05/05/2020

Uma Discussão Imprescindível Sobre o Autismo

UMA DISCUSSÃO IMPRESCINDÍVEL SOBRE O AUTISMO.

A ESSENTIAL DISCUSSION ABOUT AUTISM.

UNA DISCUSIÓN ESENCIAL SOBRE EL AUTISMO.

Cleonilde Da Silva Frediani [1]

                                                                                 João Severino Filho²

RESUMO

 Esta pesquisa ao Banco de Dados no Catálogo de Teses e Dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Capes – foi realizada em fevereiro de 2019, com o objetivo principal pesquisar os estudos relacionados com o “autismo.” O método utilizado foi pesquisar e analisar na BDT (  Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações), sobre o autismo, foi uma pesquisa qualitativa. Os resultados encontrados foram de pesquisas com diversos temas que com certeza tem importância no meio acadêmico e educacional. Sobre as conclusões observamos que ainda são poucas pesquisas relacionando aos estes temas como autismo, inclusão enfim deficiências.

Palavras-chave: Estudo; aperfeiçoamento; autismo.

ABSTRACT

This survey of the Database in the Thesis and Dissertation Catalog of the Higher Education Personnel Improvement Coordination - Capes - was conducted in February 2019, with the main objective to research the studies related to “autism.” The method used was to research and analyzing in the BDT (Brazilian Digital Library of Theses and Dissertations), about autism, was a qualitative research. The results found were from research with various topics that certainly has importance in the academic and educational environment. Regarding the conclusions we observed that there is still little research related to these themes such as autism, inclusion and shortcomings.

Keywords: Study; improvement; autism.

RESUMEN

Esta encuesta de la Base de Datos en el Catálogo de Tesis y Disertaciones de la Coordinación de Mejoramiento del Personal de Educación Superior - Capas - se realizó en febrero de 2019, con el objetivo principal de investigar los estudios relacionados con el "autismo". El método utilizado fue investigar y analizar en la BDT (Biblioteca Digital Brasileña de Tesis y Disertaciones), sobre el autismo, fue una investigación cualitativa. Los resultados encontrados fueron de investigaciones con varios temas que ciertamente tienen importancia en el entorno académico y educativo. Con respecto a las conclusiones, observamos que todavía hay poca investigación relacionada con estos temas, como el autismo, la inclusión y las deficiencias.

Palabras clave: Estudio; mejora; autismo.

INTRODUÇÃO

Esta pesquisa ao Banco de Dados no Catálogo de Teses e Dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Capes –foi encontrada registros de 390 no total, 297 dissertações e 111 teses Envolvendo os seguintes assuntos:

  • Autismo (111)
  • Transtorno autístico (24)
  • Educação Especial (23)
  • Inclusão escolar (17)
  • Psicanálise (15)

As áreas de conhecimento discutidos nestes trabalhos foram Ciências humanas: Psicologia ( 29),Ciências humanas: Psicologia: Psicologia Experimental  (20), Ciências humanas : Educação (18), Ciências  da Saúde (8), Ciências humanas: Psicologia CNPQ (7), Ciências humanas : Educação(10).  Estas pesquisas foram desenvolvidas nos programas: Programa de Pós Graduação em Educação Especial (17),Psicologia Experimental(12), Distúrbios d e pesquisa do desenvolvimento (41), Programa de Estudos Pós Graduados em Psicologia Experimental e análise do comportamento (17), Programa de pós – Graduação em teoria do comportamento (12). As instituições, onde foram defendidas as teses e as dissertações: USP (51), MACKENZIE (42), UFRGS (32), PUC-SP (29), UFSCAR (23), UNESP (20),UNB (17), UFPA (15), UFC (12), UFES (12), UNISUL (9), UNICAP (8), UFG (7), UNIOESTE (7), PUG-GO (6), PUG-RIO (6), UFAM (6), UFBA (6), UFSC (6), UNICAMP (6), UFAL (5), UFJF (5), UFRRJ (5), UERJ (4),UFABC (4), UFTN (4), UNIFOR (4),UNISINOS (4), UFPE  (3), UFPEL ( 3), PUC- CAMP (2),PUC-RS (2),UCB (2), UFF (2), UFMG (2), UFU (2),UNIJUI (2), UNINOVE (2),FAMERP (1),FURB (1),METODISTA (1), UCS (1),UCSAL (1),UEPG (1), UFUJM (1), UNESC (1), UNIFEI (1), UNIGANRIO (1), UNIPAMPA(1), USC(1),UTP (1). O propósito desse levantamento é averiguar o máximo de publicações científicas, neste caso as dissertações que tratam sobre o ensino do autismo, dentro do eixo da Matemática e ciências, e que foram realizadas no período de 2014 a 2018.

