24/06/2019

Síndrome de Poliana

Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante, Articulista, Colunista, Docente, Consultor de Projetos Educacionais e Gestão do Conhecimento na Educação – www.wolmer.pro.br

 

            Como é dito no livro de minha autoria, intitulado Educação um Ato Político, publicado pela Autêntica em 2019, a educação deve ser libertadora, assim sendo, a escola tem a missão de seu corpo docente e suas práticas educativas, preparar o corpo discente para a compreensão da totalidade social a qual as pessoas se encontram inseridas, isso implica em politizar seus alunos.

Não existe uma vida social que não passe pelo viés da política, assim sendo, as falas de Ribeiro em seu livro Política: quem manda, por que manda e como manda, publicado pela Nova Fronteira em 1998, esclarecem que quem “não liga para a Política” está sendo um político conservador que.não vê necessidade de mudanças.

As mudanças fazem parte de nossas vidas e umas nos ajudam a crescer como cidadão, dito isso, precisamos também enxergar que mudanças devem ser acompanhadas e monitoradas, principalmente quando coloca em risco toda uma nação.

Assim tem sido as mudanças impostas pelo governo e que muitos por uma simples síndrome de Poliana, não conseguem enxergar o quão nefastas podem ser tais mudanças para a sociedade, principalmente na parte da educação, já que educação tem o seu retorno a longo prazo.

A reforma da previdência é outro exemplo que tende a empobrecer ainda mais a classe trabalhadora, e o rombo, é sabido que não está na previdência, e sim, no mau uso do dinheiro público, corrupções, sonegações em relação à Receita Federal dentre outros esquemas sujos como compra de votos para aprovar um projeto aqui outro acolá.

Estamos beirando a um autoritarismo camuflado, com perseguições, e retaliações. Vale lembrar de acordo com Aranha em seu livro História da Educação, publicado pela Moderna em 2000, que nos 20 anos de ditadura militar foram anos obscuros em a nossa vida cultural, impondo o silêncio aos intelectuais e artistas e intimidando professores e alunos.

Nosso governo tem se mostrado autoritário, que segundo Souza em seu livro Introdução a Sociologia da Educação, publicado pela Autêntica em 2007, esclarece que em um governo autoritário, as ações são realizadas com os princípios estabelecidos por ele próprio ou apenas do grupo social que lhe dá sustentação política. Será que as pessoas não enxergam este autoritarismo?

O problema é que a atual conjuntura tem gerado uma intolerância política. As pessoas não conseguem ouvir críticas ao governo e quando ouvem, demonstram que os fins justificam os meios ignorando até mesmo a ética, palavra esta que foi carro chefe nas eleições.

Enfim, na política temos que esquecer o polianismo e perceber que as coisas podem piorar muito mais se assim continuar, principalmente na pasta de educação, com a tal desculpa da doutrinação política e/ou doutrinação de gênero, o governo simplesmente idiotiza toda uma geração.

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