Trajetória Profissional de Professores de Educação Física que Atuam na Área de Ginástica de Academia
Resumo
O estudo teve como objetivo analisar a trajetória profissional de professores de Educação Física que atuam na área de ginástica de academia na cidade Criciúma-SC. O estudo foi caracterizado como descritivo e desenvolvido a partir de entrevista com onze professores de Educação Física, professores de ginástica, divididos em relação às etapas da carreira: três na fase de entrada, dois na fase diversificação e seis na fase de consolidação. As evidências do estudo confirmam que os professores de Educação Física que atuam com ginástica de academia na cidade de Criciúma-SC, mesmo possuindo as formações em momentos distintos possuem pontos em comum como: escolha profissional, contribuição na sua formação inicial, ingresso na profissão e formação continuada, nas suas trajetórias profissionais apesar de iniciarem suas intervenções profissionais de forma diferente (estagiário e professor) e em locais diferentes (clube e academia).
Palavras-chave: Trajetória Docente. Ciclo de Vida de Professores. Formação de Professores. Ginástica.
AS CONSIDERAÇÕES INICIAIS: A TEMÁTICA E O CONTEXTO DO ESTUDO
O debate a cerca da formação de professores vem sendo, nos últimos anos, objeto de diversos estudos no meio acadêmico (CARAMÊS et al., 2013; KRUG et al., 2013; TELLES et al., 2013). Assim, nesse contexto de formação, atribuímos importância ao debate do impacto enfrentado pelo professor de Educação Física (PEFI) ao ingressar na carreira. E, a esse respeito Folle et al. (2009) destacam que a transição de estudante para professor, que ocasionam momentos, tais como, a passagem de conceitos acadêmicos para a aplicabilidade prática, de rotinas em grupo para a sustentação e posicionamento individual, muitas vezes, gera questionamentos, que exigem responsabilidades cada vez mais precoces desses profissionais, para o desempenho de funções em que, às vezes, não se sentem devidamente preparados.
Neste direcionamento de temática este estudo foi norteado teoricamente pela concepção de trajetória profissional baseada em ciclos de vida dos professores proposto por Huberman (1992), que, segundo Gonçalves (1992), Goodson (1992), Nóvoa (1992), foi o grande responsável pelo desenvolvimento dos estudos nessa área. Huberman (1992) coloca que a carreira docente não é algo linear, pois para alguns professores “há patamares, regressões, becos sem saída, momentos de arranque, descontinuidades” (p.38).
Entretanto, o autor chama à atenção que, inicialmente, as pesquisas sobre história de vida de professores se limitavam em descrever os acontecimentos nos primeiros anos de atuação docente, mas com o passar do tempo percebeu-se a importância de se entender também a complexidade dos fatos que constroem a carreira docente. “O fato de encontrarmos sequências tipo, não impedem que muitas pessoas nunca deixem de praticar a exploração, ou que nunca estabilizem ou que desestabilizem por razões de ordem psicológica ou exteriores” (HUBERMAN, 1992, p.38). Esse fato explica que há uma relação entre os ciclos de vida e a idade cronológica, no entanto, isso não é uma regra e não pode ser entendido homogeneamente.
Gonçalves (1992) trabalha o tema ciclos de vida como alicerce de discussão sobre a carreira docente. A partir dos ciclos de vida, podemos dividir dois planos de análise distintos, mas, complementares: o desenvolvimento profissional e a construção da identidade profissional.
O primeiro plano de análise é o desenvolvimento profissional que compreende três perspectivas (GONÇALVES, 1992, p.145):
Desenvolvimento pessoal: concebe o desenvolvimento profissional como resultado de crescimento individual; Profissionalização: o desenvolvimento profissional é decorrente de um processo de aquisição de competências; Socialização profissional ou do professor: adaptação do professor ao seu meio profissional, tanto em termos normativos como interativos (GONÇALVES, 1992, p.145).
O segundo plano de análise é o da construção da identidade docente que compreende além da construção do eu, a prática educativa, que influencia no processo de relacionamento do professor com seu campo de atuação e seus pares. Esse processo depende dos símbolos que perpassam o pessoal e interpessoal (GONÇALVES, 1992). Essa construção depende dos aspectos pessoais a que somos encharcados ao longo da vida e que são internalizados por nós através da do processo de socialização, que trás consigo os aspectos interpessoais, o qual tem influência direta nesse processo de socialização e é parte importante da construção da identidade docente.
