25/07/2014

Poesia ajuda a superar desafios da escrita em escola de Cubatão

Alunos1

A poesia foi o recurso adotado pela professora paulista Milene Pinheiro para enfrentar desafios de aprendizagem não superados pelos alunos da Unidade Municipal de Ensino João Ramalho, em Cubatão, São Paulo. Para ajudar os estudantes do quarto ano do ensino fundamental que faziam recuperação paralela, em razão de dificuldades relacionadas ao processo inicial de alfabetização, Milene optou pelo limerique, estilo de poesia difundida no Brasil pela escritora russa Tatiana Belinky [1919-2013].

Com o projeto Oficina de Limeriques, desenvolvido de março a junho de 2012, a professora reforçou o trabalho com os alunos da turma de recuperação e também da turma regular do segundo ano do ensino fundamental. Nesse período, os estudantes aprenderam a escrever poemas com cinco versos, com a mesma rima na primeira, segunda e quinta linhas e outra na terceira e na quarta.

As dificuldades na escrita não impediram os alunos de produzir os próprios poemas. “Eles foram aprendendo esse estilo de escrever, engraçado, rimado e, ao mesmo tempo, desafiador, por exigir controle das palavras de cada verso, com contagem de sílabas poéticas”, diz a professora. Como incentivo, ela inscreveu os alunos das duas turmas em um concurso regional de poesias. A escola concorreu com 12 alunos, oito deles da turma de recuperação paralela. “Embora nenhum deles tenha vencido, esse tipo de reconhecimento foi muito importante para a autoestima de todos”, diz Milene.

O projeto foi concluído com a realização de um sarau na escola. O evento teve leitura de poemas autorais e de escritores como o inglês Edward Lear [1812-1888] e a paulista Viviane Veiga Távora, idealizadora do Prêmio Tatiana Belinky de Limeriques.

Com o sucesso do projeto, Milene continuou a desenvolvê-lo. Este ano, com alunos do segundo ano. “Eles puderam se expressar através da escrita e leitura de poemas, além de observar algumas normas e fazer uso delas, como a identificação e seleção de rimas, perfeitas e imperfeitas.”

Pedagoga com pós-graduação em alfabetização e letramento, há 11 anos no magistério, Milene também é, em Cubatão, professora na Unidade Municipal de Ensino Estado do Espírito Santo.

Fátima Schenini

Saiba mais no Jornal do Professor e no blogue da professora Milene Pinheiro

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