DESENVOLVIMENTO

Ao longo dos anos, a revisão sistemática da literatura foi adaptada para a pesquisa qualitativa, favorecendo o resumo de uma gama de trabalhos disponíveis na literatura científica seguindo princípios rigorosos e passíveis de repetição.

 Nesse sentido, Lopes e Fracolli (2008, p. 772) a definem “como uma síntese de estudos primários que contém objetivos, materiais e métodos claramente explicitados e que foi conduzida de acordo com uma metodologia clara e reprodutível”. Ao pesquisar, voltada para o meu tema “ Contexto  cultural familiar do aluno autista,” não correspondeu a nenhum registro, a BDT (  Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações),  questionei me  se talvez a ortografia estivesse errada. Mudei o foco procurando o “contexto sociocultural familiar do aluno autista, Porém  também não foram encontrados registro.

 Ao pesquisar “ Estudo familiar do aluno autista e sua relação com a escola,” foram encontrados 3 dissertações conforme quadro abaixo:

Quadro (1): Trabalhos: Dissertações da CAPES NA PESQUISA: Estudo da família do aluno autista e sua relação com a escola.

 

 

 

Título

 

Autor/ Ano

Instituição

 

Tipo de Trabalho

 

1

Trajetórias escolares de alunos com transtorno do espectro autista e expectativas educacionais das famílias.

Silva, Mariana Valente Teixeira da /     2014. Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas (UNICAMP)

 

Dissertações

2

Processo educacional de crianças com Transtorno do Espectro Autista na Educação Infantil: interconexões entre contextos.

Rinaldo, Simone Catarina deOliveira/2016.Universidade Estadual Paulista (UNESP)

Dissertações

3

A visão da escola sobre a inclusão de crianças com autismo.

Tenente, Luiza Bonemer/.2017 Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. (PUC- SP)

Dissertações

 

Fonte : Elaborado pela autora (2019)

            A primeira dissertação, segundo SILVA (2014),tem como objetivo estudar a escolarização dos sujeitos com TEA no município de Campinas. Trata-se de um estudo descritivo que analisou os micros dados do Censo Escolar do INEP, de 2009 a 2012, buscando identificar os alunos com TEA matriculados no município, bem como mapear as trajetórias de escolarização dos alunos com Autismo, por consistir no grupo mais numeroso dentre os que compõem o TEA. Também foram entrevistados 18 familiares de sujeitos com TEA que frequentavam uma instituição especializada do município, para conhecer as percepções das famílias em relação à trajetória escolar desses sujeitos.

 Os resultados apontam um decréscimo de matrículas de alunos com TEA no município nos anos estudados, sendo que a maioria desses alunos está matriculada no Ensino Regular, na etapa Ensino Fundamental, nas redes Estadual e Municipal, refere-se ao sexo masculino e não recebe AEE. Foram identificados diferentes tipos de trajetórias escolares: a mais frequente foi à trajetória parcial, em que as matrículas não aparecem em todos os anos do período analisado, sugerindo alto índice de evasão escolar desses alunos.

 Os depoimentos dos familiares, de maneira geral, apontam para a contribuição positiva da escola, porém indicam problemas como permissividade da escola para com os alunos com TEA e influência do grau de comprometimento do transtorno.

Já a segunda dissertação, de RINALDO (2016), O objetivo deste estudo foi descrever o processo educacional de crianças de quatro anos de idade com TEA nos contextos de desenvolvimento e aprendizagem na Educação Infantil e no Atendimento Educacional Especializado (AEE) da escola comum, bem como na família, buscando entender como se estabelecem as inter-relações entre os diferentes contextos.