Tardif (2002) coloca que a carreira do professor é construída dentro de uma linha temporal que inicia desde a infância até o fim da vida, sendo isto, uma determinante para a construção dos saberes docente, os quais podem ser assim descritos: a) Saberes da formação profissional - transmitidos pelas instituições de formação de professores, são saberes produzidos pelas Ciências Humanas e da educação destinadas a formação erudita dos docentes. Geralmente, os profissionais tomam contato com eles durante a formação inicial ou continuada; b) Saberes disciplinares - correspondem aos diversos campos do conhecimento no qual emergem da tradição cultural de grupos produtores de saberes. Estão integrados nas universidades através de disciplinas dos cursos oferecidos para a formação inicial ou continuada; c) Saberes curriculares - correspondem as categorias de saberes sociais que a instituição de ensino elege como modelo de cultura e formação. Apresenta-se na forma de conteúdos, currículos e métodos que os professores devem dominar; e, d) Saberes experienciais - dizem respeito a um processo evolutivo em que o sujeito elabora métodos e técnicas de ação cuja natureza fundamenta-se em seu trabalho cotidiano, tanto individual quanto coletivo. Estas múltiplas articulações da prática docente fazem com que os professores dependam da capacidade de dominar integrar tais saberes como condição de sua prática.
Para Mizukami (1996) a profissionalização é concebida como desenvolvimento profissional, como resultado de um processo de aquisição de competências, tanto de eficácia no ensino como de organização do processo de ensino/aprendizagem. A socialização profissional, por sua vez, implica as aprendizagens do professor em relação ao seu meio profissional. Dessa forma, o desenvolvimento profissional ocorre a partir da troca de conhecimentos e experiências entre seus pares e a instituição onde está inserido.
É pertinente ressaltar que a literatura nacional e internacional busca compreender o tema formação de professores, voltadas para as investigações no meio escolar (PIMENTA; LIMA; 2004; NÓVOA, 2002).
As mudanças de diretrizes na formação inicial do profissional de Educação Física (BRASIL, 2004) abrem um importante nicho de investigações, pois os estudos sobre a formação e atuação desse profissional na área do bacharelado ainda são de pouco volume.
Assim, ao nos apropriarmos de alguns autores como Antonio Nóvoa e Michael Huberman, que escrevem sobre a trajetória docente, é importante esclarecer que existem diferenças conceituais e paradigmáticas em relação à formação e prática profissional no meio escolar e não escolar. Contudo entendemos que a atuação referente ao ensino e os públicos que participam desta construção, em ambos os casos, fazem parte de um contexto educacional. Dessa forma, acreditamos que mesmo com características diferentes, as particularidades que afetam o professor do meio escolar, podem estar presentes no profissional que atua na área de ginástica de academia no meio educacional ‘não formal’ (termo utilizado para descrever a atuação do Bacharel em Educação Física ).
No processo formativo do professor atuante na área de ginástica de academia, os saberes adquiridos na formação inicial e nas experiências vivenciadas em sua área de atuação, desenvolvem nesse profissional a necessidade de organizar pedagogicamente suas ações voltadas ao ensino. Nesse sentido, o trabalho de ginástica de academia frente a um grupo de alunos, onde o responsável pelo processo de construção dos caminhos destinados ao ensino e a aprendizagem de um determinado conhecimento nos é compreendido como desenvolvida por um professor.
Assim, este contexto levou-nos a construção da seguinte questão problemática norteadora deste estudo: como é a trajetória profissional de professores de Educação Física que atuam na área de ginástica de academia?
A partir desta questão problemática o objetivo geral do estudo foi: analisar a trajetória profissional de professores de Educação Física que atuam na área de ginástica de academia na cidade Criciúma-SC.
Justificamos a realização deste estudo pela importância da utilização de um modelo de ciclos de vida de professores, desenvolvido a partir da história de vida de professores de escola, para entender a trajetória docente daqueles que ensinam ginástica de academia.
OS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS: O CAMINHO DO ESTUDO
Este estudo foi caracterizado como descritivo, pois apresenta em seu foco, o desejo de conhecer a comunidade, seus traços característicos, suas gentes, seus problemas. Triviños (1987, p.110) ainda coloca que “[o]s estudos descritivos exigem do pesquisador uma série de informações sobre o que se deseja pesquisar. [...] O estudo descritivo pretende descrever com exatidão os fatos e fenômenos de determinada realidade”.
