10/04/2024

Pedagogia da Equidade

Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante e Docente

Currículo Lattes http://lattes.cnpq.br/9745921265767806

www.wolmer.pro.br

 

Como visto no livro Educação uma questão a política, publicado em 2022 pela Ícone, equidade diferencia de igualdade, pois na equidade cabe apreciar, julgar com retidão, imparcialidade, justiça e igualdade, que é baseada no princípio da universalidade onde as pessoas têm os mesmos direitos e que estes são regidos pelas mesmas regras, em contrapartida, a equidade pontua uma diferenciação entre oportunidades, explicitando que não somos todos iguais e faz-se mister encontrar um ajuste para este desiquilíbrio social.

Com a mesma forma de pensamento, a Pedagogia da equidade, reconhece a pluralidade de seus alunos e em concomitância a sua peculiaridade, partindo assim a adequação ao desenvolvimento individual, respeitando de certa maneira as especificidades de cada educando.

Para Garcia e Michels, no artigo intitulado Educação e Inclusão: equidade e aprendizagem como estratégias do capital, publicado pela Educação & Realidade em 2021[1]; a equidade tem uma forte relação com discurso político ligado à justiça social buscando respeito às diferenças e o reconhecimento da diversidade, tendo como a educação uma ação transformadora para a redução da pobreza.

Ribeiro, Bonamino e Martinic, no artigo intitulado Educação e Inclusão: equidade e aprendizagem como estratégias do capital, publicado pela Educação & Realidade em 2020[2], elucidam que a equidade é um princípio de justiça de forma a garantir determinada distribuição do conhecimento que fará diferença para o contexto em que o aluno se encontra inserido.

Segundo aos autores supracitados, este conhecimento deve remeter a noção de justiça e por meio da pedagogia da equidade, na instituição educacional deve ser proposta a possibilidade de discriminação positiva, divergindo da tendência da reprodução da desigualdade.

A pedagogia da equidade é voltada para o protagonismo cognoscente, fazendo o educando perceber o quão é gritante as diferenças sociais e que o próprio sistema é que gera essas diferenças, por meio da falta de oportunidade, falta de política pública e principalmente interesse político, já que as pessoas alienadas servem como adubos para a seara desta elite manipuladora.

 

[1] GARCIA, R. M. C.; MICHELS, M. H.. Educação e Inclusão: equidade e aprendizagem como estratégias do capital. Educação & Realidade, v. 46, n. 3, p. e116974, 2021.

[2] RIBEIRO, Vanda Mendes; BONAMINO, Alicia; MARTINIC, Sergio. Implementação de Políticas Educacionais e Equidade: Regulação e Mediação. Cad. Pesqui., São Paulo, v. 50, n. 177, p. 698-717, jul./set. 2020.

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