura e Protagonismo  é encontrada em http://www.gestaouniversitaria.com.br/artigos/leitura-e-protagonismo e deu base para uma palestra de mesmo título.

            Fabrício Carpinejar mostrou para os entendedores que quem não lê não escreve e indiretamente ressaltou a fala de Freire quando aduz que a leitura do mundo precede a leitura da palavra. As crônicas de Carpinejar representam a leitura do mundo, um mundo que muitos jovens se excluem por preguiça de ler, por preguiça de pensar ou por não serem preparados para pensar.

            Esta falta de preparo foi demonstrada nos 168% de redações inválidas no ENEM entre 2009 e 2011, isso porque temos um país em que seus habitantes leem apenas 1,3 livro por ano e Fabrício Carpinejar mostrou de forma brilhante que ler foi de suma importância para se chegar onde chegou, para atingir o seu status quo tornando-se este autor referência.

            Imaginei no momento dessa conversa a sala cheia de alunos de escolas públicas, todos em silêncio, degustando sabores e alguns dissabores de suas falas, pois na culinária, em alguns pratos, gostos diferenciados são colocados juntos, e as vezes, um realça o sabor do outro e assim deve ser a nossa educação.

            Para uma educação de qualidade, deve-se trabalhar certas dicotomias e polemizar situações que leve o aluno a um questionamento cognoscente, ou seja, a ser criticado e encontrar argumentos para a defesa de suas idéias, mas jamais para convencer o outro de suas verdades.

            A leitura continuará sendo o forte elo para que o educando possa escrever uma obra ou expor suas idéias de forma inteligível, explicitando seus pensamentos e encontrando pessoas com mesmos idéias para um país mais sério e menos alienado.

            O encontro do dia 21 de novembro de 2016 me remeteu a um tempo passado em que eu aprendia a conjugação verbal no modo indicativo e foi que percebi que não aprendi o verbo Carpinejar.

 

 

 

Este conteúdo foi produzido pelo Sistema Jornal do Commercio de Comunicação. Para compartilhar, use o link http://noticias.ne10.uol.com.br/educacao//noticia/2016/11/22/professores-da-ufpe-vao-protestar-contra-pec-55-em-brasilia-649004.phpEste conteúdo foi produzido pelo Sistema Jornal do Commercio de Comunicação. Para compartilhar, use o link http://noticias.ne10.uol.com.br/educacao//noticia/2016/11/22/professores-da-ufpe-vao-protestar-contra-pec-55-em-brasilia-649004.php

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