Fizeram parte, como colaboradores da pesquisa, professores de Educação Física (PEFI), formados e que exerciam seu trabalho pedagógico como professores da modalidade de ginástica em academias de ginástica e musculação da cidade de Criciúma-SC. Para saber o número total de colaboradores entramos em contato por telefone com as academias, sabendo que em Criciúma-SC são 64 academias funcionando com registro no Conselho Regional de Educação Física-SC. Selecionamos as que oferecem serviço de ginástica. Não foi levado em conta, para participar do estudo, o sexo e a idade dos sujeitos. Nesse momento, buscando identificar o número total de professores de ginástica, chegamos ao número de onze professores.
Estes colaboradores foram divididos de acordo as fases de desenvolvimento profissional apontadas por Huberman (1992), três colaboradores na Fase de Entrada na Carreira (PEFI C, H, L), dois colaboradores na Fase de Estabilização (PEFI B, G) e seis colaboradores na Fase de Diversificação (PEFI A, D, E, F, I, J).
Após contatos com os PEFI e a devida explanação sobre os objetivos do estudo, solicitamos a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Uma entrevista semiestruturada foi utilizada para obter os dados descritos na linguagem do próprio colaborador, permitindo ao investigador analisar os dados partindo da maneira que esses interpretam aspectos do mundo (MOLINA NETO, 2004). Com este instrumento o entrevistador encoraja o colaborador a falar sobre uma área de interesse e, em seguida, a explora com maior profundidade (BOGDAN; BIKLEN, 1994). Como critério de validação das informações obtidas, após a transcrição das entrevistas, o material foi entregue aos colaboradores para que pudessem validar as informações e dar seus pareceres sobre o que foi transcrito caracterizando esse movimento como busca pela validez interpretativa (MOLINA NETO, 2004).
A análise dos dados obtidos ocorreu a partir da construção de unidades de significado e construção das categorias de análise, que foram abordadas ao longo desse estudo como: os motivos de ingresso na profissão professor; a formação inicial e sua influência na atuação profissional; e, a trajetória docente na área de ginástica de academia.
OS RESULTADOS E AS DISCUSSÕES: percorrendo as trajetórias PROFISSIONAIS
A escritura dos resultados e discussões do estudo foi balizada pelas categorias de análise anteriormente descritas.
Os motivos de ingresso na profissão de professor
Ao abordarmos os motivos de ingresso na profissão professor é necessário nos reportarmos a Hurtado (1983) que destaca que todo comportamento humano é motivado, ou seja, é impulsionado por motivos. Portanto, todo tipo de comportamento decorre de uma causa que o provoca. Os motivos podem encontrar-se: a) na esfera consciente – nesse caso, o indivíduo sabe porque está agindo de determinada maneira; e, b) na esfera inconsciente – nesse caso, o indivíduo não sabe porque se comporta de determinada maneira. Esclarece ainda que, o motivo abrange qualquer elemento da consciência que concorre para a determinação do ato volativo. Assim, motivo já foi definido como sendo “qualquer consideração pela qual um ato é realizado. Motivo é o que leva uma pessoa a praticar uma ação” (p.210). É a razão pela qual o ato é realizado e inclui tudo que, de alguma maneira, influencia a vontade. Indica todos os fatores e condições que iniciam e sustêm a atividade ou comportamento.
Muitas vezes o motivo que leva à escolha da profissão é a identificação com vivências significativas proporcionadas pela mesma ou por uma identificação com alguém da área de atuação (NÓVOA, 1992). Assim, os PEFI abordaram da seguinte forma os motivos da escolha da docência como área de atuação profissional.
Professores na Fase de Entrada
“Os motivos foram buscar a Educação Física pelo fato de gostar muito de esportes e de treinar musculação” (PEFI C).
“Um dos motivos foi por praticar dança e praticar esportes” (PEFI H).
“Sempre desejei desde pequena ser professora, mas não sabia quê professora gostaria de ser, então um dos fatores para escolher a Educação Física como profissão foi o fato de gostar muito dos professores de Educação Física e me identificar muito com a profissão” (PEFI L).
Professores na Fase de Estabilização
“Eu fui por muito tempo aluna de ginástica, e por gostar muito dessa modalidades e por ser muito amiga da professora resolvi entrar na faculdade para atuar como professora nessa área ginástica” (PEFI B).
“Um dos motivos foi afinidade, pelo fato de praticar esportes que tinham exatamente relação com a Educação Física” (PEFI G).
