Subversão das ordens discursivas: Um breve olhar nas posições de Jaques Derrida.

Jaques Derrida foi um filósofo francês, que iniciou os estudos sobre a desconstrução em filosofia. Essas investigações “desconstrucionistas” deveriam ser compreendidas tecnicamente como “Intucionismo” e “Construcionismo”. O texto POSIÇÕES apresenta três entrevistas a respeito dos trabalhos de Derrida, A principio, o texto posições, desenha o modo de como é organizado a construção dos seus livros. A partir do “deslocamento de um problema que forma certamente um sistema” (2001, p. 09) e explica o tipo de sistema permeados em seus livros, afirmando que eles “formam um certo sistema, aberto- em algum lugar – a algum recurso indecidível que o coloca em movimento, mas antes como deslocamento e como deslocamento de uma questão” (2001, p. 09). Como se pode perceber, segundo Derrida, o seus livros possibilita o deslocamento de uma problemática, mas, como essa problemática é deslocada? Sob quais condições ela se desloca? Porque ela é deslocada? Deleuze no livro “A lógica do Sentido”, ao argumentar sobre as condições de uma estrutura e mostrar que os elementos desta “está sempre deslocado com relação a si mesmo, de estar fora do seu próprio lugar, de sua própria identidade, de sua própria semelhança de seu próprio equilíbrio” (2009).Mostra tópicos que ajudam a responder tais questionamentos, então, Partindo, dos princípios deleuziano, pode-se refletir que os elementos de um determinado problema encontram-se em pleno desequilíbrio, fora do seu lugar, ao passo que, essas cadeias procuram um “equilíbrio”, consequentemente formam o sistema, então, em hipótese, essa seria a forma e as condições pelas quais o problema se desloca, constitui um sistema na tentativa de atender, “as necessidades dos espaços em brancos” (DERRIDA, 2001, p.09). Esse processo é aquilo que Derrida argumenta como “[...] a algum recurso indecidível que o coloca em movimento” (2001, p.09). Isso implica dizer, que os espaços em brancos são as engrenagens do deslocamento do problema. E sem espaços em brancos, também não há movimentação do problema.

 Quanto ao sistema, Derrida, afirma que é um princípio aberto, compreende-se, dessa forma, que esse processo é aberto a transações, resignificações, relaborações a todos os princípios que permite uma negociação, assim sendo, o que está implícito no pensamento derridiano é a teoria rizomática de Deleuze, que possibilita o deslocamento do sentido fixado, abre trilhas de escape para por nexo entre os elementos. Destarte, o sistema das obras de Derrida evita a tripartição.  

Pelo visto, suas obras; A escritura e diferença e posteriormente, Gramatologia, deram o ponta pé inicial para se pensar sobre a Desconstrução.  Em linhas gerais, o núcleo da obra de Jacque Derrida esta na Desconstrução. Os principais argumentos de Derrida para explicar a desconstrução estão focalizados na “A escritura e diferença”, “Gramatologia”, “Semiologia”, o qual envolve o “significado” e “significante” (Signo linguístico), relação “fala” e “escrita”. São palavras chaves que no decorrer da entrevista sustentam a argumentação de Derrida, como metodologia discursiva inseri  teóricos como: Husserl, Heidegger, Levinas, Mallarmé, Artaud, Joyce, Bataille, Saussure, Freud e Lacan. Ao mesmo tempo são suas referências bibliográficas articuladas cuja posição do autor estar na cadência desconstrucionista pelo víeis da Psicanálise, filosofia, teoria literária, política, economia, geometria e estudos culturais.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DELEUZE, Gilles e GUATTARI, Félix. Rizoma In Mil platôs - capitalismo e esquizofrenia, vol. 1 /Tradução de Aurélio Guerra Neto e Célia Pinto Costa. 1 ed. Rio de janeiro: Ed. 34, 1995.94 p. (Coleção TRANS).

DERRIDA. J. POSIÇÕES. Belo Horizonte: Autêntica, 2001.

Por Wellington Neves Vieira

 Professor titular da Faculdade Sete de Setembro – FASETE

nas disciplina de Literatura Inglesa e Norte Americana.

Mestrando em Crítica Cultural – UNEB – CAMPUSII- Alagoinhas-BA