15/08/2014

Pesquisa confirma benefícios do plantio direto

Plantio

Sistema proporciona maior conservação do solo e água, além de aumentar produtividade das culturas e facilitar a semeadura

 

Os resultados de 30 anos de pesquisa sobre dois sistemas de manejo utilizados no Brasil estão disponíveis na publicação 'Sistemas de preparo do solo: trinta anos de pesquisas na Embrapa Soja', a ser lançada durante a abertura da Reunião de Pesquisa de Soja, realizada nesta quinta (14) e sexta-feira (15), em Londrina (PR).

Nos anos 1970 e 80, os agricultores brasileiros majoritariamente adotavam o sistema convencional de preparo de solo - que é caracterizado por intenso revolvimento do solo - o que favorecia a erosão. No Paraná, por exemplo, a perda média de solo por erosão em áreas manejadas sob sistema convencional era estimada em quase 20 t hectare por ano.

"O solo erodido de áreas de lavoura acumula-se nos mananciais superficiais de água, assoreando-os. A água e o solo perdidos por erosão carregam consigo nutrientes que, além de resultar em prejuízos financeiros ao produtor, constituem-se em importantes poluentes da água", explica o pesquisador Henrique Debiasi.

O sistema plantio direto, por outro lado, mostra-se ambientalmente mais sustentável. Atualmente estima-se ser adotado em 75% da área ocupada por lavouras anuais de grãos no Brasil. A tecnologia é baseada na implantação das culturas sem preparo prévio do solo, sobre os restos culturais da lavoura anterior.

O sistema também prevê a cobertura permanente do solo e na diversificação de culturas. Por isso, o plantio direto tem proporcionado maior conservação do solo e da água, manutenção da biodiversidade do solo, aumentado a produtividade das culturas e facilitado os processos de semeadura e de tratos culturais.

Na safra passada, o Brasil produziu aproximadamente 85 milhões de toneladas de soja em 27 milhões de hectares. O que significa dizer que a produtividade brasileira dobrou nos últimos 40 anos, saltando de 1 mil 500 kg/ha (década de 1970) para 3 mil kg/ha (safra 2012/2013). Este salto produtivo se deve a um conjunto de tecnologias que envolve, por exemplo, o desenvolvimento de cultivares adaptadas e também o manejo e conservação do solo.

Fonte: Embrapa 

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