A fundamentação teórica respaldou-se na Perspectiva Bioecológica do Desenvolvimento Humano proposta por Urie Bronfenbrenner. Participaram da pesquisa três profissionais da Secretaria Municipal de Educação (SME), uma diretora de escola, duas professoras regentes, uma professora itinerante e duas crianças e dois pais, totalizando onze participantes. O estudo se caracteriza como uma pesquisa qualitativa, de natureza descritiva. Foram realizados dois procedimentos de coleta de dados: entrevista com base em roteiros semiestruturados e observação das crianças com TEA com registro em diário de campo.

Os principais resultados mostraram que a SME vem atualizando suas propostas para a Educação Infantil e Inclusiva do Município em prol do desenvolvimento e aprendizagem de todas as crianças matriculadas.

A terceira dissertação, de TENENTE (2017) tem como objetivo discutir qual a visão das escolas sobre a inclusão de crianças que têm o Transtorno do Espectro Autista (TEA). O assunto mostra-se relevante diante do crescente número de alunos com deficiência nas escolas comuns e na obrigatoriedade da inclusão deles na educação.

 Para investigar a questão, esta pesquisa qualitativa, de cunho interpretativista, analisa quatro entrevistas semiestruturadas realizadas com professores e gestores de duas escolas públicas e de duas  particulares da cidade de São Paulo (SP). A partir desta coleta de dados, as informações foram organizadas segundo o conteúdo temático.

 As categorias definidas circundam quatro eixos: a relação da escola com os familiares e os profissionais de saúde da criança com autismo, o preparo dos docentes, o aprendizado e a socialização dos alunos e as formas de interferência do TEA no processo de inclusão.

 Sendo assim percebemos que deste o ano de 2014/ 2018 forma realizados pouco trabalho envolvendo a família dos autistas sendo que é a base na estrutura do aprendizado da criança, pois segundo CUNHA (2015) “ o entendimento das dificuldades de aprendizagem do aluno implica um olhar extensivo à , para uma melhor aplicação de todas as etapas do processo da sua educação.” assim a família deve estar junto com os alunos, ajudando, orientando no que for possível para que eles consigam uma vida melhor. Para darmos continuidade ao processo investigativo pesquisamos sobre “inclusão dos alunos autistas,” foram encontrados 29 dissertações, nos programas:

Distúrbios do desenvolvimento, (3), Educação (2), Fonoaudióloga (1), Mestrado Profissional em Educação (1), Programa de Estudos Pós Graduações em Linguística Aplicada e estudos de Linguagem. (3). Estes trabalhos foram apresentados conforme quadro abaixo:

Quadro (2):sobre as dissertações sobre inclusão dos alunos autistas.

 

 

ANO

 

QUANTIDADE

 

TRABALHOS

 

1

 

2014

 

2

 

Dissertação

 

2

 

2015

 

2

 

Dissertação

3

 

2016

 

7

 

Dissertação

4

 

2017

 

11

 

Dissertação

5

 

2018

 

7

 

Dissertação

 

Fonte: Elaborado pelo autora.

            Percebemos neste quadro que o ano onde foi mais pesquisado sobre inclusão foi no ano de 2017 com onze dissertações. Estas pesquisas utilizaram o processo da pesquisa-ação que objetivou oportunizar espaços de reflexão sobre o processo de inclusão de alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA),intervenção pedagógica, em encontros denominados Discutindo o Autismo em Rede, com a participação de professores regentes, profissionais de apoio de alunos com deficiência e professores do Atendimento Educacional Especializado, embasados em demandas do grupo de sujeitos.

