02/12/2021

Teoria Comportamental da Administração - Teoria da Equidade (1965)

Jorge Barros

Pós-graduado e Mestre em Administração e Gestão Escolar, Doutor em Administração e Gestão Educativa e Escolar, Professor no 2.º Ciclo do Ensino Básico no Agrupamento de Escolas Dra. Laura Ayres (ESLA), Quarteira

 

A Teoria da Equidade foi desenvolvida por Adams na década de 60 do século XX, ao procurar entender a perceção que cada pessoa tem sobre a «justiça ou razoabilidade», numa situação laboral, comparando o seu desempenho com os seus correspondentes benefícios e os dos outros. Através desta teoria, também se explica o comportamento do «deixa andar», o que acontece, por exemplo, quando um trabalhador verifica que um seu colega, em idênticas situações de desempenho, é promovido ou recebe um prémio pecuniário e ele não.

            A Teoria da Equidade proposta por Adams é baseada no princípio de que as pessoas são motivadas a agir nas situações em que percebem que têm sido tratadas de forma desigual ou injusta. Adams argumenta que quanto mais intensa for a desigualdade percebida, quanto maior for a tensão, maior será a motivação para reagir.

Mais recentemente já se atualizaram os pressupostos desta teoria, verificando-se que segundo os quais, a motivação do indivíduo depende da comparação que ele faz do seu comportamento e resultados obtidos por si, com o comportamento e resultados obtidos pelos restantes indivíduos. Esta motivação também está sujeita às recompensas como o salário, a promoção, o maior número de dias de férias e o reconhecimento que se verifica pela experiência, qualificações e tempo de dedicação ao trabalho que os indivíduos colocam ao serviço das organizações. Desta forma, os líderes das organizações devem ter cuidado com as perceções de equidade dos indivíduos, pois se os aumentos salariais, as promoções, o aumento dos dias de férias e as recompensas não forem percebidos como justos por estes relativamente ao seu desempenho, ou mesmo se estes não tiverem confiança no sistema de remunerações, recompensas ou promoções da organização, haverá uma diminuição da motivação, o que por certo afetará o seu desenvolvimento e o da organização em que trabalham.

Resumindo, o que esta teoria nos diz é que as pessoas são motivadas ao alcance de uma condição de igualdade e de justiça nas relações com os outros e com as organizações.

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