Professores na Fase de Diversificação
“Eu acho que a vocação seria um dos meus motivos, e também por saber que queria atuar com isso desde quando ingressei na faculdade, pois tinha planos de ter a minha própria academia onde pensei que poderia estar atuando diretamente com a ginástica” (PEFI A).
“Eu tive o interesse por esta área pelo fato de praticar esportes e ter sido atleta, por praticar a muito tempo dança e trabalhar na recepção de uma academia, onde também eu vejo que eu tinha o dom para atuar nessa área, porém tive também influências dos meus pais e quando fui para fora do Brasil foi onde eu realmente percebi que queria fazer Educação Física e atuar com ginástica” (PEFI D).
“Os motivos foram porque eu fui atleta muito tempo. Sempre gostei de praticar musculação. Tentei outras áreas, mas percebi que me identificava muito com a área de Educação Física e a ginástica foi o caso da necessidade, pois a academia que eu trabalhava necessitou de um professor, foi ai então que iniciei na ginástica com um treinamento de body pump” (PEFI E).
“Sempre fui praticante de musculação e ginástica e desenvolvi o gosto. Então, resolvi ingressar na faculdade, conclui minha formação e continuo a praticar, mas agora como professor” (PEFI F).
“A paixão mesmo pela profissão, e também a dança teve um papel muito importante na escolha” (PEFI I).
“Desde pequena gostava de ginástica. Fui sempre praticante de aeróbica e musculação e a dança foi mais um motivo de escolher a minha profissão” (PEFI J).
Notamos que independente da fase do percurso profissional que os professores se encontram, os motivos que levaram a escolher a profissão foram: à influência por pessoas atuantes na área; identificação por outros aspectos da área como práticas esportivas; por vivenciarem a modalidade de ginástica no seu dia-a-dia, além de possuir vocação e talento para exercer essa profissão.
Com as falas dos PEFI relacionando à fase de vida profissional em que se encontram, percebemos que os que estão na Fase de Entrada na Carreira tiveram como principal motivo a prática de esportes, não tendo ligação com a ginástica diretamente. Com os PEFI na Fase de Estabilização já podemos observar que o motivo da escolha foi por já terem tido algum contato com a ginástica e, assim, escolhendo a Educação Física para poderem atuar com a ginástica e também por se identificam muito com a profissão. Já os PEFI que se encontram na Fase de Diversificação os motivos apontados foram as influências de profissionais da área, a necessidade de atuar na profissão e por se identificarem com a prática no dia-a-dia. Nessa fase, os esportes também aparecem como um dos motivos para o ingresso na área da Educação Física, bem como a influência do contexto familiar nessa escolha para atuação.
Para Tardif (2000) muitas pessoas escolhem uma profissão sem prestar atenção em seus antecedentes, naquilo que as levou a àquela escolha e, depois, vão detectando e ligando os fatos entre si, se interessando ou desinteressando pela escolha. Já segundo Soares (2002), escolher o que se quer no futuro implica reconhecer o que fomos, as influências sofridas na infância, os fatos mais marcantes em nossa vida até um momento ou definição de um estilo de vida, pois o trabalho escolhido vai possibilitar ou não realizar essas expectativas.
Além disto, Novaes (1999) afirma que tal escolha deve ser realizada levando em consideração as aptidões, personalidades e características individuais, assim como o tipo de atividade e a especialidade que envolve em seu cotidiano, sendo o ideal que o individuo esteja sempre trabalhando na área em que gosta.
Coutinho; Machado e Nardes (2005) comentam que, no momento de optar por uma determinada profissão, o indivíduo deve ter compreendido os determinantes sociais e institucionais dos conceitos predominantes sobre o que caracteriza a futura profissão, como também sua importância para a sociedade na atualidade. A pessoa em processo de escolha deve ter tanto conhecimento de si mesma, quanto das profissões que, a princípio, deseja seguir.
A formação inicial e sua influência na atuação profissional
Ao falarmos sobre formação inicial, recorremos a Freire (1996) que coloca alguns fatos que devem ser levados em conta, independente da opção política, ou tendência que o docente escolhe. São saberes inerentes a prática docente e que valem, como o referido autor afirma, tanto ao professor progressista, quanto ao professor conservador. Ao falar sobre os aspectos formadores do docente, ele deixa claro que, o docente em formação não olhe o professor formador como alguém que está ali para transferir o que sabe, tão pouco observe o processo formador sob olhar de que, o eu que agora recebo o conhecimento, possa ser futuro formador de outro sujeito no amanhã, ou seja, que não veja esse processo como um momento estanque à outros momentos vivenciados. Assim, recordamos suas palavras sob o sentido da formação que é permanente e processual, é preciso que, pelo contrário, desde os começos do processo, vá ficando cada vez mais claro que, embora diferentes entre sí, quem forma se forma e re-forma ao formar e quem é formado forma-se e forma ao ser formado (FREIRE, 1996).