A lei 9394/96 Capítulo V da Educação Especial, no Art. 58. “Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede re­gular de ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.” A lei deixa clara que os alunos especiais devem ser matriculados preferencialmente no ensino regular, a escola deve auxiliar juntamente com os pais a inclusão da criança na sociedade. LEI Nº 12.764, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2012. Institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista; e altera o § 3o do art. 98 da Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990, deixa claro os direitos: Art. 3o  São direitos da pessoa com transtorno do espectro autista: 

 

 I a vida digna, a integridade física e moral, o livre   desenvolvimento da  personalidade, a segurança e o lazer; 

II - a proteção contra qualquer forma de abuso e  exploração; 

III - o acesso a ações e serviços de saúde, com vistas à atenção integral às suas necessidades de saúde, incluindo: 

a) o diagnóstico precoce, ainda que não definitivo;

b) o atendimento multiprofissional;

c) a nutrição adequada e a terapia nutricional;

d) os medicamentos;

e) informações que auxiliem no diagnóstico e no  tratamento; (LEI 12.764.,pág 5 – 2012.

 

Do ponto de vista normativo, a Lei Berenice Piana (Lei nº. 12.764/12) trouxe inúmeras conquistas para os portadores do Transtorno Global do Desenvolvimento. No âmbito escolar, um dos mais expressivos avanços é o direito a um acompanhante especializado. Segundo Eugênio Cunha, em sua obra Autismo e Inclusão: psicopedagogia e práticas educativas na escola e na família:

A prática escolar é uma grande oportunidade para profissionais e familiares construírem um repertório de ações inclusivas para o aprendente com autismo. Não se trata meramente de estipular tarefas isoladas e pedir para serem cumpridas com rigor e método, mas trata-se de uma concepção de aprendizagem que inclui desafios e superação, sempre com o intuito de propiciar a autonomia. A autonomia é uma conquista elementar no seio da escola (2014, p. 57).

            A escola deve oferecer oportunidades aos alunos com profissionais capacitados, e fazendo com que eles participem das atividades integralmente, oferecendo atividades adaptadas para que ele faça as mesmas atividades dos outros alunos. O autismo tem direito a um acompanhante especializado na escola para que vá desenvolvendo sua autonomia com os passar dos meses, ate que consiga realizar as atividades sozinhas.

            Ao realizar a ultima pesquisa com o tema “o ensino da matemática  e a ciências para o aluno autista,” já que minha pesquisa é voltada para o curso de mestrado do PPGECM (Programa de Pós – Graduação Stricto Sensu em Ensino de Ciências e matemática).Foram encontrados seis trabalhos conforme quadro abaixo:

 

QUADRO (3): resultados de 6 para a busca 'ensino da matemática e a ciências para o aluno autista ', tempo de busca: 0.20s

TÍTULO

Autor/ Ano/ Instituição

Tipo de Trabalho

 

  1

Situações didáticas de ensino da Matemática: um estudo de caso de uma aluna com Transtorno do Espectro Autista

Viana, Elton de Andrade [UNESP] – 2017 -Universidade Estadual Paulista (UNESP)

 

Dissertação

 

 2

A presença de alunos autistas em salas regulares, a aprendizagem de ciências e a alfabetização científica: percepções de professores a partir de uma pesquisa fenomenológica.

Silva, Viviana Freitas da [UNESP] –2016 -Universidade Estadual Paulista (UNESP)

 

Dissertação

 

 3

Ensino de relações numéricas com o uso de discriminações condicionais para crianças com Transtorno do Espectro Autista

Garcia, Rafael Vilas Boas/2016-Universidade Federal de São Carlos Câmpus São Carlos.

 

Dissertação

 

 4

Transtorno do espectro autista: contribuições para a Educação Matemática na perspectiva da Teoria da Atividade.

Takinaga, Sofia Seixas -2015- Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

 

Dissertação

 

 5

A inclusão de alunos com Transtorno do Espectro do Autismo (Síndrome de Asperger): uma proposta para o ensino de Química.

Dias, Ane Maciel – 2017-Universidade Federal de Pelotas.

 

Dissertação

 

 6

 

Cenários para investigação e Educação matemática em uma perspectiva do deficiencialismo.

Gaviolli, Íria Bonfim [UNESP]- 2018 - Universidade Estadual Paulista (UNESP)

 

Dissertação

 

 

Estes trabalhos foram defendidos nos programas de estudos Pós - Graduados em Educação Matemática, programa de pós – Graduação em ensino de Ciências e Matemática, Programa de Pós – Graduação em Psicologia, na primeira dissertação com o tema “Situações didáticas de ensino da Matemática: um estudo de caso de uma aluna com Transtorno do Espectro Autista,” este trabalho tem como objetivo aplicar e analisar o desempenho de uma aluna com Transtorno do Espectro Autista (TEA) da rede municipal de ensino da cidade de São Paulo, em situações didáticas de ensino de Matemática.

