19/09/2014

Seminário discute estratégias para internacionalização das universidades

Acontece, nos dias 18 e 19 de setembro, na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), o Seminário Brasil-Alemanha - Estratégias de Parcerias para Internacionalização das Universidades. Durante a abertura, na tarde desta quinta-feira, 18, o presidente da Capes, Jorge Almeida Guimarães, falou sobre a importância do tema. “É preciso que as instituições de ensino superior brasileiras realizem parcerias para atingirmos o patamar da internacionalização. Um ponto de partida pode ser pela pós-graduação. É possível identificar programas com padrão próximo ao de instituições internacionais e fazer com que os acordos se estendam para toda a universidade. Podemos ainda aproveitar as experiências de estudantes que participaram de programas de mobilidade acadêmica. Temos um longo tempo de cooperação com diversos países – sobretudo com a Alemanha – e podemos estimular para que nossas universidades também as desenvolvam.”

 

A secretária-geral do Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico (DAAD), Dorothea Rüland, elogiou a parceria com o Brasil. “Os projetos apoiados trazem benefícios para os dois lados. Porém, temos que acompanhar as mudanças. As atividades internacionais não se concentram mais apenas em indivíduos, têm expandido para as universidades e para o país. A visão sobre as parcerias também tem mudado: atualmente, instituições têm preferido qualidade à quantidade. São feitos menos acordos, porém mais estratégicos, com mais proximidade. As experiências vividas em programas já existentes têm preparado as universidades para firmar acordos de cooperação em um novo nível, ainda mais elevado.”

Parceria Antiga
A tradicional relação com a Alemanha foi levantada pelo secretário nacional de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Álvaro Prata. “É bom começarmos essa discussão com a Alemanha, um parceiro antigo em programas como o Probral e o Unibral. Tenho certeza que as novas iniciativas de cooperação discutidas aqui serão expandidas para outros países.”

Finalizando a mesa de abertura, Thomas Schröder, conselheiro do BMBF (German Federal Ministry for Education and Research), disse que a questão da internacionalização é antiga. “É tão antiga quanto a ciência, afinal não dá para imaginar a ciência sem internacionalização. Porém, as novas formas de internacionalizar geram novas implicações. E isso que iremos debater aqui.”

 

Mesa-redonda
Iniciando os debates, representantes de universidades brasileiras, Robert Evan Verhine (UFBA) e Leandro Tessler (Unicamp), e alemãs, Sybille Reichert (Universität Erlangen-Nürnberg) e Stephan Ludwig (University of Münster), apresentaram casos de suas instituições relacionados ao tema da internacionalização. A mesa foi moderada pela diretora de Relações Internacionais da Capes, Denise de Menezes Neddermeyer. “Essa é uma excelente oportunidade para apresentar novas perspectivas de parcerias que envolvem a questão da internacionalização de nossas universidades. Estamos dando um passo à frente para que as IES brasileiras se desenvolvam nessa questão. O desafio existe e precisamos avançar.”

Na programação ainda estão previstas apresentações de modelos já existentes de parcerias entre Brasil e Alemanha, formação de grupos de trabalho para debate de temas relacionados e apresentação dos resultados.

Natália Morato - CAPES/MEC

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