Farias; Shigunov e Nascimento (2001) dizem que formação inicial é a denominação frequentemente atribuída àquela etapa de preparação voltada ao exercício ou qualificação inicial da profissão.
Os PEFI versaram sobre as atividades que realizaram durante esse período de formação da seguinte forma:
Professores na Fase de Entrada na carreira
“As atividades que eu realizava não tinham relação com a minha atuação hoje, mas eu acho que o curso deveria atuar com uma cadeira especifica para área de ginástica, mas a universidade proporciona os estágios que para mim foram muito importantes, pois foi nesses estágios onde eu consegui aprender alguma coisa sobre ginástica e que tive oportunidade de conduzir algumas vezes aulas de ginástica” (PEFI C).
“Durante as fases iniciais do curso realizei outras atividades, uma delas fui professora de xadrez, mas o que tinha mais relação com a ginástica e academia, que hoje eu atuo, foi à prática de dança” (PEFI H).
“Em certo período da faculdade, mais precisamente na quinta fase do curso, comecei a atuar com estágio em várias áreas e faixas etárias, com crianças e idosos e com ginástica e musculação” (PEFI L).
Professores na Fase de Estabilização
“Eu já atuava em uma academia e as primeiras atividades que eu realizei foram localizada e step tradicional” (PEFI B).
“Trabalhei com escolinhas de futebol, tive contato com musculação e ginástica, sabendo que gostaria de atuar com ginástica e musculação” (PEFI G).
Professores na Fase de Diversificação
“Durante a minha formação eu já atuava com ginástica pelo fato ter uma academia, mas durante o meu período de formação não houve muita influência para atuar com ginástica, por não ter matérias especificas que trabalhassem as modalidades de ginástica, por isso tudo que aprendi foi através de cursos que fiz durante minha formação mais de 500 horas de curso, o que facilitou para mim foi saber já o que eu gostaria de trabalhar no mercado” (PEFI A).
“Eram poucas atividades, pois ginástica era uma matéria na grade curricular pouco trabalhada, mas eu confrontava a parte teórica com a prática em cursos no meu dia-a-dia, para poder aprender um pouco mais” (PEFI D).
“Na minha formação a atividade que se aproxima mais da ginástica que eu tive experiência foi a musculação, pelo fato de serem no mesmo ambiente de trabalho onde facilitou essa aproximação” (PEFI E).
“Desde quando ingressei no curso de graduação fui convidada para estagiar com ginástica em uma academia” (PEFI I).
Nas falas dos PEFI na Fase de Entrada na Carreira podemos observar que não praticavam atividades relacionadas no que atuam hoje, mas na universidade durante a formação inicial, as experiências e disciplinas vivenciadas por eles tiveram um papel importante para que eles hoje atuem com ginástica. Isso fica claro na fala do PEFI C, que aborda a disciplina de estágio como fundamental no processo de ingresso e aquisição de competências para atuar com a modalidade de ginástica. Segundo Pimenta e Lima (2004) o estágio favorece a construção significativa de aprendizagens tanto para alunos, quanto para o professor que atua nas escolas-campos. O estágio possibilita ao então acadêmico, construir conhecimentos mais profundos sobre sua atuação, sendo aliada a teoria aprendida até em tão.
Com os PEFI na Fase de Estabilização observamos que desde o início da graduação já praticavam atividades relacionadas com o que atuam hoje, tendo contato direto com a prática. Essa entrada antecipada na carreira é uma das formas de diminuir os impactos causados no processo de ingresso à docência.
Com os PEFI da Fase de Diversificação observamos que o contato com a modalidade de ginástica anterior a formação inicial foi escasso, fazendo com que os docentes relacionassem a prática de outras modalidades como dança, para atuarem com a ginástica, fazendo com que o pequeno contato durante a formação inicial, impulsionasse que buscassem especializações nessa modalidade. Portanto, o que chama a atenção nessa fase, é que com relação às falas transcritas, a formação inicial não possibilitou aos ainda acadêmicos subsídios suficientes para a atuação com ginástica, mas fez com que os mesmos entendessem a formação como possibilidades de busca ao conhecimento da modalidade através de cursos de aprimoramento para aproximar as atividades ainda mais da sua atuação profissional.