 Para o desenvolvimento da pesquisa, foi realizado um estudo de caso por meio de filmagens realizadas em diferentes intervenções pedagógicas efetivadas no âmbito do apoio complementar oferecido na Sala de Apoio e Acompanhamento à Inclusão.

A segunda dissertação “A presença de alunos autistas em salas regulares, a aprendizagem de ciências e a alfabetização científica: percepções de professores a partir de uma pesquisa fenomenológica.” Neste trabalho, o processo de inclusão escolar tem se configurado como um tema importante e amplamente discutido nos últimos anos. Por meio de leis ampliou- se as possibilidades de educação escolar no ensino regular também para crianças diagnosticadas com Autismo. Diante da necessidade de incluir, ensinar conteúdos escolares e promover a aprendizagem de alunos diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista no Ensino Fundamental I de escolas públicas regulares, definiu-se a seguinte questão de pesquisa: Quais são as percepções dos Professores Titulares, Auxiliares e Itinerantes sobre alunos com autismo em salas de aula regulares, sobre o Ensino de Ciências e a importância dada à Alfabetização Científica durante o processo de ensino para este público? Foi desenvolvida uma pesquisa qualitativa e exploratória buscando delinear tais percepções dos professores, desvelar o fenômeno e apreender o significado desta realidade.

Foram utilizados questionários com professores envolvidos no processo de inclusão de alunos com autismo regularmente matriculados e observação minuciosa da realidade com o Registro de um Diário de Campo.

 A pesquisa foi concebida em escolas municipais de uma cidade do interior de São Paulo.

Já no terceiro trabalho “ Ensino de relações numéricas com o uso de discriminações condicionais para crianças com Transtorno do Espectro Autista,” Os objetivos desta pesquisa foram avaliar a eficácia do ensino informatizado em tarefas de escolha de acordo com o modelo, e desenvolver, aplicar e avaliar um currículo para ensino de conceito de número para crianças com TEA. Estudos que utilizaram o procedimento de MTS para ensinar discriminações condicionais arbitrárias e formar classes de estímulos equivalentes obtiveram bons resultados em participantes com deficiências.

Assim sendo, esta pesquisa teve como proposta uma replicação sistemática de Rossit (2003) que ensinou sistema monetário para jovens com deficiência intelectual utilizando tarefas de MTS e organizou um currículo de ensino com base no paradigma de Equivalência de Estímulos. Para o ensino de conceito de número, utilizaram-se estímulos experimentais (numerais de um a nove e figuras com formas não representacionais) divididos em três grupos de estímulos, por valores crescentes, em um delineamento de linha de base múltipla entre grupos de estímulos. Participaram da pesquisa três alunos com TEA de oito a 12 anos de idade.

Na quarta pesquisa, “Transtorno do espectro autista: contribuições para a Educação Matemática na perspectiva da Teoria da Atividade.” O presente estudo tem como objetivo compreender elementos do processo de ensino e aprendizagem que contribuam para o desenvolvimento de habilidades matemáticas de alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Nosso objeto de estudo são atividades elaboradas por professor que ensina a Matemática para alunos com TEA. Frente a nossa intenção inicial de pesquisa, realizamos um levantamento bibliográfico sobre o tema em questão, o que acabou por revelar a carência de pesquisas voltadas ao desenvolvimento de habilidades matemáticas de alunos com TEA. As pesquisas que contemplam a revisão bibliográfica realizada trazem aspectos relevantes a considerar sobre as características e dificuldades de alunos com TEA no que tange o desenvolvimento de habilidades escolares.

Para esta investigação efetuamos a análise de dez atividades, elaboradas por professor que ensina Matemática para alunos com TEA, as quais têm como objetivo construir o conceito de número e introduzir a operação de adição para este público.

Os principais instrumentos para coleta de dados foram entrevista semiestruturada e gravação do professor executando e descrevendo a atividade.

