Redes sociais e os jovens: Existem limites?
Desde a popularização da internet, que começou nos anos 90, o relacionamento entre as pessoas têm mudado. Por meio de exposição de fotos, textos, músicas e vídeos a comunicação foi facilitada em muitos níveis. Hoje não só é possível, como totalmente necessário e indispensável, conversar em tempo real com outras pessoas, por texto ou vídeo ou som.
Essa intensa facilitação possibilitou mais encontros de amizade, namoro e contatos profissionais. Houve, de certa maneira, um aprofundamento das relações, pois nos foi permitida a criação de um “diário compartilhado” de nossa vida e experiências diárias. Podendo conectar as pessoas com gostos semelhantes através das postagens.
Os que mais tiram proveito da tecnologia, com certeza, são os mais jovens. Os adolescente brasileiros estão passando cada dia mais tempo conectados nos dispositivos móveis. Segundo uma pesquisa realizada em 10 países pela Amdocs, 64% dos jovens entre 15 e 18 anos checam as redes sociais assim que acordam. Foram entrevistados cerca de 4.250 jovens, e no país 55% disseram que os smartphones os deixam mais espertos e legais. A mesma pesquisa apontou que por aqui somos os maiores usuários do Facebook, 94% utiliza a rede social.
Os dados revelam que o aparelho se tornou uma extensão do corpo do jovem, que já não consegue imaginar como seria uma vida em que não existisse essa tecnologia. Na entrevista para a pesquisa, a Amdocs questionou os jovens se sentiam solitários quando ficavam sem internet, e 68% respondeu que sim.
Um alerta aos pais
Esse acesso rápido dos jovens ao universo das redes sociais e tecnologia também pode ser algo problemático. Pois, a capacidade de mexer em diversos tipos de aparelhos, redes sociais e outras tecnologias não quer dizer que crianças e jovens possuem o discernimento e maturidade necessárias para lidar com determinadas situações.
Por isso que os pais devem se manter sempre por perto, conversar com seus filhos sobre os conteúdos que acessam, as postagens que fazem e os compartilhamentos. Ao contrário dos adultos, os jovens têm muito mais facilidade de revelar informações pessoais e se preocupam menos com configurações de privacidade, o que aumenta sua vulnerabilidade.
Apesar de não ser completamente comprovado, é unanimidade entre os profissionais de psicologia que, o uso desregrado da tecnologia, em especial redes sociais, estão relacionados a pior rendimento escolar, conflitos mais frequentes com os pais e transtornos de ordem psicológica. Os jovens podem experimentar o chamado isolamento social que acontece quando se passa muito tempo conectado em uma vida online e se exclui o convívio social.