Nas falas a seguir, os PEFI mostram o que pensam sobre a contribuição da formação inicial para a construção dos saberes necessários para o trabalho pedagógico na ginástica de academia.
Professores na Fase de Entrada na Carreira
“[...] para mim a grande contribuição foi os estágios que a universidade proporciona. A grande maioria sem remuneração, mas em locais muito interessantes. Senão fosse por meio da universidade não teríamos oportunidade de fazê-los” (PEFI C ).
“A contribuição posso dizer que foi as minhas aulas na graduação de ginástica que constavam na minha grade curricular, e também a matérias de fisiologia e anatomia, me deram um grande suporte” (PEFI H).
“As vivências que tive com aulas práticas, comprometimento dos professores em ensinar e as oportunidades de emprego, muitas delas indicação dos professores” (PEFI L).
Professores na Fase de Estabilização
“Eu acho que a grande contribuição que tive da universidade na formação inicial foram os estágios, pois trabalhei com vários grupos como idosos, crianças e adolescentes, que me ajudou a lidar com essas faixas etárias e contribuir para minhas aulas de ginástica” (PEFI B).
“Contribuição maior posso dizer que foi na parte teórica, pois prática muito pouca, mas tive a base que eu considero que foi importante para minha atuação hoje” (PEFI G).
Professores na Fase de Diversificação
“Vejo que a maior contribuição que eu tive foi buscar saber mais sobre ginástica em cursos de formação extracurricular, pois durante a graduação a matéria que tínhamos era muito precária e o professor muito antigo, onde me despertou interesse na busca de novas informações” (PEFI A).
“Dizer que a universidade não teve contribuição estaria mentindo, mas foi muito pouca essa contribuição para minha atuação na área de ginástica” (PEFI D).
“A grande contribuição foi minha maturidade, experiências vivenciadas durante a minha formação como os estágios, e a universidade me despertou uma coisa que o julgo muito importante, o interesse pela modalidade fazendo com que eu buscasse mais informações para minha formação” (PEFI E).
“A contribuição foi às aulas que constavam na grade curricular de ginástica 1 e 2, principalmente as aulas de step” (PEFI F).
“A contribuição foi importantíssima devo tudo o que eu aprendi a os meus professores e a minha universidade e a minha vontade de aprender” (PEFI I).
“Bom quando optei por fazer Educação Física e imaginava que o curso era totalmente diferente do que eu acabei aprendendo, mas a prática eu não desenvolvi muito no curso, por outro lado a teoria muito bem, mas devo a minha prática hoje mais aos cursos que fiz durante e após a minha formação e isso também se deve ao meu talento para atuar com ginástica” (PEFI J).
De um modo geral os PEFI veêm o Estágio Curricular como grande fomentador dos saberes para a atuação profissional, reconhecem o estágio como campo de possibilidades de atuação e inserção profissional, conhecimento do futuro campo de intervenção, em que podem desenvolver sua práxis, relacionando e não distanciando o espaço formativo do espaço de atuação, assim como percebem a influência de outras disciplinas na formação inicial, os conteúdos e disciplinas específicas de ginástica, a formação de professores qualificados e os conteúdos abordados durante aulas práticas e teóricas. Nesse sentido, os saberes curriculares se tornam balizadores da prática no campo de atuação, percebendo em sua formação esse aspecto de proximidade entre academia e espaço de atuação, o que faz com que reflitamos sobre esse pensamento, como uma procura por conteúdos para encorpar a prática profissional, observando uma descaracterização do olhar de formação permanente, já que o acadêmico entra na graduação esperando que essa fase de formação proporcione para ele ‘manuais de formação’, com os quais ele esteja apto, esteja preparado para atuar.
Entretanto, as falas do PEFI A e D, que se encontram na Fase de Diversificação, chamam atenção, pois colocam que a grande contribuição foi despertá-los a buscar mais informações sobre as modalidades de ginástica de academia, e também a fala do PEFI J que também se encontra na Fase de Diversificação:
“Bom quando optei por fazer Educação Física eu imaginava que o curso era totalmente diferente do que eu acabei aprendendo, mas a prática eu não desenvolvi muito no curso por outro lado a teoria muito bem, mas devo a minha prática hoje mais aos cursos que fiz durante e após a minha formação e isso também se deve ao meu talento para atuar com ginástica” (PEFI J).
