05/03/2018

Um breve histórico na linguagem de sinais e sua importância na formação docente brasileira

Por Claudinei José Martini

Historicamente a comunidade surda sempre foi colocada à margem da sociedade. Famílias abastadas procuravam oferecer a seus filhos uma educação que promovesse um aprendizado igual ou próximo às pessoas ouvintes. Tentativas e fracassos no processo educacional eram frequentes na Antiguidade e na Idade Média, constituindo-se muitas vezes em insucesso.

Importante destacar que durante o processo histórico promovido na educação de surdos, três vertentes foram a que mais preponderaram:

  • O Oralismo
  • A Comunicação Total
  • O Bilinguismo

A imposição da oralização dos surdos é marca mais determinante na educação dos surdos. Isto exigia que os alunos superassem sua surdez através da fala e desta forma aceitos socialmente, mas de modo autoritário.

Ao contrário destes métodos, os gestualistas eram mais tolerantes percebendo que os surdos possuíam uma comunicação própria entre eles, o que levou educadores a aprender tais sinais para a comunicação recíproca entre todos e que, mais tarde através dos estudos realizados por Charles-Michel de L’épée (1712 – 1789), concluiu-se que esta era uma linguagem natural dos surdos.

A partir dos questionamentos de Stokoe (1919 – 2000) sobre o fracasso do oralismo, este começa a estudar os sinais e gestos na comunicação de surdos, estabelecendo que estes sinais constituíssem em uma língua e uma linguagem própria, a qual denominou de Comunicação Total.

Anos depois se reconhece a educação Bilíngue como fundamental para o desenvolvimento cognitivo-linguístico em uma relação harmoniosa entre a língua de sinais e a língua materna de determinado país.

Importante ressaltar a formação de professores em Libras e seu papel na inclusão de alunos no âmbito educacional e social devendo ser repensado por todos profissionais, sejam eles diretos e indiretos, pois através do Bilinguismo, um novo passo foi dado para um melhor futuro e bem estar dessas pessoas.

REFERÊNCIAS

RAMOS, Clélia Regina. LIBRAS: a língua de sinais dos surdos brasileiros. Disponível em: <http://www.editora-arara-azul.com.br/pdf/artigo2.pdf>. Acesso em: março de 2018.

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