 Na quinta dissertação “A inclusão de alunos com Transtorno do Espectro do Autismo (Síndrome de Asperger): uma proposta para o ensino de Química.” Segundo o autor da pesquisa  Dias(2017) Os questionamentos sobre o tema surgiram durante a graduação no curso de Licenciatura em Química da Universidade Federal de Pelotas e fizeram com que desenvolvesse a primeira pesquisa na temática.

Com os resultados e as inquietações originados dessa pesquisa, iniciou-se, em 2015, um novo caminho na formação docente, qual seja o mestrado profissional no Programa de Pós Graduação no Ensino de Ciências e Matemática da Universidade Federal de Pelotas. Conhecer o processo histórico da inclusão, as leis que a regem, a formação de professores, as necessidades das escolas públicas da cidade de Pelotas e os Transtornos do Espectro do Autismo (TEA), mais especificamente a Síndrome de Asperger, tornaram-se, então, alguns dos processos realizados durante a elaboração desta dissertação.

 A sexta dissertação que apareceu foi “Cenários para investigação e Educação matemática em uma perspectiva do deficiencialismo.” destaco a importância de se valorizar a movimentação pelos diversos ambientes de aprendizagem, uma vez que percorrê-los implica em uma ampliação de possibilidades de tipos de tarefas, que podem abranger diferentes habilidades e características dos diferentes alunos que compõem uma sala de aula.

CONCLUSÃO

 

Estas foram às pesquisas que apareceram mais próximas ao meu tema, ao pesquisar no programa PPGECM da UNEMAT, de Barra do Bugres, não foi encontrado nem uma dissertação sobre autismo ou qualquer outra deficiência.

Sendo assim está pesquisa será a primeira voltada ao autismo com o tema “ O Contexto Familiar do Aluno Autista e sua Relação com a Escola,” no curso do mestrado do PPGECM. Com este trabalho de revisão sistemática, foi possível apontar as carências em relação às pesquisas em relação com as deficiências, ficou evidente que dos trabalhos analisados a relação ao autismo, ou  as práticas docentes  com estes alunos ainda está em fase inicial no ensino, acerca disso, podemos mencionar a resistência por parte dos professores de aceitar estes alunos na sala de aula talvez devido falta de conhecimento e pesquisa sobre o assunto.

Essa nova categoria surge como indicativo para trabalhos futuros, procurando identificar quais dificuldades os professores e a família apresentam na hora trabalhar com aos alunos autistas.

 

 

Referências bibliográficas

 

BRASIL, Lei de Diretrizes e B. Lei nº 9.394/96, de 20 de dezembro de 1996.

CUNHA, Eugênio. Autismo e Inclusão: psicopedagogia e práticas educativas na escola e na família. Rio de Janeiro: Wak, 2014.

 Lei Federal nº 12.764/2012, de 27 de dezembro de 2012. Institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista; e altera o § 3o do art. 98 da Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF: 28 dez. 2012.

LOPES, A. L. M.; FRACOLLI, L. A. Revisão sistemática de literatura metassíntese qualitativa: considerações sobre sua aplicação na pesquisa em enfermagem. Texto Contexto Enfermagem, Florianópolis, v. 17, n. 4, p. 771-778, 2008. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/tce/v17n4/20.pdf> . Acessado em: 25 nov. 2018.

TENENTE, Luiza Bonemer//. A visão da escola sobre a inclusão de crianças com autismo, 2017, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. (PUC- SP)

 

 

           

 

 

 

 

 

 

 

 

[1] Mestranda de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ensino de Ciências e Matemática – PPGECM - UNEMAT/Barra do Bugres/MT, Brasil.

 

² Possui graduação em Licenciatura Plena Em Matemática pela Universidade do Estado de Mato Grosso (1997), mestrado em Ciências Ambientais pela Universidade do Estado de Mato Grosso (2010) e doutorado em Educação Matemática pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2015). Atualmente é professor titular da Universidade do Estado de Mato Grosso. Tem experiência na área de Matemática, com ênfase em Educação Matemática, atuando principalmente nos seguintes temas: Etnomatemática, Modelagem Matemática e Educação Escolar Indígena.

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