Portanto, percebemos que parte dos PEFI não veêm na formação inicial grandes contribuições a respeito da modalidade de ginástica, o que vemos é a relação com a disciplina de estágio obrigatório. Observamos que em algumas falas PEFI relatam pouca abrangência da modalidade de ginástica na formação inicial. Isso se deve ao fato, dos antes acadêmicos, estarem debruçados no aspecto conteudísta, que na maioria abrange também o professor iniciante, ao sentirem a necessidade de conteúdos para construir e dar conta da sua prática profissional. Quando na verdade, não percebem que a formação inicial não significa estar pronto, significa ter a base do conhecimento e as possibilidades de busca para qualificação da prática cotidiana.
A trajetória docente na área de ginástica de academia
Até o momento abordamos o aspecto motivacional dos PEFI sobre o ingresso na área da Educação Física, bem como a influência da formação inicial na prática docente. Esta categoria que versa sobre a trajetória docente na área de ginástica de academia, surge a partir das falas transcritas e da necessidade de analisarmos como a formação inicial, que não é a mesma para todos os colaboradores do estudo, influenciou a trajetória destes docentes, mesmo estando situada em diferentes momentos históricos.
Professores na Fase de entrada na carreira
“Foi sempre o que mais me interessava, pelo fato de praticar e ter muita identificação com essa área de ginástica, e ter pessoas que eu me identificava e que trabalhavam com ginástica e que de certa forma me influenciaram a estar hoje atuando com ginástica” (PEFI C).
“Pelo fato de já trabalhar com dança e a empresa onde eu trabalhava mostrou interesse, então comecei a dar aulas de ginástica depois de passar por alguns testes que a própria empresa fazia com os funcionários” (PEFI H).
“Foi através de uma oportunidade onde a prática me proporcionou o gosto pela área e onde atuo até hoje” (PEFI L).
Professores na Fase de Estabilização
“Eu ingressei na área de ginástica, pois foi a que eu mais me identificava e por ter incentivo do meu professor de ginástica da universidade e da professora que comecei a ter as minhas primeiras aulas” (PEFI B).
“A experiência profissional e o interesse da empresa em me contratar, mas também para abrir mais meu campo de atuação” (PEFI G).
Professores na Fase de Diversificação
“Além de possuir uma academia onde tinha musculação e ginástica, onde a necessidade era muito visível, eu sempre me dei muito bem com a ginástica, onde meu começo foi nas aulas montadas por nos professores até chegar a pré-coreografia, e também pelo fato da necessidade e gostar muito da ginástica” (PEFI A).
“Como eu já tinha certa experiência na área de ginástica, e não tinha a fiscalização do CREF na época, que eu julgo importantíssimo hoje, eu por ter necessidade de pagar a minha faculdade comecei dar aula para pagar ela, pois era uma coisa que eu já sabia fazer por ter uma grande prática na área” (PEFI I).
“Pelo fato de iniciar logo quando entrei na universidade e a ginástica ter uma aproximação ou semelhança com a dança foi onde comecei atuar com isso” (PEFI I).
“Eu poderia dizer que a paixão, sempre fui apaixonada por ginástica desde quando somente praticava e não dava minhas aulas” (PEFI J).
Durante a formação inicial o que levou os PEFI a ingressar na ginástica de academia foi que os indivíduos que estão na Fase de Entrada na Carreira, iniciaram na ginástica de academia ainda quando eram apenas praticantes dessa modalidade, ou seja, na formação inicial o aspecto de proximidade com a modalidade ou por terem uma ligação muito forte com a prática fez com que optassem por esse caminho de atuação. Outro aspecto a ser considerado é que no momento que assumem seu papel docente, passam de aluno/praticante, para as responsabilidades de um professor.
A Fase de Estabilização para Huberman (1992) é marcada pelo comprometimento e pela tomada de responsabilidades. Conseguimos identificar que na Fase de Estabilização a identificação, já ter praticado a modalidade e o interesse por essa área de conhecimento são pontos fortes para o ingresso na ginástica, mas conseguimos observar que o PEFI “G”, dessa fase tem uma identificação muito grande com a Fase de Entrada na Carreira pelo fato de em sua fala citar:
“A experiência profissional e o interesse da empresa em me contratar, mas também para abrir mais meu campo de atuação” (PEFI G).
A literatura nos mostra que a Fase de Entrada na Carreira é caracterizada como a fase de exploração, incertezas e necessidade de sobreviver, muito bem identificado neste PEFI (G) o ponto de exploração da profissão, apesar de atuar a seis anos na área profissional.
Sobre a Fase de Diversificação, vista por Huberman (1992) como sendo a fase onde indivíduo lança-se em uma série de experiências pessoais, conseguimos identificar nas falas dos PEFI dois pontos muito fortes para o ingresso na ginástica de academia. Foram: a necessidade e a convivência diária com as modalidades, onde a semelhança fez com que a maioria optasse em trabalhar na área, devido à experiência como praticante, sendo isso decisivo para a escolha. Na fala do PEFI “E” podemos identificar bem essa fase, é onde o indivíduo se lança em uma série de experiências pessoais:
“Eu ingressei na área de ginástica pelo fato de ser apaixonada pelas modalidades, mas também pelo fato de ter me formado em Licenciatura Plena, onde maior parte da minha formação foi voltada para âmbito escolar, e tudo o que eu aprendi eu busquei fora da universidade” (PEFI E).
Ao se descobrir docente, o sujeito leva em conta diversos aspectos que aqui foram abordados, como experiências anteriores com a área de atuação trazendo os primeiros contatos reais com a área, mesmo que ainda como praticante, e, nesse contexto de experiências ele se vê imerso no meio de tal maneira que apenas a prática já não sacia a sua sede, a vontade de ser, de se inserir nesse campo de atuação. Observamos também as relações interpessoais no contexto familiar e formativo que fazem com que o sujeito se encharque de saberes da experiência e assim volte seu olhar para essa ou aquela escolha, que aliada ao saber da experiência, faz com que o sujeito tenha aspectos fortes do ser docente, mesmo antes de tornar-se docente. Vale ressaltar que essa fase de construção de si tem real importância na construção do futuro docente, que quando professor iniciante inserido em seu campo de atuação, inicialmente se apropria desses saberes adquiridos antes da formação para embasar sua prática e assim se caracterizar e estruturar no campo de intervenção.
Embora a identidade profissional do sujeito sofra influências dos aspectos socioeconômicos e políticos de um país, observa-se que as relações interpessoais são importantes no convívio social podem negar ou reforçar as características básicas de sua identidade profissional (SANTINI; MOLINA NETO, 2005).
CONSIDERAÇÕES TRANSITÓRIAS: uma possível interpretação sobre a trajetória dos profissionais atuantes na ginástica de academia
Com a proposta de investigar o problema de pesquisa a partir do objetivo geral deste estudo que é analisar a trajetória profissional de professores de Educação Física que atuam na área de ginástica de academia na cidade Criciúma-SC, colocamos algumas considerações a respeito do tema. A realização desse estudo destaca a sua importância por ter o objetivo de analisar de maneira consistente e a luz dos teóricos que tratam da temática sobre a trajetória profissional dos profissionais que atuam com ginástica de academia, tornando-se relevante no momento atual principalmente para desvendar a identidade profissional e as relações estabelecidas pelo professor com sua profissão.
Observamos a partir da análise e compilação dos dados coletados que, apesar de concluírem suas formações em momentos distintos e vivenciarem contextos diferentes da ginástica de academia, os colaboradores do estudo apresentam pontos em comum com relação a percepção da formação inicial, os motivos de ingresso à profissão de professores de ginástica em academia e escolha profissional, assim como também no processo de formação continuada, ao longo de suas trajetórias profissionais, apesar de iniciarem suas intervenções profissionais de forma diferente (estagiário e professor) e em locais diferentes (clube e academia), isso nos permite identificar esses pontos em comum, mas respeitando as transformações ocorridas na ginástica e as histórias pessoais de cada profissional.
Os profissionais que possuem mais tempo de atuação (Fase de Diversificação) adicionam em sua trajetória à busca pela profissão a influência das práticas anteriores de ginástica para a escolha profissional. Os docentes nessa fase de desenvolvimento profissional, assim como os colaboradores que atuam à menos tempo, também veêm a importância da formação inicial para o processo de aquisição de conhecimentos para a prática pedagógica, mas no campo teórico, fazendo com que aliem sua prática anterior e durante a formação aos aspectos teóricos da modalidade de ginástica.
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Tiago Duarte da Rosa - Graduado em Educação Física pela Universidade do Extremo Sul Catarinense. E-mail: tiago@yahoo.com.br
Victor Julierme Santos da Conceição - Doutor em Ciências do Movimento Humano pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. E-mail: victorjulierme@yahoo.com.br
Hugo Norberto Krug - Doutor em Educação pela Universidade Federal de Santa Maria. E-mail: hnkrug@bol.com.br